segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

CCT dos Jornalistas: compasso de espera

Na tarde de hoje (19), em Curitiba, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná e do Norte do Paraná reuniram-se com empresários dos meios de comunicação do Estado para nova rodada de negociação. O objetivo era buscar consenso em torno da renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.


Ao convocar os trabalhadores na última sexta-feira (16/12), esperava-se discutir a contra-proposta da categoria (aumento real de 10%, adoção de vale alimentação, incluir cláusula para implantar plano de saúde). Mais uma vez, no entanto, os empresários mantiveram postura inflexível. Embora reconheçam que os trabalhadores estão cedendo, demonstrado maturidade na mesa de negociação, o discurso patronal seguiu a linha de “crise sem fim”, negando as reivindicações.


Duas novas propostas foram apresentadas: a inclusão de uma cláusula que possibilita a negociação (empresa-Sindicato de trabalhadores), e concessão de aumento real. O momento estarrecedor foi dado pelo representante do sindicato de Rádio e TV de que as rádios paranaenses atuam na ilegalidade ao não cumprirem, em sua grande maioria, o piso dos jornalistas.


Ao final da conversa e convencidos pelos números absolutos demonstrados pelo Dieese, os empresários aceitaram consultar a base e agendaram nova reunião para quarta-feira, dia 21, às 14h30.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Demissões na TV E-Paraná: Sindijor-PR defende concurso público

Na última semana, a TV E-Paraná demitiu 40 funcionários contratados após teste seletivo através de um convênio com a Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar). Há inclusive jornalistas grávidas entre os trabalhadores demitidos. É histórica a defesa do Sindijor-PR de concurso público para o cargo de jornalista, o que não acontece desde 1984. Os últimos contratados por concurso estão prestes a se aposentar.

Usada com fins políticos desde a gestão Requião, a TV do governo do Paraná protagonizou no último mês de outubro um lamentável episódio de censura, quando a transmissão ao vivo de um discurso da presidenta da República Dilma Rousseff foi cortada de forma abrupta e até hoje não explicada.

Se a não renovação do convênio com a Funpar é uma manobra do governo Richa para transferir a gestão da E-Paraná para uma Organização Social (OS), cuja lei foi aprovada a toque de caixa pelos deputados estaduais, saberemos em 2012. O Sindijor-PR considera inadmissível não haver concurso público na TV E-Paraná. Emissoras similares, como a TV Brasil, promovem regularmente concurso para seus quadros profissionais.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná discorda frontalmente da política de terceirização de serviços públicos via organizações sociais. Essa prática que precariza as relações de trabalho, prejudica o Estado e favorece interesses privados. Há necessidade de uma gestão democrática à frente de uma emissora pública como é a TVE, uma alternativa é a implantação de um conselho de comunicação, além do concurso público.

Direção do Sindijor-PR

Plano FENAJprev: um FUTURO de PRESENTE de Natal

O informativo Linha do Tempo este mês aborda a previdência complementar como alternativa de abatimento fiscal de até 12% da renda bruta do participante. Uma excelente alternativa tanto para o PRESENTE (Pagamento de menos Imposto de Renda) quanto para o FUTURO (o dinheiro que iria para o Leão é investido no plano de previdência). Leia aqui o informativo.

FNDC: Coordenação Executiva 2012-2013

O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação elegeu, em sua XVI Plenária, a Coordenação Executiva para o biênio 2012-2013. O evento ocorreu nos dias 9 e 10 de dezembro no Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, na capital paulista. Na ocasião, aprovou-se o acréscimo de três novas vagas para entidades na coordenação. Veja aqui quem são os componentes da nova Executiva.


ARFOC Brasil: Carta de Salvador

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS REPÓRTERES FOTOGRÁFICOS E CINEMATOGRÁFICOS

A Associação Brasileira dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos, reunida no VII Congresso Nacional de Profissionais de Imagem, em Salvador, Bahia, manifesta inquietação ante a representação dos interesses dos jornalistas de imagem em situações cada vez mais agudas que vivencia – de ameaças, intimidações e até mortes no exercício da função, da depreciação dos salários diretamente ou através de dispositivos como o acúmulo de funções que são acolhidos nas negociações coletivas nem sempre conduzidas, da falta de fiscalização do exercício profissional sobre contratados sem qualificação, da exigência cada vez maior da qualificação específica pela evolução da tecnologia, da falta de previsão legal especifica sobre as atividades da reportagem de imagem, entre outros – e exorta os Sindicatos dos Jornalistas e a Federação Nacional dos Jornalistas, as entidades que nos representam, a adotar uma atuação mais efetiva e comprometida com as peculiaridades da categoria no enfrentamento destas questões com as empresas e o Poder Público.

