quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Jornalistas rechaçam absurdo patronal e, em Curitiba, aprovam indicativo de greve

Mais de 400 jornalistas, hoje, em Curitiba, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa, e, na segunda-feira, em Londrina rechaçaram a proposta patronal de confisco de direitos, entre os quais a diminuição de 40% no piso salarial, e reafirmaram a pauta de reivindicações aprovada pela categoria no Congresso de Foz, no início de agosto. Em Curitiba, na sessão da noite (a outra ocorreu no início da tarde), além de ter sido declarada assembleia em estado permanente, os jornalistas por unanimidade aprovaram indicativo de greve, para preparar a categoria para medidas mais drásticas caso os donos de rádios, TVs e impressos insistam, na próxima reunião, no dia 18 de outubro, em tentar solapar conquistas da categoria, como o anuênio (única forma de progressão salarial hoje) e a hora extra com adicional de 100%. Os jornalistas, que vêem ano a ano outras categorias profissionais obtendo reajustes salariais para além da inflação, não abrem mão de aumento real, entre outras reivindicações apresentadas, como vale alimentação, plano de saúde e expansão dos comissionamentos de chefia e edição. A contraproposta patronal de achatamento do piso em R$ 1.200,00 para qualquer cidade que não seja Curitiba foi vista como acintosa por todos os jornalistas que participaram da assembleia, agora permanente. A mobilização vai continuar nos próximos dias.

“14º salário”: vitória dos jornalistas, fim de linha para a Gazeta do Povo

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) acaba de julgar improcedente um agravo de instrumento da Editora Gazeta do Povo, na ação em que o Sindijor, como substituto processual, reivindicava aos jornalistas da empresa a volta do pagamento da gratificação de aniversário, suspensa por decisão da editora em 2000. A decisão de primeiro grau, já favorável à reimplantação do chamado “14º salário” aos jornalistas que o tivessem recebido ao menos uma vez, fora confirmada em 2005 pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, mas o recurso ao TST ainda deixava uma pendência sobre a demanda. O acórdão, relatado pela ministra Maria de Assis Calsing, declarou que “está o sindicato legitimado para, em Juízo, postular, na condição de substituto processual, nos termos do que dispõe o art. 8.º, III, da Constituição Federal, direitos individuais homogêneos, subespécie de direitos coletivos, em nome de seus associados e não associados, independentemente da apresentação do rol de substituídos”. A decisão do TST demonstrou que a gratificação não poderia ser suprimida pela empresa, visto que “a verba em comento, devido ao seu caráter habitual, passou a integrar o contrato de trabalho dos empregados, não mais podendo ser suprimida de forma unilateral, na forma do art. 468 da CLT”. “Foi uma vitória muito importante para os jornalistas e para o Sindicato. A empresa de forma unilateral suprimiu uma garantia dos jornalistas concedida há mais de 10 anos. Conseguimos comprovar que esta supressão era indevida, pois estava inserida no contrato de trabalho dos jornalistas”, disse o advogado Christian Mañas, do Escritório Sidnei Machado Advogados Associados, que presta assessoria jurídica ao Sindijor e representou o sindicato na ação. Com a decisão, a ação deve retornar à vara de origem (15ª Vara do Trabalho de Curitiba) para que se inicie a execução definitiva dos valores. No curso desta ação, a empresa, vendo que sairia perdedora e devedora de um montante razoável, passou a pressionar jornalistas a desistir da pretensão, o que levou o Sindijor a denunciar o caso ao Ministério Público do Trabalho.

