terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Nota de falecimento

O Sindijor PR deseja força a família e amigos de Victor Folquening, um grande profissional, querido em todos os lugares por onde passou e que valorizava a nova geração de profissionais. Além de buscar alternativas para inovação na profissão e melhoras coletivas aos jornalistas.

Victor Folquening (38) - Jornalista, Mestre em Ciências Sociais Aplicadas, autor de “O Jornalismo é um Humanismo”, foi professor na Universidade Positivo e atualmente coordenava o curso de Jornalismo da Unibrasil, morreu atropelado por um biarticulado na Av. Sete de Setembro. O professor universitário foi encaminhado com vida ao Hospital Evangélico, mas não resistiu aos ferimentos.

O fato aconteceu no início da tarde de hoje na Av. Sete de Setembro, região central de Curitiba. A assessoria de imprensa do hospital confirmou a morte de Folquening. O corpo de professor será recolhido ao Instituto Médico Legal de Curitiba. O velório será na Funerária Santa Mônica, Rua Pedro Pasa, número 8, em Campina Grande do Sul, Bairro Jardim Paulista. Horário ainda não definido.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Emissão da Carteira de Identidade do Jornalista

Em carta circular, a FENAJ esclarece que diante de reclamações de alguns Sindicatos de Jornalistas, decorrentes das exigências para emissão da Carteira de Identidade de Jornalista (Circular nº 010, de 11 de novembro de 2011), a Diretoria Executiva, em telereunião realizada dia 17 de janeiro de 2012, resolveu:

1) Esclarecer que:

- A exigência da apresentação de documentos para a emissão e renovação da Carteira de Identidade do Jornalista deveu-se à constatação de inúmeras irregularidades na emissão do documento, identificadas pela FENAJ após a implantação do novo sistema de emissão.

- A FENAJ tem identificado permanentemente erros cometidos pelas Secretarias Regionais do Trabalho (SRTs, antigas DRTs) na emissão dos registros e também erros cometidos por Sindicatos de Jornalistas. Como exemplo, citamos o caso recente em que um profissional diplomado em Comunicação Social – Habilitação em Relações Públicas recebeu da SRT de Sergipe o registro de “Jornalista Profissional”. Citamos ainda o caso de um cidadão que requereu sua carteira dizendo-se jornalista diplomado e a recebeu, alegando que posteriormente apresentaria os documentos. Preso em outro estado da federação, o cidadão requereu cela especial e apresentou a Carteira de Identidade de Jornalista como prova de sua condição de portador de diploma de curso superior. A autoridade policial suspeitou e contatou o Sindicato de Jornalistas do Estado, que fez a verificação e constatou a fraude.

2) Reiterar que:

- A Carteira de Identidade do Jornalista, criada pela lei federal nº 7.084, de 21 de dezembro de 1982, é um documento oficial de identidade, válido em todo o território nacional. Portanto, a FENAJ e os Sindicatos de Jornalistas têm a responsabilidade de garantir a total veracidade das informações constantes do documento.

- A FENAJ e os Sindicatos de Jornalistas, neste caso em que recebem o poder de estado para emissão de um documento de identidade civil, não podem agir sob o princípio da boa fé dos jornalistas, devendo assegurar-se de prova documental atestando que as informações prestadas pelo solicitante são verdadeiras.

- A FENAJ não tem qualquer interesse em criar dificuldades para a emissão da Carteira de Identidade do Jornalista aos profissionais devidamente habilitados, mas não pode prescindir de sua condição de entidade legalmente constituída para a emissão do documento.

3) Confirmar as orientações constantes da Circular nº 010, de 11 de novembro de 2011, com as alterações que se seguem:

- Nos casos em que o jornalista profissional não tenha sua Carteira de Trabalho, a comprovação do registro poderá ser feita mediante a cópia da folha do livro de registros da Secretaria Regional do Trabalho (SRT).

- Para tanto, o Sindicato deve requerer a cópia do livro de registros junto à SRT e, periodicamente, solicitar a sua atualização, por meio do envio das páginas acrescidas.

- Lembramos que os registros profissionais são informações públicas que devem ser disponibilizadas a qualquer interessado e que o Decreto-Lei nº 97269 e o Decreto nº 83.284, que tratam da regulamentação da profissão de jornalista, estabelecem como obrigatoriedade, para os órgãos do Ministério do Trabalho, prestar aos sindicatos da categoria as informações que lhes forem solicitadas.

- Nos casos em que o jornalista profissional não tenha seu diploma de conclusão do curso superior em Jornalismo ou Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo, os Sindicatos podem aceitar (e enviar à FENAJ) como documento de comprovação de que o jornalista possui curso superior a certidão ou declaração de colação de grau, emitida pela instituição de ensino superior.

As certidões ou declarações de colação de grau são emitidas em curto prazo (geralmente no momento da solicitação)

Esclarecemos que as certidões ou declarações de conclusão de curso não têm sido aceitas por algumas SRTs, a despeito de constar na página do Ministério do Trabalho e Emprego como documento aceito para o registro provisório (válido até a apresentação do diploma). Por isso a orientação de que sejam solicitadas as certidões ou declarações de colação de grau.