Desde já, a ARFOC Brasil adverte que os profissionais da imagem não podem ser submetidos a situações de alto risco, como em ações policiais/militares, sem seguro de vida, sem treinamento, sem equipamentos de proteção individual, ou que lhes ofereçam equipamentos inadequados e que confundem o repórter com o policial como alvo da reação armada. Um dispositivo legal pode ser constituído para exigir dos empregadores, como exemplo, coletes eficientes e de cor branca que destaque a condição diferenciada do profissional de imprensa.

A ARFOC Brasil se declara em reunião aberta e permanente exigindo a tomada das iniciativas inadiáveis por parte dos nossos órgãos de classe e das autoridades, e pronta para contribuir na construção das soluções que promovam a proteção da vida e a dignidade da atividade dos profissionais da imagem no Brasil.

PAULO DIAS LUIZ HERMANO ABBEHUSEN

Presidente ARFOC Brasil Presidente ARFOC Bahia

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Demissões e terceirizações na TV Educativa do Paraná

O governo Beto Richa (PSDB) resolveu acabar com o convênio existente entre a Funpar (Fundação da UFPR), a TV Educativa (agora E-Paraná) e a UFPR TV para contratação de jornalistas (repórteres, editores, produtores, cinegrafistas etc.) para as duas tevês. O convênio da era Roberto Requião (PMDB), previa contratação dos profissionais por meio de teste seletivo. Foi a forma encontrada para acabar com os famosos cachês (não tem carteira assinada ou qualquer benefício).

Na sexta-feira (9), o governo rompeu o contrato. Ontem, 45 profissionais, 35 da Educativa e 10 da UFPR TV foram demitidos. Segundo informação dos bastidores Richa vai criar uma OS (Organização Social) para gerenciar a tevê e o rádio do governo, que já havia anunciado as OS como gerenciadoras do Museu Oscar Niemeyer e da Orquestra Sinfônica.


*Fonte: www.esmaelmorais.com.br

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O perigo do monopólio

Os cânones do capitalismo indicam que o equilíbrio do mercado é por si só capaz de garantir concorrência, princípio a partir do qual estabelece-se um equilíbrio entre oferta e procura, garantindo, portanto, bons serviços e produtos. Ao enfrentar empresas com as mesmas características, produzindo o mesmo tipo de produto e ofertando-o no mesmo território, cria-se um ambiente de equilíbrio o qual garante preço justo e qualidade nos produtos e/ou serviços entregues aos consumidores.

Esse primeiro parágrafo foi escrito por alguém que não acredita nessa tese. Mas serve para provar que a teoria cai por terra quando há uma realidade avassaladora: a pressão desse mesmo mercado em dizimar concorrentes. E ainda considera-se que aqueles sem competência na ocupação de seus espaços do mercado, acabam gerando uma dura realidade para quem vai consumir o bem ofertado.

A compra do Grupo Paulo Pimentel (ou o que restou dele) por parte do Grupo da Rede Paranaense de Comunicação (GRPCOM) traduz-se na transformação do mercado da comunicação no Paraná em tendência a um setor monopolizado; é também a comprovação do oligopólio construído a partir de algumas empresas.

E a realidade pode ser facilmente comprovada, a partir do cenário do mercado de impressos em Curitiba e sua região: hoje os leitores da Capital têm apenas o Jornal do Estado fora do “guarda-chuva” GRPCOM. Ou seja, uma empresa apenas comanda os títulos disponíveis para informar aos cidadãos da segunda maior macro-região do Sul do Brasil, formada por aproximadamente 2,5 milhões de pessoas que compõem a Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Os defensores da tese que o mercado se “auto-regula” argumentarão que existem outros títulos, como por exemplo: o Jornal do Ônibus, o recém lançado MetroNews, o Correio Metropolitano ou o Curitiba Metrópole. Além disso tudo, temos ainda mais 120 títulos de jornais de bairros de Curitiba, pequenos semanários ou jornais que circulam três vezes por semana em algumas das cidades da RMC.

Redações tão pequenas, com poucos jornalistas exercendo geralmente uma grande quantidade de atividades, não podem dar conta de produzir uma informação de qualidade para uma população desse porte.

Fora o mercado de impressos, os meios eletrônicos, considerando os veículos TV, são quatro grandes grupos no Paraná: RPC-TV (oito emissoras), Rede Massa-SBT (quatro emissoras e uma a caminho, em Ponta Grossa), Rede Independência de Comunicação –Record (cinco emissoras no Paraná) e Bandeirantes (com dois donos dividindo as quatro emissoras em todo o Estado). Há também a emissora pública RTVE, ou, a partir da atual gestão, E-Paraná.