Hashtag #grevedosjornalistas é sucesso no Twitter

Desde ontem o Twitter vem sendo tomado por um movimento de apoio aos jornalistas contra a investida patronal contra nossos direitos. A hashtag começou após um comentário do jornalista Álvaro Borba sobre a greve dos bancários. Em resposta, o jornalista Roger Pereira, diretor administrativo do Sindijor, convidou Borba a participar da Assembleia de hoje. Desde então, pelo menos entre os tuiteiros, foi decretada a #grevedosjornalistas. Além de manifestações de solidariedade (“@FuadFaraj: Jornalista unido jamais será vencido. Eu apóio a #grevedosjornalistas”; “@DrRosinha: Todo o apoio aos jornalistas do Paraná. TVs, rádios e jornais querem reduzir em 41% o piso da categoria no interior. #GreveDosJornalistas”) e mensagens por mais mobilização da categoria (“@edtrawtmam: Também acho que seria muito bom uma #grevedosjornalistas Tem meu apoio! Só assim para brecar tantos ataques que nossa profissão vem sofrendo”), há propostas ousadas, como do jornalista Osni Gomes de que os jornalistas não divulguem o resultado das eleições no domingo. As manifestações já eram mais de 1.000 na manhã de hoje. Participe e dê sua colaboração nesta campanha contra o confisco de nossos direitos e em defesa do aumento real, principal bandeira da nossa campanha salarial.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Assembleia Geral Extraordinária - Ponta Grossa

Assembleia Geral Extraordinária - Ponta Grossa

SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO PARANÁ - ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná informa a todos os seus filiados que, em virtude do cúmulo de atividades para alguns profissionais nesta última semana de campanha eleitoral e com o objetivo de abrir à categoria o maior espaço possível para o debate, a Assembleia Geral Extraordinária, do dia 30 de setembro de 2010, na sede da entidade (Rua José Loureiro, 211, Centro, Curitiba), contará com um horário adicional de realização: às 13h, em primeira convocação, e às 13h30, em segunda convocação, para a seguinte ordem do dia:

A) avaliação da proposta patronal;

B) deliberações.

FICA MANTIDA A SESSÃO DA ASSEMBLEIA DAS 19H (19H30 EM SEGUNDA CONVOCAÇÃO) DO DIA 30 DE SETEMBRO DE 2010, IGUALMENTE NA SEDE DO SINDIJOR-PR E COM IDÊNTICA ORDEM DO DIA.

Curitiba, 28 de setembro de 2010

Márcio de Oliveira Rodrigues

Presidente

Sindijor convoca jornalistas para assembleia na quinta e percorre redações

O Sindijor realiza na próxima quinta-feira, dia 30, véspera de nossa data-base Assembleia Geral Extraordinária na sede da entidade (Rua José Loureiro, 211), em Curitiba, às 19h, em primeira convocação, e às 19h30 em segunda convocação para apreciar a contraproposta patronal para a Convenção Coletiva de Trabalho 2010/2011 e tomada de deliberações a respeito. Antes da assembleia, serão realizadas visitas a redações de Curitiba para consultar os jornalistas acerca da iniciativa patronal de criar piso diferenciado de R$ 1.200,00 no interior, congelamento do anuênio e redução do adicional de hora-extra de 100% para 50% casado com um acordo de banco de horas na proporção de uma hora compensada para cada uma trabalhada. Pedimos mais manifestações via blog (http://acordajornalista.blogspot.com) ou e-mail (defesacorporativa@sindijorpr.org.br, extrapauta@sindijorpr.org.br, ou sindijor@sindijorpr.org.br ou presidente@sindijorpr.org.br) enviando sugestões de atos e manifestações. Veja o cronograma abaixo:
ASSEMBLÉIAS POR LOCAIS DE TRABALHO
Dia
Veículos
Horário (tempo)
segunda-feira – 27/09
CBN
7h30 (meia hora)
Segunda-feira – 27/09
Comitê de imprensa do Osmar
9h
segunda-feira – 27/09
Gazeta do Povo
10h (uma hora)
segunda-feira – 27/09
TV Globo – RPC
14h30 (uma hora)



terça-feira – 28/09
BandNews
8h
terça-feira – 28/09
TV Globo – RPC
09h30 (uma hora)
terça-feira – 28/09
TV Iguaçu
10h30 (meia hora)
terça-feira – 28/09
RTVE
11h (uma hora)
terça-feira – 28/09
Folha de Londrina
13h (meia hora)
terça-feira – 28/09
Gazeta do Povo
15h30 (uma hora)



quarta-feira – 29/09
TV Independência
13h (uma hora)
quarta-feira – 29/09
TV Bandeirantes
13h (meia hora)
quarta-feira – 29/09
TV Assembléia
14h30 (meia hora)
quarta-feira – 29/09
Jornal do Estado
16h30
quarta-feira – 29/09
O Estado/Tribuna
17h30 (meia hora)



quinta-feira – 30/09
Assembléia para apreciação da proposta patronal
19h (19h30)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eles querem avançar... na retirada dos direitos dos jornalistas - Proposta patronal é piso 40% menor para o interior