Informamos ainda que a FENAJ está constituindo seu banco de documentos e que, no futuro, as renovações das carteiras emitidas após a Circular nº 010, de 11 de novembro de 2011, serão feitas automaticamente, sem a necessidade de o jornalista solicitante apresentar qualquer documento, a não ser a sua carteira de identidade de jornalista vencida ou a vencer.

Agradecemos a compreensão de todos (as) e esperamos que as novas medidas adotadas possam facilitar o acesso dos jornalistas ao seu documento de identidade.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

17º Prêmio Sangue Novo no Jornalismo Paranaense





A categoria Rádio Documentário é a surpresa da 17ª edição do Prêmio Sangue Novo no Jornalismo Paranaense. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná está com inscrições abertas e aguarda os trabalhos para premiar os novos talentos paranaenses. Seguem regulamento e ficha de inscrição. Estão em disputa outras 18 categorias: Telejornal Laboratório, Reportagem para Televisão, Reportagem para Rádio, Reportagem Impressa, Radiojornal Laboratório, Projeto/Produto Jornalístico Livre, Projeto Jornalístico para Internet, Projeto Jornalístico para Assessoria de Imprensa, Projeto em Telejornalismo, Projeto em Radiojornalismo, Projeto em Jornalismo Impresso, Monografia, Livro Reportagem, Jornal Laboratório On-Line, Jornal Laboratório, Fotojornalismo e Videodocumentário e Relevância Social. Mais informações aqui.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A Privataria Tucana: denúncias que não irão para debaixo do tapete?



O Sindijor PR participou da coletiva de imprensa promovida na sede do Sismuc com o autor do livro que traz a público documentos sobre “o assalto ao patrimônio público brasileiro”


“Meu livro já é um best seller”, disse com bom humor Amauri Ribeiro Jr. na coletiva ontem no auditório do Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Municipais de Curitiba (Sismuc). O autor do livro “A Privataria Tucana” fez o primeiro grande debate fora do Eixo Rio-SP e não desafinou ao falar sobre seu trabalho investigativo. “Espero que as medidas contra a lavagem de dinheiro prossigam. Que as denúncias não sejam mandadas para debaixo do tapete”, diz. O clima da coletiva e, mais tarde, do lançamento foi movimentado. Assim como o mercado editorial brasileiro após o lançamento da obra. Fernando Henrique Cardoso que o diga, após desqualificar o trabalho investigativo, prometeu processar Amauri Jr., mas desistiu de tudo e tirou férias mais cedo em 2011. O fato é que “A Privataria” cresceu a passos largos, com denúncias da ‘Era das Privatizações’ no governo FHC e do ex-ministro do Planejamento, José Serra.


Inicialmente a grande imprensa ignorou a obra de Amauri Ribeiro Jr., porém as discussões em redes sociais, num primeiro momento, fizeram com que a situação fosse irreversível e os donos dos meios de comunicação colocassem “A Privataria” em pauta. “A Carta Capital começou a repercutir. Os outros meios mais conservadores desqualificaram. Um juiz chegou a dizer que meu livro mostra o caminho da lavagem do dinheiro”, explicou o autor. O jornalista Luis Nassif, por exemplo, chegou a dizer que é "a reportagem investigativa da década”. Ainda assim, Amauri Jr. alfinetou: “A grande imprensa não gosta de falar das privatizações, pois atingem os próprios donos”.


Coletiva


O auditório do Sismuc recebeu um jornalista tranquilo e seguro na sua fala. Muitas vezes num tom informal, Amauri Jr. explicou o porquê da demora na publicação do trabalho (12 anos). “Me dediquei e me especializei, nos últimos anos, em crime fiscal. O livro, muitos vezes, ‘bate’ na imprensa. Desmonta muita matéria mentirosa sobre o assunto. Eles baixaram o nível. Fui acusado de estar de um lado, mas não estava em lado algum. Pra mim tudo isso foi um troféu”.


Natural de Londrina e criado em Santa Cruz de Monte Castelo (Noroeste do estado), Amauri Jr. diz nunca ter sofrido muitos processos pelas matérias investigativas e que nunca perdeu um deles. Brinca com o ex-presidente da República (FHC), “após saber da obra, entrou em depressão o coitado”. O jornalista já foi acusado de espionagem na campanha da presidente Dilma Rousseff, também pela Polícia Federal de violar o sigilo fiscal do alto escalão tucano e de familiares do ex- governador José Serra. Porém se mantém firme: “devido ao meu livro estar muito embasado, o outro lado fica meio perdido. Como está tudo documentado, muitos que ameaçam processar acabam desistindo”.


Hoje o que se vê é que a discussão já saiu do meio político, em que os tucanos desqualificavam e os petistas elogiavam. A obra atinge um grande público e isso foi visto após a coletiva, quando o auditório foi aberto ao debate e autógrafos. Mais de 300 pessoas prestigiaram o evento, muitos trouxeram seus exemplares. Ainda na coletiva, o Sindijor PR questionou se publicações através de reportagens em série não seriam mais eficazes para atingir a população mais pobre, Amauri Jr. explicou que “o livro é a melhor forma e está tendo boa saída, a blogosfera tem ajudado muito e disponibilizamos algumas partes da obra para as pessoas”.