São apenas quatro visões de mundo, mas não há espaço para o contraditório em algumas questões, e isso fica bastante claro quando da cobertura da ocupação do plenário da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) por parte de estudantes e sindicalistas na semana passada: todas as emissoras classificaram a ocupação como invasão. E, conceitualmente, sabemos muito bem o que isso quer dizer, principalmente sob o ponto de vista do capitalismo defensor da propriedade.

No rádio, com produção de conteúdo jornalístico, temos a BandNews, a Banda B e a veterana CBN-Curitiba para atender à RMC. Ao longo do Estado, em suas mais diversas regiões, talvez esse seja o setor menos oligopolizado, mas com o meio sendo subaproveitado pela sociedade. BandNews e CBN pertencem na capital ao empresário Joel Malucelli, dono da holding J. Malucelli, cujos negócios variam da construção pesada (Usina de Mauá), venda de equipamentos para grandes obras, entre outros, até a área de comunicação – aliás, considerada o patinho feio do grupo, por ser o de menor lucratividade e faturamento.

Independente dos problemas vividos, percebemos que há uma grande concentração de meios de comunicação sob o domínio de poucas famílias no Paraná (assim como no Brasil). E a compra do GPP pelo GRPCOM aparece em meio a uma negociação pela renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos jornalistas na qual, do outro lado da mesa, os empresários insistem em dizer que jornal não dá lucro (muito pelo contrário, dá prejuízo); que rádio é incipiente em sua lucratividade e que a empregabilidade para jornalistas é irrisória (há poucos postos de trabalho na área – por força de não cumprimento ao que estabelece a parca e caduca legislação que não sucumbiu ao fim da Lei de Imprensa imposto via STF). Restam as emissoras de televisão, as que reúnem bons índices de faturamento e lucro.

Não há como acreditar em teses como as apresentadas na mesa de negociação. A não ser que estejamos diante de empresários que negam os princípios do capitalismo e queiram apenas acreditar na sua verve altruística. Acreditar nessa premissa nos empurra para o personagem Poliana, de Eleanor H. Porter, menina que sempre crê nas boas intenções.

Setor de donos

Como representantes dos trabalhadores, precisamos encontrar um caminho para dar continuidade à negociação que pretende renovar a CCT. Mas será impossível aceitar argumentos como “os veículos de comunicação impressos estão quebrados”, ou: “impressos dão apenas prejuízos”. “Impressos são sorvedouros de recursos e transformam-se em empresas deficitárias”. A realidade é outra e a prova disso está na aquisição do GPP pelo GRPCOM.

O Sindicato dos Jornalistas do Paraná está atento a essa situação. Exige respeito dos empresários e o reconhecimento por meio de aumento real, concessão de vale alimentação e estudos para implantação de novos benefícios na negociação desse ano. Qualquer tipo de proposta diferente dessa será inaceitável.

Vale ressaltar ainda que os jornalistas, considerados maioria entre os participantes das Confecom de 2009, lutam pela regulamentação dos cinco artigos da Constituição Federal de 1988 que tratam da comunicação, uma vez que a ausência de regras claras para um mercado forte, pujante e constituído por “donos”, não interessa à sociedade. É necessária uma regulação que dê conta do caos que se transformou a área de comunicação: políticos proprietários de rádios e TVs (Ratinho Júnior), empresários com propriedade cruzada (GRPCOM que detém Rádios, Jornais e TVs em número suficiente para dominar o Estado do Paraná) ou a falta de uma agência que realmente regule a situação, fará muito mal à democracia, ao estado democrático de direito e aos interesses da maioria da população paranaense a concorrência chegar ao fim.

Márcio de Oliveira Rodrigues

Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná

Sindijor PR

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Amanhã (faça chuva ou faça sol): 2º Panfletaço do Sindijor





O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná está em campanha salarial por aumento real da categoria e convida a todos para a mobilização de amanhã, dia 10 de dezembro, às 10h, na Boca Maldita em Curitiba. É a 2ª Panfletagem de Fim de Ano do Sindijor PR. Se mobilize! A luta é de todos. Confira o perfil na rede social: facebook.com/sindicatodosjornalistas, além da página /sindijor. No twitter use as hashtags #JornalistaGanhaMal e #DezPorCentoJa, para acompanhar nossas reivindicações. Também nossas notícias no site sindijorpr.org.br e no blog acordajornalista.blogspot.com/. Assista aqui ao vídeo do Sindijor.

