quarta-feira, 16 de junho de 2010

Um ano da derrubada do diploma é lembrado com ação do Sindijor em Curitiba

Nesta quinta-feira, quando se completa um ano da lamentável decisão do STF que pôs fim à necessidade da formação superior específica para o exercício do Jornalismo, o Sindijor lembra a data com uma ação na Praça Carlos Gomes de divulgação do esforço da categoria e da sociedade em ter, via Proposta de Emenda à Constituição, o equívoco da Suprema Corte desfeito. Serão distribuídos entre os pedestres e pessoas que aguardam pelos ônibus fôlderes pedindo o apoio às PECs 386/09 (Câmara) e 33/09 (Senado), que alteram a Constituição Federal para comportar a necessidade do diploma. O Sindijor já colocou uma faixa em sua fachada (foto acima, crédito para Pedro Serápio) lembrando o “luto” dos jornalistas brasileiros pela perda do pilar da nossa regulamentação, e convocando a sociedade à luta pelo restabelecimento deste elemento basilar para garantia da qualidade e da ética na informação. A mensagem será bem prática: todos, principalmente os jornalistas, devem pressionar os parlamentares, via e-mail, a cobrar deles engajamento nesta luta, que já se mostrou ser de toda a sociedade brasileira (veja modelo de mensagem aqui).

Fenaj – A Federação Nacional dos Jornalistas emitiu nota oficial (“Restabelecer o diploma é valorizar o Jornalismo e os jornalistas”), em que afirma que “ao dar guarida aos argumentos de entidades patronais de comunicação, o STF desobstruiu ainda mais o caminho para o grande empresariado do setor prosseguir precarizando as relações de trabalho, em nome de uma liberdade de imprensa e de expressão que os barões da mídia só defendem quando lhes interessa”. Veja íntegra aqui.

Restabelecer o diploma é valorizar o Jornalismo e os jornalistas

Nota oficial da Fenaj15/06/2010 | 22:45
No dia 17 de junho os jornalistas e a sociedade brasileira registrarão um aniversário indigesto. Há um ano, o Supremo Tribunal Federal derrubou, por maioria, a exigência do diploma em curso superior de Jornalismo como requisito para o exercício da profissão. Protestos em todo o país marcam a data, expressando o desejo de que o Congresso Nacional repare este equívoco cometido pela corte máxima do Judiciário brasileiro, restabelecendo a exigência do diploma como elemento fundamental para assegurar à sociedade o direito à informação de qualidade e às liberdades de imprensa e de expressão.

Ao dar guarida aos argumentos de entidades patronais de comunicação, o STF desobstruiu ainda mais o caminho para o grande empresariado do setor prosseguir precarizando as relações de trabalho, em nome de uma liberdade de imprensa e de expressão que os barões da mídia só defendem quando lhes interessa.

Práticas de censura e cerceamento à livre circulação de informações e ideias são corriqueiras nos grandes veículos quando afetam os interesses econômicos e políticos dos donos da mídia. Se os ministros do STF desconhecem tal realidade, reforçam o dito popular de que “a Justiça é cega, mas enxerga quando quer”.

Não há porque impedir a definição de requisitos para o exercício qualificado e ético da profissão de Jornalista. Mas faz-se necessário, hoje, inserir na legislação brasileira dispositivos para que isto fique ainda mais claro. Assim se evitará que os que enxergam a informação como mercadoria e exploram os trabalhadores prossigam utilizando as liberdades de imprensa e de expressão como mantos para encobrirem seus verdadeiros interesses. Este é o objetivo das Propostas de Emenda Constitucional apresentadas na Câmara dos Deputados pelo deputado federal Paulo Pimenta (PT/RS), e no Senado da República pelo senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE).

O movimento pela aprovação das PECs ganha cada vez mais força, com o apoio de parlamentares e membros do Executivo federais, estaduais, municipais, instituições de ensino e entidades representantivas da sociedade civil.

Neste momento, as atenções se concentram no pleito à Comissão Especial que analisa a PEC 386/09 para que diga SIM AO DIPLOMA! A grande mobilização que jornalistas, professores e estudantes protagonizam a nível nacional se fará presente no dia 17 de junho nas ruas do país e prosseguirá até a vitória!

Brasília, 15 de junho de 2010.
Diretoria da FENAJ

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Sindijor realiza Congresso Estadual dos Jornalistas em Foz no final de julho. Inscrição de teses já está aberta

O próximo grande evento que o Sindijor vai realizar é o 6º Congresso Paranaense dos Jornalistas, marcado a princípio para os dias 23, 24 e 25 julho, em Foz do Iguaçu, em local a ser definido, com o tema “A Formação Superior para um Jornalismo Plural e Democrático”. Mesas, workshops e eventos paralelos estão em discussão. O Sindijor já está recebendo teses para serem apresentadas no Congresso. O período de inscrição das teses será até as 18h do dia 14 de julho de 2010, exclusivamente, pelo e-mail sindijor@sindijorpr.org.br. A inscrição da tese fica condicionada à posterior confirmação da participação do autor no Congresso. O documento deverá ser configurado no formato A4, com margens superior e esquerda com 3 cm e inferior e direita com 2 cm, digitado em extensão .doc, fonte Arial e corpo 12, espaçamento de 1,5, com o máximo de 10 páginas e resumo de até 100 palavras. A revisão do texto é de responsabilidade do seu autor. As teses deverão versar sobre os seguintes temas: análise política estadual e nacional, Diploma, filiação à CUT, democratização da Comunicação, condições de trabalho, assessoria de imprensa, propostas de alterações no Estatuto do Sindijor.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Violência urbana leva Wilson Bueno

O Sindijor lamenta a trágica morte do jornalista e escritor Wilson Bueno, em Curitiba, aos 61 anos. Vítima da violência urbana, o colunista do jornal “O Estado de São Paulo” deixará com sua súbita partida uma lacuna no seio das comunidades jornalística e literária do Estado. Natural de Jaguapitã, Bueno foi o criador e editor do jornal cultural Nicolau, que se tornou referência no Jornalismo literário de 1987 a 1995 no Estado e autor de 13 livros, entre os quais “Mar Paraguayo”, de 1992, que deu a ele projeção internacional. Começou como cronista na Gazeta do Povo e colaborava em “O Estado do Paraná” e revista “Ideias”. O enterro está previsto para as 17h de hoje, no Cemitério Municipal do Santa Cândida, em Curitiba.