‘O Piloto’


As opiniões contrárias ao livro dizem que as movimentações financeiras não provam a participação direta de José Serra, um dos principais alvos das acusações. Sobre isso o autor explica que são muitos familiares envolvidos, seria cinismo acreditar não haver envolvimento. Além disso, o “economista Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor internacional do Banco do Brasil no período FHC, era tesoureiro do ex-presidente FHC e também do Serra. Ricardo Sérgio era ‘o piloto’ das privatizações e está tudo muito bem documentado no livro”.


O jornalista explica que “é decepcionante” o que envolve a política brasileira. Fernando Henrique Cardoso, José Serra, empresas, paraísos fiscais, lavagem de dinheiro, desvio do dinheiro público, são palavras repetidamente explicitadas por Amauri Jr. Além da questão do Banestado, que é ponto crucial nas investigações sobre lavagem de dinheiro em paraísos fiscais. “A primeira reportagem sobre o Banestado fui eu que fiz e não acho que a privatização melhorou para o povo. Não vejo benefício. A CPI do Banestado pode ser retomada, basta expedir, nos Estados Unidos, documentos necessários”, conclui o jornalista.


Foto: André Luís Rodrigues

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Entenda em números a ‘proposta fantasma’ patronal

O Dieese elaborou uma simulação para que todos os jornalistas entendam o impacto da proposta patronal do dia 10/01/2012 para os Jornalistas (data-base out/2011) – veja os números aqui. A conclusão é que para os jornalistas com salários superiores a R$ 3.287, 67, o reajuste de parcela fixa (R$ 240,00) irá representar um reajuste inferior a inflação do período (7,30%). Nas empresas maiores, que pagam salários melhores, a proposta pode gerar um impacto financeiro inferior em relação a aplicação do INPC (7,30%).

Proposta também rechaçada em Londrina

Em assembleia na semana passada os jornalistas de Londrina e de Apucarana também rejeitaram a ‘proposta fantasma’ apresentada pelas empresas de comunicação do Paraná. Os profissionais sabem que não há contemplação nem mesmo a inflação para os maiores salários, corroendo o poder de compra deste segmento da categoria.

Sindicatos defendem toda categoria

As rodadas de negociação do ano passado mostraram que os donos dos meios de comunicação optam por analisar seus trabalhadores de forma diferenciada. O Sindijor PR defende a categoria em todas as bases. Ao rechaçar cláusulas que permitam acordos em separado com as empresas e também uma ‘redação fantasma’ (que surgiu da noite para o dia) para renovar a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), os Sindicatos que defendem a categoria deixam claro que em 2012 a mobilização será ainda maior.

Amanhã autor do livro “A Privataria Tucana” estará em Curitiba

Nesta quinta-feira (19), em Curitiba, haverá o lançamento do livro “A Privataria Tucana”. O auditório do Sismuc – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba – será palco, às 19 horas, do debate com o autor da obra, Amaury Ribeiro Jr. Um pouco antes, 17h30, também no Sismuc (Rua Monsenhor Celso, 225, 9º andar. Conjunto 901/902), o autor concederá entrevista coletiva.

Curitiba é a primeira cidade fora do eixo Rio-SP que lança oficialmente o livro que vendeu 120 mil cópias em dois meses. Com quatro novas prensagens, ‘Privataria’ é um trabalho investigativo que denuncia os desvios de dinheiro público durante as privatizações do governo FHC e do tucano José Serra e família. O livro motivou ampla mobilização nas redes sociais pela instalação da CPI da Privataria (...#cpidaprivataria) no Congresso Nacional, a pedido do deputado federal Protógenes Queiros (Satiagraha).

O livro também aborda a privatização do Banestado, antigo banco estadual do Paraná. O autor prometeu ainda detalhar e revelar mais fatos, além de sanar dúvidas dos leitores.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Jornalismo literário paranaense: 50 anos de “letras e/& artes”



Na tarde de hoje o Sindijor PR recebeu uma das 500 edições limitadas da página literária “letras e/& artes”, que circulou entre 1959 e 1961 em Curitiba. As páginas geraram um verdadeiro florescer literário, que marcou o jornalismo cultural da capital. Não há duvida que o suplemento inovou ao revelar autores locais, assim como em sua forma gráfica e nas discussões da cultura brasileira. Publicada aos domingos pelo jornal "Diário do Paraná", órgão pertencente aos Diários Associados, "letras e/& artes" (meio século depois) é resgatada através de uma inédita edição fac-similar (84 páginas, tamanho do jornal da época, 94x64cm; 04 cores), organizada pelo seu então editor, o cineasta, poeta e escritor, Sylvio Back, que celebra os cinquenta anos do suplemento.


Esses ‘novos’ exemplares visam, através de distribuição nacional, entrada em bibliotecas, universidades e academias literárias e mídias especializadas (bibliófilos e colecionadores). Esta grande abrangência deve-se ao patrocínio da Itaipu Binancional, com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, com projeto gráfico e editoração de Rita de Cássia Solieri Brandt e Adriana Salmazo Zavadniak, além da seção paranaense da Biblioteca Pública do Paraná, local em que está arquivada a coleção original do jornal.