Entenda a campanha:

Em 2011, a negociação para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho dos jornalistas recebeu novamente o ‘golpe patronal’ – a tentativa do rebaixamento do piso da categoria. No Paraná, a proposta da empresas de piso diferenciado por região ou para recém formado foi rechaçada pelos jornalistas em assembleias em Curitiba, Cascavel e Ponta Grossa, além de Foz do Iguaçu, que ouviu da sua base um NÃO! O Sindijor PR reafirma que continuará defendendo a Pauta de Reivindicações que inclui, além do reajuste da inflação, o aumento real de 2,70% (calculado sobre o lucro das empresas nos últimos três anos), plano de saúde, vale alimentação e alterações na CCT.

Este mês o Dieese divulgou o mínimo necessário atualizado para uma família de quatro pessoas: R$ 2.349, 26. Esse valor é superior ao piso do jornalista, que é de R$ 2.151,56. Passados mais de dois meses do encaminhamento da pauta de reivindicações, até agora nada! O papo patronal é sempre o mesmo: “nossas empresas estão com dificuldades e não podemos dar nada além da inflação”. Se juntar inflação e aumento real, veja um breve histórico das outras categorias: bancários (10% em 2011), petroleiros (10%), professores do ensino do Paraná (12%) e trabalhadores da construção civil (11,8%). Isso prova a legitimidade da mobilização dos jornalistas para garantir aumento real.

Quem ganha com isso?

O descaso e a depreciação salarial favorecem as empresas. Para os patronais, quanto menos direito mais lucro. Isso acontece há décadas e é um dos motivos para uma estagnação salarial da categoria.

Quem perde com isso?

Você, cidadão ou cidadã. Os telespectadores, os ouvintes e os leitores. A luta é de todos e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor PR), há 65 anos, busca melhorias para o jornalista. Portanto, ao informar à população que a categoria está em campanha pelo aumento real, vale alimentação (caso a empresa não tenha) e uma cláusula que garanta o pagamento de 90% do plano de saúde (caso a empresa não ofereça), também relata que a maioria das empresas não oferece qualquer um desses benefícios aos seus trabalhadores.

GRPCom compra Tribuna, Estado e Paraná Online

O Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom), que publica o jornal Gazeta do Povo, comprou os jornais do Grupo Paulo Pimentel. O maior grupo midiático do estado aumenta, ainda mais, seu monopólio ao adquirir a “Tribuna do Paraná”, “O Estado do Paraná” e o portal de notícias “Paraná-Online”. Após meses de boato sobre para quem Paulo Pimentel venderia seus veículos de comunicação, uma reunião hoje (09/12) acabou com o falatório. O anúncio oficial será feito amanhã. O GRPCom entrou em contato com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor PR) para confirmar a negociação.

Garanta seu futuro! Semana que vem FENAJprev estará em Curitiba

A todos os jornalistas, mobilização amanhã! #JornalistaGanhaMal




Amanhã (10) a Boca Maldita em Curitiba será palco do segundo ‘panfletaço’ deste fim de ano. A depreciação da profissão não pode ser omitida. Há dez anos o piso do jornalista era de dez salários mínimos, hoje é menor que quatro.

Nossa dor não sai no jornal e quem ganha com isso?

O descaso e a depreciação salarial favorecem as empresas. Para os patronais, quanto menos direito mais lucro. Isso acontece há décadas e é um dos motivos para uma estagnação salarial da categoria.

Quem perde com isso?

Você, cidadão ou cidadã. Os telespectadores, os ouvintes e os leitores. A luta é de todos e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor PR), há 65 anos, busca melhorias para o jornalista. Portanto, ao informar à população que a categoria está em campanha pelo aumento real, vale alimentação (caso a empresa não tenha) e uma cláusula que garanta o pagamento de 90% do plano de saúde (caso a empresa não ofereça), também relata que a maioria da de saúde (caso a empresa não ofereça), também relata que a maioria das empresas não oferece qualquer um desses benefícios aos seus trabalhadores.

Confira o vídeo da mobilização: http://www.youtube.com/watch?v=npr5sTG531E

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Mobilização dos Jornalistas Paranaenses. A luta é de todos!


















Para jornalista 10% é 10! Aumento real já!


O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná está em campanha salarial por aumento real da categoria. E convida a todos para a mobilização do dia 10 de dezembro, às 10h, na Boca Maldita em Curitiba. É a 2ª Panfletagem de Fim de Ano do Sindijor PR. Se mobilize! A luta é de todos.


