segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Torneio de Futsal do Sindijor terá final no dia do Churrasco dos Jornalistas

Estão abertas as inscrições para o Torneio de Futsal do Sindijor 2011. Destinada exclusivamente a jornalistas, a disputa, que conta com torneio feminino, tem sua primeira fase nos domingos dias 20 e 27 de março e 3 de abril, no Ribamar Sports (Rua Professor Fábio de Souza, 1697), no Portão, em Curitiba. As finais serão no dia 9 de abril, sábado, na Chácara do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sindijus, mapa), antes do Churrasco do Dia do Jornalista. As equipes podem ser montadas com profissionais de diferentes redações e registrar até 12 jogadores cada. A inscrição pode ser feita diretamente no Sindijor ou com os diretores Roger Pereira e Gustavo Vidal. O valor da inscrição é de R$ 150,00 por equipe e é necessário apresentar carteira da Fenaj ou carteira de identidade com registro de jornalista de cada um dos integrantes. Para o time vencedor, será concedido troféu e para os três primeiros serão dadas medalhas.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Empresas procuram Sindijor interessadas no fechamento da convenção

Orientação é para que empresas cobrem resposta dos sindicatos patronais

O que não é revelado na mesa de negociações? (Foto: André Rodrigues)

Há coisas que não saem no jornal. Os 14 anos sem aumento real para os jornalistas estão entre elas. Outras não aparecem na mesa de negociação, quando patrões e jornalistas estão discutindo a Convenção Coletiva de Trabalho. Entre estes “segredos” está a existência de empresas que querem, sim, conceder aumento real a seus trabalhadores jornalistas ou desejam rapidez nas negociações.

É o que revelam as diversas ligações de empresas ao Sindijor questionando sobre se “já fechou a convenção”. São departamentos de recursos humanos e mesmo dirigentes de empresas ansiosos pela conclusão do acordo que se arrasta com um atraso de quase cinco meses.

Em pelo menos um caso, a empresa se dispôs a pagar 4% de aumento real já para seus jornalistas, em troca do fechamento da convenção. Contudo, os sindicatos patronais, conforme reafirmando na mesa-redonda desta semana, não querem dar um centavo a mais além da reposição da inflação, aprofundando o arrocho de 14 anos.

Por outro lado, no ambiente das empresas, aumenta a preocupação com o pagamento do reajuste retroativo (acumulado até outubro e incluindo 13º salário e eventualmente férias) e a necessidade de rescisões complementares, para pagar a diferença salarial aos jornalistas dispensados desde nossa data-base (1º de outubro).

A pressa das empresas que procuram o Sindijor contrasta com a frieza dos patrões, que, em mesa, não demonstram interesse em chegar a avanços e vão empurrando com a barriga a CCT há meses. Quando contactado, o Sindijor orienta estas empresas “ansiosas” a cobrar satisfações de seus representantes – os sindicatos patronais de rádio e TV e o de jornais e revistas. A nossa mensagem já foi dada a eles: é pelo fim do arrocho salarial de 14 anos e pelo aumento real.

A dureza do negociador do sindicato patronal na mesa-redonda, sem procuração para fazer qualquer concessão aos trabalhadores, espelha um consenso ou o esconde o triunfo de um grupo intransigente dentro da organização das empresas? Algo é certo: pelos lucros das empresas nos últimos anos, há margem, sim, para o aumento real já.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Sindijor em Foz panfleta denunciando 14 anos sem aumento real (fotos Marcos Labanca)

(Do blog http://sindijorfoz.blogspot.com) A Subseção de Foz do Iguaçu e Região do Sindijor realizou na terça-feira (22) mais uma ação na campanha salarial. Durante uma hora, foram entregues à sociedade cerca de mil panfletos relatando a luta da categoria em busca de aumento real — o que não ocorre há 14 anos no estado. A panfletagem foi realizada ao meio-dia, nas esquinas da Avenida Paraná e República Argentina, um dos pontos mais movimentados da cidade. O trabalho deve prosseguir nos próximos dias, com a entrega do material nas redações e em outras áreas centrais.



terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Intransigentes, patrões negam aumento real e insistem em infligir perdas aos jornalistas (fotos de André Rodrigues, Thays Poletto e Franklin Freitas)