O Sindicato parabeniza esta iniciativa, pois nas páginas de “letras e/& artes” plantou-se o jornalismo literário do estado. As publicações dominicais eram claramente voltadas ao público local. “Havia, sim, prioritariamente, o reconhecimento da criatividade emergente local que, pela primeira vez, naquela quadra, encontrava espaço pertinente para estrear sua produção” – escreve em seu depoimento Sylvio Back, editor desde a primeira publicação das páginas literárias.


“Letras e/& artes” com sua liberdade estética e de expressão, independente e ousada, tanto em matéria de conteúdo, como em sua apresentação gráfico-visual, é considerado um evento cultural jamais igualado na imprensa paranaense. “A sua prematura ‘morte’ em 1961, com a minha inesperada demissão do jornal por ser um dos líderes de uma greve salarial, se deixou um vácuo de tristeza entre todos que o fazíamos com tanta paixão, dele sobrevive hoje, meio século depois, uma inestimável fortuna crítica de talento, inconformismo e controvérsia” – finaliza Sylvio Back em seu relato no press-release encaminhado ao Sindijor nesta tarde.


Segue relato histórico:


Suplemento cultural de Curitiba prenuncia os anos 60


Sylvio Back 


Desde quando nasceu, em 23 de agosto de 1959 até a sua intempestiva interrupção em março de 1961, "letras e/& artes" foi um marco no jornalismo cultural de Curitiba, e na própria vida literária paranaense.

Com sua equipe de jovens autores e formatação gráfica inusual, aliada à contundência dos textos, a histórica página, agora replicada em edição fac-similar fora do comércio, sempre privilegiou a temperatura da arte no Paraná, conflagrando a engessada cultura local (leia-se, curitibana), frequentemente, afeita ao beletrismo e à mimetização do que vinha de fora.

Para dar conta dessa inédita empreitada, "letras e/& artes" tínhamos total liberdade de expressão e opinião. Jamais a editoria foi admoestada ou censurada, nem constrangida a publicar texto não solicitado.

O tônus polêmico da página era cunhado por uma plêiade de artistas plásticos, contistas, poetas, cronistas, críticos de teatro e de cinema, filósofos, historiadores, etc. que, naquele espaço semanal único, encontravam guarida para suas criaturas, muitas delas na contramão do que se produzia e publicava em Curitiba.

Lembro-me bem que as edições dominicais eram avidamente lidas por alguns colaboradores, claro, inclusive, por mim, que ficava ali lambendo a cria ainda de madrugada - na boca da rotativa. Compartilhávamos da alegria dos gráficos que se dedicavam à página, eu diria, quase autoralmente, desde a transcrição e correção dos textos na linotipo até a sua impecável impressão.

Com os dedos ainda lambuzados de tinta fresca, "letras e/& artes", ato contínuo, era curtida nos bares e restaurantes da moda. As discussões e os debates começavam ali mesmo e se estendiam até o amanhecer de domingo, repercutindo depois na cidade pela semana afora.

Colaboradores ilustres

Na sua breve existência, totalizando oitenta e cinco edições, "letras e/& artes" (inexplicavelmente, às vezes a logomarca saía com "e", outras, com "&") conseguiu reunir alguns dos melhores textos de Curitiba naquele crepúsculo da década de cinquenta e cúspide dos sessenta.

Entre outros, compareciam com regularidade assinando ensaios, críticas, poemas e ilustrações, Celina Silveira Luz, Walmor Marcelino, Oscar Milton Volpini, René Dotti, Paulo Gnecco, Helena Wong, Mário Fernando Maranhão, Hélio de Freitas Puglielli, Fernando Pessoa Ferreira, Ênnio Marques Ferreira, Carlos Varassin, Luiz Carlos de Andrade Lima, Regina de Andrade, Paul Garfunkel, Heitor Saldanha, Gilberto Ricardo dos Santos, Adherbal Fortes de Sá Jr., Pedro Geraldo Escosteguy, Manoel Furtado (cujo belo desenho ilustra a capa desta edição fac-similar), Ernani Reichmann, Ivette Gusso Lopes, Alberto Massuda, Francisco Bettega Netto, Mario de Andrade, Vicente Moliterno, Edésio Passos, Erwin Hromada, Jairo Régis, Cecy Cabral Gomes, Assad Amadeu, René Bittencourt, Antenor Pupo, Luiz Geraldo Mazza, Sebastião França, Yvelise Araújo, Nelson Padrella, Mauri Furtado, Roberto Muggiati e Glauco Flores de Sá Brito.

Textos premonitórios

Frequentemente, as opiniões dos articulistas provocavam furibundas reações da micro-intelectualidade curitibana, quase toda ela de corte aufofágico, incapaz de acreditar nos criadores à sua volta (muitas delas chegavam até a pregar a extinção do suplemento). Para contrabalançar, eu tinha o retorno entusiástico dos leitores expresso em cartas, telefonemas e nas colaborações remetidas à redação.