O Sindijor PR agora tem seu próprio perfil na rede social: facebook.com/sindicatodosjornalistas, além da página /sindijor. No twitter use as hashtags #JornalistaGanhaMal e #DezPorCentoJa, para acompanhar nossas reivindicações. Também nossas notícias no site sindijorpr.org.br e no blog acordajornalista.blogspot.com/.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Garanta seu Futuro! FENAJprev em Curitiba

FENAJ busca agilizar tramitação das PECs do Diploma no Senado e na Câmara

Após o amplo respaldo de 67 senadores para a aprovação da PEC do Diploma no Senado em 1º turno, a Executiva da FENAJ trabalha para que a tramitação da matéria avance no Senado e na Câmara dos Deputados. Com este objetivo, representantes dos jornalistas intensificam contatos com lideranças partidárias no Congresso Nacional nesta quarta-feira (7/12). Ao mesmo tempo, a orientação aos apoiadores do movimento em defesa do diploma é de que empenhem-se em organizar atividades de fortalecimento da campanha nos próximos dias.

No dia 30 de novembro a PEC 33/2009, de autoria do senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE), foi aprovada por 65 votos a sete. Respaldaram a proposta o PT, PCdoB, PSB, PSOL, PP, PRB e PR. Já os líderes do PSDB, DEM e PTB liberaram suas bancadas e o PSD posicionou-se contra a obrigatoriedade de diploma para jornalistas. Para saber como se posicionou cada um dos senadores presentes na sessão, clique aqui.

A Executiva da FENAJ já marcou uma reunião com a Frente Parlamentar em Defesa do Diploma para esta quarta-feira, dia 7, com o objetivo de acelerar a tramitação da proposta que restitui a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista na Câmara dos Deputados. Também busca articular com senadores Valadares (autor da PEC), Inácio Arruda (PCdoB/CE – relator) e lideranças dos demais partidos a votação da matéria em 2º turno no Senado.

“Tivemos uma repercussão muito positiva da votação da PEC no Senado na semana passada”, conta o presidente da FENAJ, Celso Schröder. “Por isso buscaremos fazer com que a posição já amplamente manifestada pelos senadores seja reafirmada em 2º turno imediatamente”, completa.

Nesta perspectiva, a FENAJ convocou os Sindicatos de Jornalistas e demais entidades apoiadoras da PEC do Diploma a participarem das atividades no Congresso Nacional nesta quarta-feira. Também os orientou a contatarem imediatamente os senadores para agradecer o voto favorável e solicitar a rápida votação em 2º turno, bem como a buscar reforçar o apoio junto aos Cursos de Jornalismo, professores e estudantes, estimulando-os a enviarem mensagens aos parlamentares, bem como a organizarem mobilizações em defesa da PEC do Diploma.

Amplo apoio

Em nota oficial emitida segunda-feira (5/12), o Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ) manifestou que “aposta que a formação universitária permite ao estudante de Jornalismo, por meio de atividades laboratoriais, projetos experimentais e participação em pesquisas acadêmico-científicas, vislumbrar possibilidades de atuação no mercado não restritas aos grandes grupos de mídia hegemônica deste país, grupos estes que insistem na defesa da não exigência do diploma universitário, mais preocupados em garantir seus interesses e privilégios particulares, que pouco refletem as demandas sociais e públicas de políticas de comunicação e produção cultural”.

O FNPJ agradeceu o apoio dos senadores que votaram favoravelmente à PEC 33/09. “Esse amplo apoio é imprescindível para que os jornalistas, estudantes e professores de Jornalismo de todo o Brasil tenham condições de manter a luta pela excelência na formação profissional, compromisso público com um jornalismo de qualidade e capaz de contribuir para o acesso universal à cidadania”, diz o documento.

*Fonte: FENAJ

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

APROVADOS: Teste para Repórter Fotográfico e Repórter Cinematográfico no Sindijor PR

Dia 26 de novembro aconteceu na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná o teste para obter registro de Repórter Fotográfico e Repórter Cinematográfico. Os candidatos aprovados devem trazer os seguintes documentos para obter o registro (cópia autenticada): histórico escolar de conclusão do 2º grau, comprovante de residência (obrigatório domicílio no Paraná), RG, CPF e Carteira de Trabalho (além da cópia, o documento original). A documentação deverá ser entregue no Sindijor PR (Rua José Loureiro, 211 Centro - 80.010-140 – Curitiba). Contato: 41 3224 9296 e no e-mail: sindijor@sindijorpr.org.br.

Segue lista dos aprovados nas provas:

Repórter Fotográfico

- Daniel Pereira Bueno

- Luis Roberto de Souza

Repórter Cinematográfico

- Aécio Rodrigo Novitski

- Mauricio Petroski Martins

- Paulo Cezar de Oliveira

- Rodrigo Manoel Kusdra

- Ronaldo de Oliveira

- Valdir Geraldo Rigamonti

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Mobilização continua! Dia 10 de dezembro, 10% já!