Mais uma vez, nada. A mesa-redonda desta tarde na Superintendência Regional do Trabalho serviu apenas para os patrões mandarem o recado por meio de seu advogado aos jornalistas: não vão dar nem um centavo a mais de reajuste nos salários além da reposição da inflação – isto depois de outras seis rodadas de negociação e passados mais de quatro meses da nossa data-base. Antes do encontro, jornalistas fizeram uma manifestação em frente à SRTE com faixa e panfletagem em que denunciavam os 14 anos sem aumento real e os lucros acumulados pelas empresas neste período.








segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Nesta terça-feira, venha exigir aumento real na manifestação da SRTE


Remuneração decente, não ao arrocho, aumento real já! Estas serão as mensagens que nós, jornalistas, traremos amanhã (dia 22) para a frente da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE, Rua José Loureiro, 574, Centro de Curitiba), antecedendo a mesa-redonda na qual trabalhadores e os patrões vão definir os rumos da Convenção Coletiva de Trabalho, entravada e com quatro meses de trabalho por conta da intransigência patronal. Garantida a reposição da inflação, que elevaria o piso salarial para R$ 2.145,00, os jornalistas querem – e sabem que é possível – um aumento maior e por isso apresentam uma proposta de aumento real de 5,58%, que os patrões vêm ignorando. A Semana de Mobilização preparada pelo Sindijor – que contou com ações de panfletagem na Boca Maldita no sábado e no Largo da Ordem ontem – teve como objetivo sensibilizar jornalistas e a sociedade sobre o descompasso entre os lucros dos veículos de comunicação e a absurda sonegação, pelos veículos do Paraná, de uma remuneração digna a seus trabalhadores.

Parlamentos - Hoje (21), o presidente do Sindijor, Márcio Rodrigues, ocupou a tribuna da Câmara Municipal de Curitiba para mostrar a dura situação por que passam os jornalistas do Estado, há 14 anos sem aumento real. Rodrigues também esteve na Assembleia Legislativa, onde também faria um pronunciamento, que acabou não ocorrendo. O ofício do Sindijor requerendo a abertura de espaço, contudo, foi lido pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni, e vai integrar os anais da Casa.

Semana de Mobilização - Sexta-feira (18/02) - Ronda da Noite no BarBaran


Presidente Márcio Rodrigues denuncia na Câmara de Curitiba a situação dos jornalistas (Por André Rodrigues)




Em poucas linhas a agonia de anos - Panfleto da Semana de Mobilização


Semana de Mobilização - Panfletagem na Boca Maldita no sábado (Davi Macedo)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Semana de Mobilização dos Jornalistas - Panfletagem na Rua XV no Dia do Repórter

No Dia do Repórter, o Sindijor montou uma barraquinha na esquina das ruas Monsenhor Celso e XV de Novembro para ser base para a panfletagem da categoria em luta por aumento real. A barraquinha permanecerá ao longo da semana no local para mostrar à população a situação calamitosa em que se encontram os jornalistas do Estado, há 14 anos sem aumento real. As fotos são de André Rodrigues.






Deus é testemunha, e agora mais gente sabe: jornalista ganha mal

Panfletagem na Novena do Perpétuo Socorro

No Dia do Repórter (16/02), o Sindijor iniciou sua caminhada rumo ao aumento real pedindo apoio dos céus e mostrando à população o inferno por que passamos. Na novena do Perpétuo Socorro, em Curitiba, nesta quarta-feira, os jornalistas panfletaram e mostraram como é viver há 14 anos sem aumento real e se submetendo à exploração das horas extras não pagas e do assédio moral. Com a força dos céus e bênção de São Francisco de Sales – nosso padroeiro – vamos, mobilizados até a manifestação da SRTE na terça-feira. Até lá, muitas atividades estão previstas. Fotos de Silvia Calciolari. Veja abaixo.




terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sindijor promove Semana de Mobilização dos Jornalistas do Paraná

