Assembleia dos jornalistas, gráficos e demais trabalhadores da Editora Diário Popular, hoje, em conjunto do Sindijor e Sintrag, decidiu pela greve a partir da próxima segunda-feira, para atender a exigência legal do aviso prévio de 48 horas, e concomitantemente autorizou os dois sindicatos a ingressar com ações coletivas cobrando os salários atrasados. Os trabalhadores não haviam recebido até ontem 25% do salário de julho e estão sem o adiantamento salarial de agosto. A empresa estaria em estado de insolvência, com dívidas com o INSS e FGTS. A intenção declarada pela proprietárias, Soraya e Cristina Kudri, era de encerrar as atividades e dispensar todos os empregados no dia 31 de agosto. Segundo os planos anunciados pelo Diário Popular, os trabalhadores teriam que apresentar as carteiras de trabalho para fazer a baixa, mas não receberiam as verbas rescisórias, que seriam pagas posteriormente. Tentativas de vender a empresa – como a anunciada para o empresário Joel Malucelli – acabaram frustradas, e não estava descartada a possibilidade de a empresa recorrer à recuperação judicial. No final da tarde, Soraya e Cristina Kudri, sabendo da decisão dos trabalhadores, ordenou o fechamento da empresa, que não poderá publicar a edição desta sexta, criando lockout (prática proibida pelo art. 17 da Lei 7783/89 e pela CLT, art. 722), inviabilizando o direito de os trabalhadores exigirem seus direitos por meio da greve (constitucionalmente garantido) e frustrando o atendimento das demandas.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
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