Ainda que não tivesse nenhum parentesco nem se remetesse ao suplemento "Joaquim", dirigido pelo então também jovem Dalton Trevisan na década de ‘40, interessante constatar hoje como "letras e/& artes" refletia uma antecipação paroquial dos anos sessenta.

Seu conteúdo estava sintonizado nas discussões nacionais sobre cultura popular, existencialismo, marxismo, arte engajada, a relevância da poesia, da literatura, do teatro e do cinema brasileiros.

Por essas e outras, a redação virtual do "letras e/& artes" sempre fervia de novidades, congregando jornalistas e autores experimentados a dezenas de neófitos (todos indisfarçáveis candidatos a escritor, poeta, crítico, advogado, político, sindicalista e cineasta...).

Com as exceções que confirmam a regra, supinamente radicais, bem ao estilo daqueles tempos ideologizados que começavam a se delinear.

Dor e orgulho

Havia naquelas edições dominicais a dor e o orgulho do saber da província: produzia-se de e para Curitiba. Não havia o flerte e a reverência ao eixo Rio-São Paulo, ainda que alguns dos nossos maiores, como Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira, por exemplo, sempre tivessem seus poemas reproduzidos.

Havia, sim, prioritariamente, o reconhecimento da criatividade emergente local que, pela primeira vez, naquela quadra, encontrava espaço pertinente para estrear sua produção.

Arrisco dizer que "letras e/& artes", pela pegada iconoclasta, e desde então, rotineiramente "esquecido" e omitido pela Curitiba acadêmica como se nunca tivesse existido, só teve ressuscitado seu estilo trinta anos depois pelo mensário "Nicolau" (do qual, aliás, fui assíduo colaborador).

A sua prematura "morte" em 1961, com a minha inesperada demissão do jornal por ser um dos líderes de uma greve salarial, se deixou um vácuo de tristeza entre todos que o fazíamos com tanta paixão, dele sobrevive hoje, meio século depois, uma inestimável fortuna crítica de talento, inconformismo e controvérsia.



Sylvio Back é cineasta, poeta, roteirista e escritor. Autor de 37 filmes de curta, média e longa-metragem (11), publicou 21 livros (poesia, roteiros, contos e ensaios). Em lançamento nacional, o novo filme, "O Contestado - Restos Mortais"; em filmagem, o doc "O Universo Graciliano"; em preparo, a ficção,"A Angústia", baseado no romance de Graciliano Ramos. sylvioback@gmail.com. 




Crédito Foto/Montagem: Regis Luís Cardoso 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Jornalistas rechaçam acordos e "redação fantasma" das empresas



Após diversas rodadas de negociações, os jornalistas de Curitiba decidiram, por unanimidade, rechaçar a cláusula que permite acordos em separado com as empresas e mais uma ‘redação fantasma’ (que surgiu da noite para o dia) dos donos dos meios de comunicação do estado para renovar a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Desta vez o ataque patronal atingiu os trabalhadores que recebem mais de três mil reais. Pela ideia das empresas, esses jornalistas receberiam R$ 240 de aumento. Em muitos casos, o valor nem atingiria a inflação reivindicada pela categoria que é de 7,3%.


O reajuste com aumento real de 8% agraciaria apenas os jornalistas que recebem abaixo dos R$ 3 mil. Esta proposta, desde o início das negociações (setembro de 2011), não havia sequer sido citada por membros das empresas de comunicação.Inicialmente, a proposta apresentada no dia 09, na sede do Sindicato das Empresas de Jornais e Revistas do Paraná, era que haveria aumento real de 8% para todos os trabalhadores, condicionada ao acréscimo de uma cláusula que permitisse negociação para acordos coletivos de trabalho entre os Sindicatos de trabalhadores e empresas.


Ao considerar um descaso a redação que surgiu fora das reuniões, em que todos os interessados sabiam que o Sindijor-PR havia convocado a Assembleia para ontem, os jornalistas mais uma vez foram desrespeitados. Assim, os trabalhadores discutiram e votaram a cláusula e a ‘redação fantasma’, e ambas foram rachadas. Assembleias em Londrina (13/01), Ponta Grossa, Cascavel e Foz do Iguaçu também acontecerão. Algumas datas e horários ainda não foram definidos.


REDAÇÃO FANTASMA

Na tarde de ontem (10), antes da Assembleia às 19h30, o Sindijor-PR aguardava o ‘ok’ dos empresários para levar as propostas aos jornalistas, porém uma nova redação causou estranheza e demonstrou descaso com os próprios trabalhadores. Segue redação do Sindejor: “mantém a sua proposta quanto ao reajuste salarial nas seguintes condições: os salários dos empregados abrangidos pela CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO a ser contratada, vigentes em 01/10/2010 serão reajustados a partir de 01/10/2011 pelo percentual de 8% (oito por cento), índice correspondente ao INPC/IBGE do período de 01/10/2010 a 30/09/2011 mais aumento real. O reajustamento no percentual de 8% (oito por cento) incidirá sobre os salários vigentes em 01/10/2010 dos empregados com contrato de trabalho em vigor em 01/10/2011 até a parcela de R$3.000,00 (três mil reais) mensais, sendo os salários superiores a R$3.000,00 (três mil reais) reajustados com a parcela fixa de R$240,00 (duzentos e quarenta reais). As diferenças salariais, dependentes da data da assinatura da CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO, serão pagas pelas empresas conforme ajustado entre as partes (SINDICATOS)”.