O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná iniciou campanha de aumento real nas redes sociais desde primeiro de dezembro. Na manhã do dia 03 iniciou a mobilização de rua na Boca Maldita, em Curitiba, e no próximo sábado (10/12) acontece a 2ª panfletagem. Não esqueça! Sábado (10/12) às 10h será mostrado à sociedade que os jornalistas ganham mal.


Há dez anos o piso da categoria era de dez salários mínimos, hoje está menos de quatro. O valor é menor que o piso do Dieese! E o pior! Nossa dor não sai no jornal. Quem perde com isso? O cidadão ou cidadã, os telespectadores, os ouvintes e os leitores. Essa mobilização é de todos, não esqueçam! Em legítima defesa, venha participar.


A categoria quer aumento real. Chega desse descaso patronal. A resposta está sendo dada em manifestações para informar à população que a categoria luta pelo aumento real, vale alimentação (caso a empresa não tenha), uma cláusula que garanta o pagamento de 90% do plano de saúde (caso a empresa não ofereça). A maioria das empresas não oferece qualquer desses benefícios aos seus trabalhadores.


Facebook


O Sindijor PR agora tem seu próprio perfil na rede social, seja amigo dos jornalistas paranaenses: http://www.facebook.com/sindicatodosjornalistas, além da página /sindijor. No twitter use as hashtags #JornalistaGanhaMal e #DezPorCentoJa, para acompanhar nossas reivindicações.


Salário Mínimo

Hoje o Dieese divulgou o mínimo necessário atualizado para uma família de quatro pessoas: R$ 2.349, 26. Esse valor é superior ao piso do jornalista de R$ 2.151,56. Veja aqui o novo cálculo.


Foto: Valquir Aureliano

Seguranças da Assembleia usam “máquinas de choque” para reprimir manifestantes

Sindicalistas e estudantes ocuparam nesta tarde o plenário da Assembleia Legislativa do Paraná em protesto contra um projeto que cria as Organizações Sociais na Saúde (OSs).

Pelas redes sociais — Facebook e Twitter — os manifestantes estão convocando a população para ajudar na manutenção da ocupação da Assembleia.

O presidente da Casa, Valdir Rossoni (PSDB), pretende votar ainda hoje o polêmico projeto.

A TV Sinal, que é paga com dinheiro público, censurou o protesto cortando imagens e sons do plenário. Trocou a programação para esconder dos parananenses o contraditório. Um desserviço.

Estudantes acusaram a segurança da Casa de usarem “máquinas de choque” para agredi-los.


Fonte: http://www.esmaelmorais.com.br

VAGA PARA REPÓRTER: PONTA GROSSA

Jornal da Manhã, em Ponta Grossa, tem vaga para jornalista. Pagamento de piso e jornada de trabalho de cinco horas diárias. Preferencialmente com experiência em veículo impresso. Enviar curriculum para o e-mail: editor@jmnews.com.br.

Regulamento Sangue Novo 2012

Veja aqui o regulamento da 17ª edição do Prêmio Sangue Novo do Jornalismo Paranaense. A novidade é a nova categoria: Rádio Documentário.

Sindijor repudia ameaça a profissional da CGN

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR) repudia as ameaças ao repórter cinematográfico Allan Machado, da CGN (Central Gazeta de Notícias) e presta solidariedade ao profissional que foi impedido de registrar imagens de uma ocorrência ocorrida na madrugada do sábado (03) na cidade de Cascavel.


O repórter acompanhava o socorro há três vítimas que estavam sendo atendidas pelo Siate após uma briga em uma festa de formatura que estava sendo realizada no centro de eventos Verde Valle, no bairro Nova Iorque. Mesmo estando em via pública, o profissional foi proibido de fazer as imagens por um grupo de pessoas, especialmente uma mulher que dizia ser uma das organizadoras do evento. A mesma pessoa ainda teve uma atitude preconceituosa ao afirmar “não teria culpa por ‘brigas de favela’ ocorridas do lado de fora do estabelecimento”.

Além de lastimar por essa tentativa de cerceamento da liberdade de imprensa, o Sindijor cobra das empresas mais seguranças aos seus profissionais. Vale lembrar que entre os itens do conjunto de reivindicações da Campanha Salarial 201/2012 - entregue aos sindicatos patronais no dia 23 de setembro - está contida uma pauta específica sobre segurança dos trabalhadores.

O item solicita que “todos os jornalistas que se deslocarem a campo para apurar informações, com o intuito de cobrir conflitos ou tragédias que coloquem em risco a sua integridade física, deverão receber das empresas o suporte e equipamentos que lhes garanta a protetividade, entre eles um colete”.


Segue o link da matéria em que o repórter cinematográfico é ameaçado.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Jornalista! É hora de mobilização por aumento real já!




