A reunião desta segunda-feira entre representantes do Sindijor-PR e patrões de rádio, TV, jornais e revistas, foi frustrante mesmo para quem tinha as piores expectativas. A proposta apresentada pelos patrões é que o piso dos jornalistas, para qualquer cidade que não seja Curitiba, não só não tenha reajuste como passe a ser 40% menor que o valor atual. As empresas, que, no caso das TVs, tiveram crescimento de 33% no faturamento no primeiro semestre, não precisariam pagar mais que R$ 1.200,00 para os jornalistas em novas contratações. O novo piso – ou “porão” – valeria não apenas para pequenos municípios, mas também para cidades de porte médio a grande, como Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Guarapuava e Ponta Grossa. A proposta foi feita verbalmente, e os patrões não explicitaram nenhuma garantia de que os empregos com salário atual seriam mantidos. A vergonhosa pauta inclui ainda o congelamento do anuênio (hoje única forma de progressão salarial efetiva) conjugado com um plano de participação nos resultados (PPR) feito empresa por empresa (que certamente seria bastante limitado nas empresas menores). Os petardos não param por aí. O ataque aos nossos direitos inclui a redução do adicional por hora extra de 100% sobre a hora normal, o qual cairia para 50%, necessariamente acompanhado de um banco de horas em que uma hora trabalhada é compensada por uma de folga (e não uma por duas, como sugere hoje o nosso regime de hora extra). Os nossos patrões, que são hábeis em apresentar propostas ruins, conseguiram se superar desta vez, e não ofereceram nada além do que esta perda de direitos e a renovação de todos os demais itens da atual convenção, sem qualquer avanço, ou seja, foram solenemente desconsideradas todas as reivindicações, aprovadas em Assembleia no final do Congresso dos Jornalistas de Foz, como aumento real, vale-alimentação, plano de saúde e reajuste nos índices de comissionamento para editores, valorização da produção local (70%), licença maternidade estendida (180 dias), adicional noturno de 50% (hoje é de 20% e não é pago por algumas empresas), obrigatoriedade da marcação do ponto, estabilidade pré-aposentadoria de cinco anos, obrigatoriedade de jornalista responsável por veículo (no caso de impressos) ou programa (no caso de rádio e TV) e proporção entre número de repórteres e editores.

A próxima reunião ficou marcada para o dia 18 de outubro, na sede da Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (Aerp). Até lá, queremos saber qual sua opinião sobre a proposta patronal de reduzir o piso no interior e suprimir direitos dos trabalhadores. Mande sua mensagem para extrapauta@sindijorpr.org.br

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

NOTA DE ESCLARECIMENTO - Sindicato não sugeriu modelo de credenciamento efetivado pela Alep

A Coordenadoria de Divulgação da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (Alep) tem enviado desde a última terça-feira aos veículos de imprensa um informe de credenciamento para a cobertura da Casa de Leis.

Nestas instruções de requerimento, a Coordenadoria de Divulgação apresenta o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná como co-autor. O Sindicato, no entanto, rechaça o modelo proposto, por entender ser restritivo, no que tange ao exíguo prazo apresentado – o credenciamento iria apenas até o dia 25 de setembro –; à exigência de uma identificação nominal; e ao reduzido número de profissionais admitidos, por veículos, na cobertura da Alep.

Mesmo que seja louvável organizar o espaço de trabalho dos jornalistas no Poder Legislativo Estadual do Paraná (esta, sim, a sugestão apresentada por esse Sindicato) muito nos estranha o fato de a proposta original não ter sido acatada em sua íntegra, e tentar envolver o Sindijor-PR como avalista dessas restrições.