Por valorização e respeito, vamos nos mobilizar e cobrar aumento real


O Sindijor vai deflagrar a partir de amanhã a Semana de Mobilização dos Jornalistas do Paraná em defesa do fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) – sem acordo desde 1º de outubro de 2010 – com aumento real para a categoria. A série de ações – voltada para os jornalistas e para o público externo – vai mostrar o atraso no fechamento da convenção e a necessidade de os jornalistas do Estado irem além da mera reposição da inflação, situação que perdura há 14 anos.
A culminação das ações será um ato dos jornalistas em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (Rua José Loureiro, 574, Centro de Curitiba), no dia 22, próxima terça-feira, às 13h, momentos antes de os representantes dos trabalhadores e dos patrões se reunirem para definir os rumos da Convenção. Garantida a reposição da inflação, que elevaria o piso salarial para R$ 2.145,00, os jornalistas querem – e sabem que é possível – um aumento maior e por isso apresentam uma proposta de aumento real de 5,58%, que os patrões vêm ignorando.
Para levar ao público externo as demandas da categoria, amanhã, 16 de fevereiro, Dia do Repórter, o Sindijor fará uma panfletagem entre os fieis que frequentam a novena da Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Curitiba a partir das 10h30. Na quinta-feira, ao longo de todo o dia, diretores do Sindijor visitarão redações de Curitiba distribuindo aos jornalistas camisinhas (em embalagem roxa, alusiva ao Mobilizan) lembrando que nos aproximamos do Carnaval e chamando os profissionais para participar dos atos da semana e da manifestação do dia 22.
A sexta-feira feira será um dia para o carro de som passar pelas redações para dar o recado aos patrões: “queremos aumento real já! Basta de esperar!” O carro de som também vai convocar os jornalistas a participar do Ronda da Noite, reedição do encontro que o Sindijor promovia há alguns anos em bares de Curitiba. Nesta semana de luta, o encontro será na sexta-feira, no BarBaran (Rua Augusto Stelfeld, 795, anexo à Sociedade Ucraniana, no Centro) a partir das 20h. Os jornalistas se encontrarão num momento de confraternização mas também de debate sobre as demandas da categoria.
No sábado, aproveitando a tradicional concentração da Boca Maldita, os jornalistas montarão uma barraquinha no espaço mais democrático de Curitiba, no período das 10h às 12h. A população poderá acompanhar, pelos panfletos distribuídos, o sufoco por que passam os jornalistas do Estado, há 14 anos sem aumento real, enquanto profissionais de diversas outras categorias conseguiram reajuste salarial acima da inflação e os veículos de comunicação acumulam faturamentos positivos. Paralelamente, ao longo de toda a semana de ações, haverá uma barraquinha para panfletagem na esquina das ruas XV de Novembro e Monsenhor Celso, no Centro de Curitiba, a poucas quadras do Sindijor.
A região central de Curitiba também será palco de uma ação no domingo, quando jornalistas distribuirão panfletos na Feira de Artesanato e acompanharão o bloco pré-Carnaval “Garibaldis & Sacis”, no Largo da Ordem, das 11h às 14h. Outra ação no domingo será a fixação de uma faixa reivindicando aumento real entre os torcedores do clássico Atletiba, no Estádio Couto Pereira, a partir das 18h15, a exemplo do que ocorreu nos jogos Paraná e Coritiba e Cascavel e Atlético.
A segunda-feira será marcada pela ocupação de espaços nos parlamentos. A jornalista Silvia Calciolari, diretora do Sindijor-PR, fará um pronunciamento às 14h30, durante sessão da Câmara Municipal de Curitiba; também na tarde de segunda-feira, o presidente Márcio Rodrigues fará uso do espaço na sessão da Assembleia Legislativa do Paraná, numa manifestação a favor do fechamento e pelo reconhecimento do arrocho salarial de 14 anos.
Para o dia 22, o Sindicato convoca todos os jornalistas do Paraná a se manifestarem nas principais cidades. Em Curitiba, como prévia da mesa-redonda da SRTE, está prevista uma manifestação em frente à sede da autarquia, na Travessa da Lapa. Segundo o presidente Márcio Rodrigues, “não podemos deixar que esse arrocho perdure por mais um ano". Os jornalistas estão impacientes com a intransigência dos patrões, que recusam terminantemente conceder qualquer reajuste acima da inflação ou avançar em qualquer item da proposta dos trabalhadores. Isto a despeito dos resultados favoráveis do setor de comunicações, que faturou 19,22% a mais apenas em 2010, segundo levantamento feito pelo Projeto Inter Meios.