A hora é agora! Os jornalistas já estão em campanha nas redes sociais e amanhã (03/12) estaremos nas ruas. Sábado, às 10h na Boca Maldita, em Curitiba. Precisamos mostrar à sociedade que os jornalistas ganham mal. Há dez anos o piso da categoria era de dez salários mínimos, hoje está menos de quatro. O valor é menor que o piso do Dieese! E o pior! Nossa dor não sai no jornal. Quem perde com isso? O cidadão ou cidadã, os telespectadores, os ouvintes e os leitores. Essa mobilização é de todos, não esqueçam! Em legítima defesa, venha participar. Jornalista ganha mal, quer respeito e aumento real.

Ducci ataca direitos dos servidores

Inconformado com o crescimento do Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc), com as vitórias dos trabalhadores da prefeitura e com o apoio dado pela população a estas lutas, o prefeito Luciano Ducci lançou mão de um ataque nunca antes visto na história do sindicalismo municipal curitibano. Sem nenhum debate com os trabalhadores e sorrateiramente, Ducci enviou emendas à lei orgânica do município, esta semana, para a câmara municipal, prevendo o seguinte:

- redução do número de dirigentes sindicais liberados para fazer o

trabalho no sindicato;

- escolha dos liberados pelo prefeito;

- determinação do tempo de liberação pelo prefeito;

- fim da isonomia no serviço público municipal;

- extinção da data-base;

- fim da garantia da reposição da inflação.

Hoje o Sismuc conta com 10 diretores liberados em uma base de 33 mil trabalhadores. O corte das liberações representa a ingerência da administração na livre organização do movimento sindical. Não há dúvidas que a redução de liberados causará um estrago na atuação do Sismuc, reduzindo a capacidade de organização em vários aspectos. Já o fim da data-base e da isonomia, retira qualquer garantia de reajuste salarial dos servidores (6,5%) e com o mínimo de igualdade para os trabalhadores da prefeitura.

A diretoria do Sismuc entende que o auto-ritarismo de Ducci é uma retaliação ao sindicalismo e aos trabalhadores que visa desarticular o movimento sindical e impedir o ritmo de avanços que vêm sendo conquistados pelos trabalhadores nos últimos anos. Trata-se de uma atitude ditatorial que visa reduzir a força do sindicato e da sua capacidade de organização para impor uma política de desvalorização dos trabalhadores e calar uma voz que aponta críticas sobre uma forma de fazer política que pretende tornar-se unânime pela força.

Para tentar impedir que o ataque se concretize, o Sismuc está convocando os servidores para comparecem na câmara municipal, neste dia 5 (segunda-feira), às 9 horas. O objetivo é pedir a retirada das propostas de emenda.

A aprovação da PEC do Diploma no Senado é uma vitória dos jornalistas e da sociedade brasileira

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), os Sindicatos de Jornalistas e os jornalistas brasileiros saúdam o Congresso Nacional pela votação, ocorrida no dia 30 de novembro, no Senado, da PEC 33/2009, que restabelece a obrigatoriedade da formação de nível superior específica para o exercício da profissão.


A FENAJ identifica neste ato soberano do Senado brasileiro uma identidade indiscutível entre o parlamento nacional e a opinião pública do país, que reconhece a importância do jornalismo e da profissão de jornalista.

Em favor do fortalecimento da profissão, da qualidade do jornalismo e da democracia, a FENAJ agradece o esforço da Mesa do Senado em conduzir a votação, que foi fruto da disposição de partidos, do acordo de líderes e da mobilização de parlamentares.

A FENAJ destaca a iniciativa do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) em propor a emenda constitucional e distingue o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), por seu relatório que encaminhou para esta decisão histórica, e os líderes dos partidos que compreenderam a necessidade do restabelecimento da obrigatoriedade do diploma para o exercício profissional.

A FENAJ agradece, ainda, a Frente Parlamentar Mista de Apoio ao Diploma, presidida pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS) e criada pela deputada Rebecca Garcia (PP-AM), que aglutinou parlamentares -- deputados e senadores -- e constituiu o ambiente para esse desenlace altamente positivo para a qualidade do jornalismo no Brasil.

A FENAJ identifica na mobilização dos jornalistas e na condução dos seus sindicatos a força que derrotou a tentativa conservadora e obscurantista de acabar com a profissão organizada e regulamentada. Esta articulação garantiu a vitória no Senado assentando, de vez, o fazer jornalístico numa profissão validada pelas instituições de ensino superior.

A FENAJ destaca, ainda, a participação dos professores, estudantes e cursos de jornalismo que aderiram a este movimento e possibilitaram a retomada da obrigatoriedade da formação universitária, algo que consideramos, sem dúvida, irreversível.