Descaso na secretaria de comunicação social de Curitiba

Concursados são minoria e ganham menos. Piso de jornalistas e relações públicas de carreira está abaixo da convenção regional

A desvalorização dos servidores públicos concursados parece ser a marca da atual gestão da prefeitura de Curitiba. Um dos casos que chegou ao conhecimento do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor PR) é a situação discrepante na secretaria de comunicação social. A começar pela diferença de tratamento entre cargos comissionados e concursados, que implica no descumprimento do princípio de isonomia no serviço público.


A disparidade salarial deixa a prefeitura sujeita a punições por não cumprir a convenção regional de categorias como jornalistas e relações públicas. Os números revelam que cargos comissionados recebem em média R$ 6 mil, já os jornalistas e relações públicas de carreira contam com piso de R$ 1.289,34 (valor previsto na lei municipal 11.000/2011); ou seja, R$ 862,22 a menos que o piso dos jornalistas no Paraná, que é de R$ 2.151,56.


O presidente do Sindijor PR, Márcio de Oliveira Rodrigues, avalia a postura da prefeitura municipal de Curitiba como incentivadora da depreciação do setor da comunicação: “as instituições públicas precisam mostrar à sociedade isonomia e transparência, mas a gestão curitibana anda na contra mão. Por isso defendemos o concurso público, justamente para que esses fatos não ocorram. Fica claro que a atual gestão de Curitiba prefere a terceirização da comunicação e favorecer alianças que promovam profissionais sem uma avaliação isenta”.


Menos concursados


Hoje a secretaria conta com mais comissionados do que servidores de carreira. Do total de 71 funcionários, 41 (57%) foram nomeados sem a necessidade de realizar o concurso para o serviço público, conforme determinado pela Constituição Federal.
Para a secretária de comunicação do Sismuc, Alessandra Cláudia de Oliveira, casos como estes configuram o processo de terceirização: “Luciano Ducci quer evitar fazer o concurso público para poder usar a máquina pública da forma como lhe convier. Contrata profissionais sem estabilidade de emprego, dispostos a divulgar os fatos, promovendo sua imagem como pré-candidato à prefeitura. Não é a toa que ele já foi denunciado por utilização da estrutura em proveito próprio, para seus objetivos eleitoreiros”.


Em março do ano passado Ducci teve que se explicar por fazer propaganda de sua atividade no executivo municipal com material produzido por funcionários da prefeitura. O conteúdo foi disposto em seu blog pessoal. As denúncias de improbidade administrativa também fez reduzir a quantidade de vezes que o nome e a foto de Ducci aparecem na página da prefeitura.


Encaminhamentos


Para rever a situação da secretaria de comunicação, o Sismuc e o Sindijor pretendem realizar uma reunião com a prefeitura. Um ofício será encaminhado para solicitação de agenda com representantes da administração municipal. Além do aumento dos pisos salariais dos servidores, a intenção é também acabar com a terceirização do serviço.


Diferenças salariais


Salário dos comissionados
S1 – secretário: R$ 12.047,26
S2 e C2 – R$ 10.692,26
C3 – R$ 6.843,00
C4 – R$ 4.704, 50

Piso salarial de jornalistas e relações públicas concursados
Nível I 254A – R$ 1.289,34

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

AMANHÃ: ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

Pelo presente edital ficam convocados todos os jornalistas associados a este Sindicato para se reunirem, de acordo com as disposições estatutárias, em Assembleia Geral Extraordinária a ser realizada dia 10 de janeiro de 2012, às 19h30, na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná, Rua José Loureiro, 211, em Curitiba, com a seguinte ordem do dia:





1- Analise da proposta patronal
2- Dar andamento a negociação da CCT
3- Assuntos correlatos.






Curitiba, 04 de janeiro de 2012.
Marcio de Oliveira Rodrigues
Presidente

Negociação continua. Há proposta por aumento real




Uma nova rodada de negociação para renovar a Convenção Coletiva de Trabalho dos jornalistas do Paraná foi realizada na tarde de hoje, na sede do Sindejor (Sindicato das Empresas de Jornais e Revistas do Paraná) em Curitiba. A bancada patronal aceitou conceder aumento real, ao invés do proposto abono salarial. Em contrapartida, os trabalhadores devem avaliar a possibilidade de acrescentar cláusula que permite a negociação para assinatura de acordos coletivos de trabalho entre os Sindicatos de trabalhadores e empresas.

A proposta patronal é de repor a inflação medida pelo IBGE por meio do Índice Geral de Preços ao Consumidor (INPC) do mês de outubro de 2011, cuja taxa foi de 7,3%, e conceder aumento de 0,7%, fechando no total (reposição de inflação e aumento real) 8%. Na noite de amanhã (19h30), em Curitiba, haverá uma Assembleia Geral Extraordinária – a qual permanece em caráter permanente desde assembleia realizada em dezembro passado. Na oportunidade, os jornalistas terão o suporte do Dieese e da assessoria jurídica para que se tome a decisão a respeito dos rumos da negociação. Agora cabe aos jornalistas do Paraná avaliar a proposta patronal, e dar andamento a renovação da CCT.