TRT/PR mantém decisão que reintegra jornalistas demitidos da Folha de Londrina

A 2ª Turma do TRT/PR considerou ilegal a demissão de 18 jornalistas da Folha de Londrina, ocorrida em junho de 2009, e determinou a reintegração dos profissionais no emprego. A decisão, publicada no dia 11 de fevereiro, rejeitou o recurso da Folha de Londrina apresentado contra a sentença da 17ª Vara do Trabalho de Curitiba no ano de 2010, que já havia condenado a empresa na reintegração dos jornalistas. Na sentença, mantida pelo TRT/PR, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná, argumentou que a empresa demitiu coletivamente os jornalistas sem observar os critérios preferenciais de proteção ao emprego previstos na Convenção Coletiva da categoria. Para a categoria dos jornalistas, a sentença representa uma vitória importante. Os profissionais haviam sido demitidos no auge da crise e muitos continuam desempregados. O mais grave, contudo, foi o desrespeito à Convenção Coletiva, objeto de negociação no setor, cujo cumprimento pressupõe prática de boa-fé contratual. Para consultar o acórdão do Tribunal do Trabalho, clique aqui.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011


CAMPANHA SALARIAL / PR

Teatro de vampiros não sai no jornal

Por Laís Laíny Cavalcante da Silva Vieira em 8/2/2011

A relação entre jornalistas e patrões no Paraná vive o ápice de sua crise. Seguimos tentando manter a magia da profissão, defendendo coisas que muitas vezes não acreditamos, em troca de lucros que não são revertidos a nós. Nesse teatro de vampiros, as emissoras de TV e donos de jornais enriquecem, vendem matérias pagas como água, mas se negam a valorizar os protagonistas. O Projeto Intermeios apontou uma margem de lucro dos empresários de comunicação superior a 19% em 2010. No entanto, os empresários se recusam a dar aumento real à categoria. Há 14 anos não recebemos um tostão a mais do que reajuste inflacionário. Na negociação, queremos 7%, o que responde a apenas 0,5% a cada ano em que a profissão vem sendo jogada no ostracismo pelo patronato. E a resposta? Não. Sempre não.

O Dieese aponta que o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 2.227,53, mas, diante do impasse desde outubro, a categoria continua estacionada num piso de R$ 2.049,11 – ou 8% a menos. Ainda que seja concedido o reajuste do INPC admitido pelos patrões, o salário de ingresso dos jornalistas do estado iria a R$ 2.145,00 e ficaria ainda abaixo do mínimo do Dieese. As fortunas não podem ser tocadas, mas nosso sangue pode ser tirado a cada edição que temos que fechar. No interior do Paraná, principalmente, as redações estão lotadas de estagiários e jornalistas com diploma ganhando menos que o piso e trabalhando oito horas diárias. Hora-extra? Nunca em forma monetária. Cascavel, no oeste do estado, tem uma imprensa atuante e ao mesmo tempo explorada. Tal qual nas senzalas, trabalhamos oito horas pode dia. Hora-extra? Palavra desconhecida por aqui.

Estratégias de ação

A vontade de continuar cumprindo o importante papel social e o prazer de viver uma notícia é que nos deixa desistir. Depois de mais uma negativa dos patrões em manter a negociação da Convenção Coletiva de Trabalho em termos aceitáveis, os jornalistas paranaenses, sob coordenação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná, deflagraram nesta sexta-feira (4/2) uma campanha no twitter usando a hashtag #JornalistaGanhaMal. Trata-se de uma estratégia de campanha para mostrar à sociedade que, ao contrário do que se imagina, os jornalistas de forma geral não são bem remunerados e, no caso paranaense, estão há 14 anos sem aumento real.

Os colegas estão sendo chamados a participar do tuitaço enviando mensagens como as sugeridas pelo Sindicato: "Nossa dor não sai no jornal 14 anos sem aumento real", #JornalistaGanhaMal"; "#JornalistaGanhaMalJornalista quer aumento real!", "Jornalistas do Paraná já tivemos um piso de dez salários mínimos. Hoje, o piso é inferior ao mínimo necessário do Dieese#JornalistaGanhaMal".

Em assembleia em Curitiba, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu e Cascavel na quarta-feira (2/2), a categoria havia decidido prosseguir com a mobilização por uma nova Convenção Coletiva de Trabalho que garanta aumento real.

Os jornalistas não admitem que as empresas, que apresentam lucros crescentes ano a ano, se recusem a aumentar seus salários. Mais: enquanto todas as outras categorias conquistam aumentos reais consecutivos, os jornalistas paranaenses estão estagnados e tendo seus salários corroídos há anos. Cansados de enfrentar a mesma displicência dos patrões, que insistem em dizer que suas empresas estão com dificuldades e que não podem dar nada além da inflação, os jornalistas prosseguem na luta por aumento real e já definiram estratégias de ação para as próximas semanas a fim de exigir dos empregadores propostas efetivas de avanço.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Marcada nova mesa-redonda entre jornalistas e patrões na SRTE