É preciso manter a mobilização para a votação do segundo turno no Senado e a continuação do processo na Câmara dos Deputados. A FENAJ, portanto, convoca seus sindicatos, os jornalistas brasileiros, as centrais sindicais e sindicatos parceiros, os cursos de jornalismo e todos aqueles que acreditam no conhecimento como forma de qualificação profissional, para um último esforço de mobilização, de forma a garantir um jornalismo de qualidade, assentado na pluralidade, na verdade e na ética profissional.

Nota Oficial: FENAJ

Jornalista não é trabalhador. Ou pensa que não é

De tempos em tempos, nós – jornalistas – somos surpreendidos com notícias de demissões coletivas em veículos de comunicação. Atos que foram batizados carinhosamente de “passaralhos” (imaginem o porquê). Não vou discutir as razões que levam à dispensa de colegas de profissão – os motivos dos “ajustes” vão desde a necessidade de sobrevivência do próprio veículo à maximização de lucros, então, para não ser leviano, precisam ser analisados caso a caso. Vou me ater ao outro lado do balcão, ou seja, como reagimos a isso. Até porque, após a atual leva de demissões, não fiquei sabendo de nenhum ato de solidariedade aos demitidos. Talvez pelo medo de também perder o emprego, talvez pela sensação de impotência que resulta da lenta e contínua acomodação, talvez por algo maior que isso.

Trago aqui uma discussão já travada com os leitores. Nós, jornalistas, muitas vezes não nos reconhecemos como classe trabalhadora. Devido às peculiaridades da profissão, desenvolvemos laços com o poder e convivemos em seus espaços sociais e culturais, seduzidos por ele ou enganados por nós mesmos. Só percebemos que essa situação não é real e que também somos operários, transformando fato em notícia, quando nossos serviços não são mais necessários em determinado lugar.

Ou, às vezes, nem isso. Já vi colegas se culparem por terem sido demitidos sem justa causa no melhor estilo “perdoa-me por me traíres” de Nelson Rodrigues. “Deveria ter virado mais madrugadas na redação”, “deveria ter me oferecido para trabalhar em todos os finais de semana”, “não deveria ter corrigido o português ruim do meu chefe”…

Fazer protestos por melhores condições, que incluem uma certa estabilidade para reportar sem temer o que se escreve? Imagina! É coisa de caixa de banco, de operário sujo de graxa ou de condutor de trem que atrasam nossa vida e geram congestionamentos na cidade. Ou de inglês, francês e italiano que têm a vida ganha e mamam no Estado. Enquanto isso, quem tem consciência de que é um trabalhador e reivindica coletivamente, como muitos bancários, metalúrgicos e metroviários, tem mais chances de obter o que acha justo.

Quando vejo algumas coberturas jornalísticas mal feitas de protestos e greves fico pensando como pessoas que não conseguem se reconhecer como classe trabalhadora podem entender as reivindicações de trabalhadores. O fato é que não somos observadores externos e nem podemos ser. Somos parte desse tecido social, desempenhamos uma função, somos parte da engrenagem, gostemos ou não.

Muitos não se perguntam de onde vem o dissídio. Como uma criança que acha que o leite vem do mercado, pensamos que o reajuste vem do nada, sem ter sido fruto de muito diálogo entre capital e trabalho. Não é irônico que os profissionais que informam sobre e analisam a democracia diariamente não exerçam sua “cidadania profissional”?

Sempre gostei do poema do dramaturgo alemão Bertold Brecht que tratava da indiferença:

“Primeiro levaram os comunistas,/Mas eu não me importei/Porque não era nada comigo./Em seguida levaram alguns operários,/Mas a mim não me afetou/Porque eu não sou operário./Depois prenderam os sindicalistas,/Mas eu não me incomodei/Porque nunca fui sindicalista./Logo a seguir chegou a vez/De alguns padres,/ Mas como nunca fui religioso,/também não liguei./Agora levaram a mim/E quando percebi,/Já era tarde.”

Andaram pela mesma linha Maiakovski e Niemöller, escrevendo sobre o não fazer nada diante da injustiça para com o outro, até que, enfim, o observador passivo se torna a vítima. Hoje, não é comigo, então que se danem os outros. E quando chegar o amanhã e vierem bater à sua porta?

Ou, lembrando John Donne, poeta inglês, citado em “Por Quem os Sinos Dobram”, de Ernest Hemingway, ao defender que a morte de qualquer homem me diminui, pois sou parte da humanidade: nunca procure saber por quem os sinos dobram. Pois eles dobram por ti.

* Leonardo Sakamoto é jornalista (http://blogdosakamoto.uol.com.br).