Nova cláusula terá redação apresentada na Assembleia

A assessoria jurídica do Sindijor-PR vai refazer a cláusula apresentada originalmente no dia 20 de dezembro pela representação patronal. Os dirigentes dos trabalhadores já apresentaram uma contraproposta, detalhando um modelo de negociação, mas ela não foi aceita pelos patrões. Ao apresentar essa nova proposta aos patrões, espera-se que haja um posicionamento favorável da bancada empresarial, assim como se encaminhe o fechamento da CCT. Mas, mesmo que eles aceitem, quem dará a palavra final serão os jornalistas que participarem das assembleias realizadas em Curitiba, nas cidades com subsedes do Sindijor e dos jornalistas da base do Sindicato de Londrina e Região.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

CCT dos Jornalistas é agora!




A nova rodada de negociação entre os jornalistas e os donos das empresas de comunicação será dia 9 de janeiro. No dia seguinte (10/01) haverá Assembleia Geral Extraordinária para debater e eventualmente votar uma nova proposta dos patrões. Para que o assunto seja amplamente discutido e que todos saibam o que está em jogo, segue a última redação sobre as negociações entre os trabalhadores e os patrões.

Entenda o que está em jogo até o momento:

As empresas de comunicação do Paraná acenam para a reposição da inflação, de 7,3% segundo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), e mais um abono, parcelado em duas vezes de R$ 250, em datas a serem definidas. Por outro lado, os representantes dos trabalhadores observaram que a figura do abono é prejudicial à categoria, porque implica em nenhuma incorporação ao salário. Pode até, aparentemente e de forma ilusória, parecer uma vantagem no curto prazo, mas a verdade é que impõe perdas no médio e longo prazo. A proposta dos sindicatos dos jornalistas é de que, ao invés do abono, as empresas ofereçam um aumento real de ao menos 1%, o que equivaleria a um reajuste total de 8,3% e teria um impacto financeiro similar ao do abono oferecido hoje. Os patrões ficaram de estudar essa alternativa.


Nova cláusula apresenta riscos

A atual proposta feita pelos empresários está condicionada à inclusão de uma cláusula redigida a pedido do Sindicato de Rádios e TVs, cuja íntegra seria a seguinte: "Considerando a negociação coletiva como expressão da vontade das partes, e cujo reconhecimento vem estabelecido na própria Constituição Federal (inciso XXVI, art. 7º), ajustam os Sindicatos convenentes a possibilidade do estabelecimento entre o Sindicato da Categoria Profissional e as Empresas representadas pelo Sindicato da Categoria Econômica de Acordo Coletivo de Trabalho visando estabelecer condições de trabalho e de salário entre as partes acordantes diversas daquelas reguladas na presente Convenção Coletiva de Trabalho. Na hipótese de estabelecimento de Acordo Coletivo de Trabalho entre o Sindicato Profissional e determinada Empresa (ou determinadas Empresas) o Acordo Coletivo de Trabalho prevalecerá sobre a Convenção Coletiva de Trabalho, que não será aplicada".

Os sindicatos dos trabalhadores não concordam com o teor da cláusula. “Na prática, querem as empresas, depois de fechada a convenção, fazer acordos coletivos com cláusulas prejudiciais, menos vantajosas […], o que é perigoso demais, pois abre um espaço para as empresas pressionarem por acordos menos favoráveis”, diz trecho de parecer preliminar da assessoria jurídica do Sindijor-PR.

Essa nova cláusula proposta pode levar inclusive a uma forma indiscriminada de uso do mecanismo de acordo diferenciado por empresas, dando margem, por exemplo, a uma empresa requerer piso de menor valor que o estabelecido na CCT, o que precarizaria ainda mais as condições de trabalho. É importante destacar ainda que o artigo 620 da CLT dispõe o seguinte: "As condições estabelecidas em Convenção, quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em Acordo".

Assim, o calendário da negociação já tem previsto mais dois momentos importantes para o fechamento da CCT: dia 9/1, nova reunião de negociação, e 10/1, assembleias de base dos trabalhadores. Para evitar o prolongamento da atual negociação, é fundamental a mobilização dos jornalistas e a participação maciça nas assembleias.

Concursos para jornalistas em todo o Brasil

Órgãos públicos abrem 13 concursos para jornalistas. O concurso da Petrobras é o mais concorrido e paga o maior salário, com apenas uma vaga para jornalista com salário básico de R$ 4.117,07 e garantia de remuneração mínima de R$ 6.217,19. São vagas em instituições como universidades, órgãos da Justiça, Câmaras, Conselhos de classe, entre outros. Veja no site do Sindijor PR os links para as provas: http://sindijorpr.org.br/?system=news&action=read&id=4522&eid=40

Vaga para Diretor do Escritório Regional da FIJ

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), em coordenação com o seu grupo regional, a Federação dos Jornalistas da América Latina e Caribe, FEPALC, abre o processo de seleção para o cargo de DIRETOR DO ESCRITÓRIO REGIONAL DA FIJ PARA A AMÉRICA LATINA. O Escritório Regional da FIJ na América Latina (LARO, em inglês), em Buenos Aires, Argentina, é a principal referência para os jornalistas e seus sindicatos na região na defesa dos direitos sociais e de segurança, desenvolvimento da mídia, promoção do sindicalismo e solidariedade profissional.