O Sindijor requisitou hoje (7/2) uma mesa-redonda com os patrões na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), para a qual já foi marcada data: 22 de fevereiro, às 14h. Será mais uma tentativa de convencer os patrões que já é passada a hora de os jornalistas serem recompensados pela sua colaboração no crescimento das empresas de comunicação no Estado e receberem aumento real. A aproximação via mediação do Ministério do Trabalho e Emprego se dá depois de mais uma negativa – a quinta –, dada na semana passada pelos donos de veículos de comunicação no Estado para o pedido dos jornalistas de avanço efetivo na negociação da Convenção Coletiva de Trabalho. Já foi feita, em dezembro, uma mesa-redonda na SRTE, na qual ficou evidente mais uma vez – inclusive para a mediadora – a intransigência patronal em não conceder algo além da reposição da inflação.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Jornalistas deflagram “tuitaço” na luta por aumento real

Depois de mais uma negativa dos patrões em manter a negociação da Convenção Coletiva de Trabalho em termos aceitáveis, os jornalistas paranaenses, sob coordenação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná, deflagraram nesta sexta-feira (4/2) uma campanha no twitter usando a hashtag #JornalistaGanhaMal. Trata-se de uma estratégia de campanha para mostrar à sociedade, que, ao contrário do que se imagina, os jornalistas de forma geral não são bem remunerados, e, no caso paranaense, estão há 14 anos sem aumento real.

Os colegas estão sendo chamados a participar do tuitaço enviando mensagens como as sugeridas pelo Sindicato (“Nossa dor não sai no jornal -- 14 anos sem aumento real #JornalistaGanhaMal”;#JornalistaGanhaMal Jornalista quer aumento real!”, “Jornalistas do Paraná já tivemos um piso de dez salários mínimos. Hoje, o piso é inferior ao mínimo necessário do Dieese #JornalistaGanhaMal”).

Em assembleia em Curitiba, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu na quarta-feira, e em Cascavel na quinta-feira, a categoria havia decidido prosseguir com a mobilização por uma nova Convenção Coletiva de Trabalho que garanta aumento real. Os jornalistas não admitem que as empresas, que apresentam lucros crescentes ano a ano, se recusem a aumentar o salário dos jornalistas. Mais: enquanto todas as outras categorias conquistam aumentos reais consecutivos, os jornalistas paranaenses estão estagnados e tendo seus salários corroídos há anos.

O Projeto Intermeios apontou uma margem de lucro dos empresários de comunicação superior a 19% em 2010, no entanto, os empresários se recusam a dar aumento real à categoria. O Dieese aponta que o Salário Mínimo Necessário deveria ser de R$ 2.227,53, mas, diante do impasse desde outubro, a categoria continua estacionada num piso de R$ 2.049,11 – ou 8% a menos. Ainda que seja concedido o reajuste do INPC admitido pelos patrões, o salário de ingresso dos jornalistas do Estado iria a R$ 2.145,00 e ficaria ainda abaixo do Mínimo do Dieese.

Cansados de enfrentar a mesma displicência dos patrões, que insistem em dizer que suas empresas estão com dificuldades e que não podem dar nada além da inflação, os jornalistas prosseguem na luta por aumento real e já definiram estratégias de ação para as próximas semanas a fim de exigir dos empregadores propostas efetivas de avanço.

Participe do 'tuitaço' desta sexta-feira (4): #JornalistaGanhaMal



Entre no twitter nesta sexta-feira (4) e participe você também do 'tuitaço' da categoria usando a hashtag (termo que agrega conteúdo no serviço de microblogs) #JornalistaGanhaMal.

Abaixo, alguns exemplos de postagens. Confira o tuitaço em tempo real aqui e dê a sua contribuição.


Nossa dor não sai no jornal --14 anos sem aumento real #JornalistaGanhaMal
#JornalistaGanhaMal Jornalista quer aumento real!

Jornalistas do Paraná já tivemos um piso de dez salários mínimos. Hoje, o piso é inferior ao mínimo necessário do Dieese #JornalistaGanhaMal

Piso dos jornalistas do Paraná, inferior ao salário mínimo necessário para uma família de 4 pessoas: http://goo.gl/JUVfp #JornalistaGanhaMal

Mais de quatro meses de negociação salarial e, até agora, nada. #JornalistaGanhaMal






Faixa do Sindijor-PR no estádio Olímpico Regional, durante o jogo Cascavel e Atlético: Jornalista Ganha Mal.