A direção da entidade dos Jornalistas já pediu nova audiência com a Diretoria de Divulgação da Alep. No entanto, ainda não recebeu uma resposta. Assim que houver a reunião, o Sindijor-PR vai comunicar o resultado às categoria e à sociedade.

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná

Gestão “Sindicato é uma questão de Classe”.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Candidatos formalizam neste sábado adesão à “Plataforma do Direito à Comunicação”

Militantes em defesa da democracia na comunicação querem compromisso dos ocupantes de cargos públicos

Entidades que defendem a democratização da mídia receberão neste sábado (11/09) em Curitiba a adesão de candidatos nas eleições de 3 de outubro à sua “Plataforma do Direito à Comunicação”, com a qual os postulantes aos cargos no Executivo e Legislativo se comprometem a lutar pelas diretrizes aprovadas na 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada em dezembro passado em Brasília. A formalização do apoio à plataforma ocorrerá às 16h, no final da Plenária Estadual da Comissão Paranaense Pró-Conferência Nacional de Comunicação (CPC), que acontece desde a manhã deste sábado (9h), na sede do Sintracon Curitiba (Rua Mateus Leme, 324), no Centro Cívico.

A intenção das entidades é que, após a conquista da primeira Conferência Nacional de Comunicação e da aprovação de resoluções, a adesão dos candidatos se converta em um mecanismo de consolidação dos meios políticos para efetivação das propostas. Entre as iniciativas explicitadas pela plataforma estão a defesa da regulamentação dos artigos da Constituição que tratam da comunicação, o fomento à diversidade e à pluralidade na mídia e às mídias livres, independentes, alternativas, populares e comunitárias.

A plataforma – que tem adesão aberta a candidatos a todos os cargos em disputa em 3 de outubro – pretende ainda obter apoio para iniciativas que restrinjam a veiculação de publicidade dirigida a crianças e que combatam violações de direitos humanos praticadas pelos meios de comunicação. Segundo Aniela Almeida, diretora do Sindijor e da Ciranda e integrante da CPC, a realização da primeira conferência de comunicação representou uma enorme conquista. “Mas agora precisamos do comprometimento político para que as demandas históricas dos movimentos sociais sejam implementadas”, disse.

Plenária

A plenária será um momento relevante para a reflexão dos próximos passos da Comissão Paranaense e da articulação das organizações e movimentos, para a efetiva implantação das decisões do congresso. Além de representar as entidades paranaenses na 1ª Confecom, o CPC foi responsável pela organização da 1ª Conferência Paranaense de Comunicação, em novembro de 2009, em Curitiba, e pelas suas 13 etapas preparatórias em diversas cidades do Estado.

A Plenária será aberta às 9h com uma avaliação da Confecom e de seus desdobramentos, a cargo dos jornalistas Rachel Bragatto (Intevozes) e Ayoub Hanna Ayoub (Sindicato dos Jornalistas de Londrina). Das 11h às 12h, Aniela e Denise Matoso, do Conselho Regional de Psicologia (CRP), falarão sobre “As prioridades do movimento de comunicação no Paraná”. Das 14h às 15h30, Douglas Moreira, da Ciranda (Rede Andi) e o vice-presidente do Sindijor em Foz do Iguaçu, Wemerson Augusto, discutirão a nova forma de ser da CPC após a realização da Conferência. Por fim, às 16h a Plataforma será oficialmente apresentada e se procederá à assinatura do termo.

Para saber mais, acesse http://proconferenciaparana.com.br/

Integra da Plataforma do Direito da Comunicação aqui.

Contato: Rachel Bragatto (41) 9993-0488, João Paulo Mehl (41) 9627-5518 ou Aniela Almeida (41) 8862-7332

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O quê? Cerimônia de adesão dos candidatos a cargos eletivos à “A plataforma do direito à comunicação”.

Quando? Sábado, 11 de setembro de 2010, às 16h, ao final da Plenária Estadual da Comissão Paranaense Pró-Conferência Nacional de Comunicação (CPC).

Onde? Sede do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Curitiba – Sintracom Curitiba -Rua Mateus Leme, 324, no Centro Cívico