O papel do escritório é desenvolver a capacidade dos sindicatos filiados à FIJ na região para promover atividades práticas para atender as suas necessidades e fornecer-lhes informação regularmente. Como parte da Secretaria da FIJ, o escritório é responsável por coordenar o desenvolvimento sindical e de solidariedade profissional, desenvolver as atividades da FIJ na América Latina em cooperação com o secretariado e em consonância com as decisões do Comitê Executivo da FIJ e sua organização regional, a Federação dos Jornalistas da América Latina e Caribe (FEPALC).

O diretor do LARO será subordinado à FIJ e à Comissão Executiva da Fepalc. Ele ou ela deve ter as capacidades mínimas a seguir:

• Bons conhecimentos do sindicalismo e do jornalismo e uma ampla gama de temas relacionados com os meios de comunicação e jornalistas da região.

• Experiência comprovada na realização de campanhas focadas em melhorias dos interesses dos jornalistas.

• Experiência em gestão de projetos, incluindo a elaboração de sínteses, relação com doadores, implementação de iniciativas e apresentação de relatórios financeiros.

• Capacidade de gerenciar despesas de acordo com os orçamentos e implementar planos financeiros.

• Habilidade de comunicação escrita e verbal, assim como capacidades interpessoais e competência para fornecer relatórios e apresentações.

• Fluência em um idioma diferente do português (preferencialmente o inglês).

Sob a supervisão da Secretaria Geral da FIJ e em cooperação com a direção da FEPALC, o trabalho do diretor regional consiste, entre outras coisas:

1. Representar a FIJ na América Latina e administrar o Escritório Regional para a América Latina.

2. Atender a todos os assuntos administrativos, incluindo os relativos aos empregados e temas financeiros, de acordo com o regimento interno da FIJ, além de apresentar relatórios informativos à Secretaria Geral e ao Comitê Executivo da FIJ e à Comissão Executiva da FEPALC.

3. Contratar todos os trabalhadores do escritório regional em conformidade com as políticas e práticas de contratação da FIJ e seu acordo coletivo de trabalho.

4. Supervisionar as finanças de acordo com os orçamentos existentes e procedimentos gerais da FIJ.

5. Monitorar todos os contratos e obrigações legais do FIP.

6. Coordenar com os sindicatos filiados e dirigentes regionais o início, seleção, aplicação e implementação de projetos e programas no contexto dos programas e projetos regionais da FIJ com as atividades do grupo regional da FEPALC.

7. Assegurar a correta aplicação dos orçamentos e fundos destinados a projetos e programas e apresentar, oportunamente, relatórios financeiros sobre as finanças e a execução de projetos e programas.

8. Desenvolver e implementar um plano de comunicação para o escritório, emitir alertas e notícias sobre a liberdade de imprensa, direitos sociais e a segurança dos jornalistas.

9. Trabalhar em conjunto com parceiros na FIJ na região, incluindo as organizações das Nações Unidas, agências de desenvolvimento, grupos sindicais e as estruturas de direitos humanos; desenvolver redes de contato e parcerias com organizações da sociedade civil e outros atores não-estatais que compartilham a mesma visão, objetivos e diretrizes da FIJ.

10. Coordenar a implementação dos objetivos estratégicos da FEPALC com a autorização da sua diretoria e de acordo com seus regulamentos e políticas; e informar regularmente a sua direção.

11. Manter e desenvolver relações com sindicatos filiados e os órgãos estatutários da FIJ, organizar e dar suporte a todas as reuniões estatutárias regionais e respaldar a diretoria regional eleita.

12. Executar tarefas que eventualmente podem ser definidas pela Secretaria Geral da FIJ.


TERMOS E CONDIÇÕES

O Diretor Regional será contratado de acordo com as leis trabalhistas na Argentina e o acordo coletivo de trabalho do staff da FIJ.

REQUISITOS

Os candidatos deverão enviar preenchido um requerimento, junto com uma carta que fundamente a candidatura ao cargo, além de curriculum vitae para o seguinte e-mail: postulaciones@fepalc.org até a meia noite do dia 20 de janeiro (horário de Porto Alegre).

PROGRAMAÇÃO

Encerramento das inscrições: meia-noite do dia 20 de janeiro de 2012 (horário de Porto Alegre).

Envio da lista de perguntas por escrito aos pré-selecionados: 23 de janeiro


Avaliação dos candidatos: 23 - 28 de janeiro

A seleção será feita pelo Comitê Administrativo da FIJ, em coordenação com o júri definido pela FEPALC.

Link para arquivo de preenchimento da vaga:
sindijorpr.org.br/pub/publicacoes/4239f382789f322d196b0f5a7b463be0.pdf