terça-feira, 28 de junho de 2011

Jornalistas mobilizados para um dia de preto e roxo nos nove meses sem convenção

ontinuam as negociações com os patrões para a conquista do aumento real. Na próxima semana, os diretores do Sindijor vão percorrer redações de Curitiba para chamar a categoria para a grande mobilização do dia 1º de julho. Na data em que completamos nove meses sem aumento real, os jornalistas voltarão a vestir preto e roxo para protestar contra a intransigência patronal, que vem nos privando não só do aumento real como também do reajuste salarial. Estamos há 14 anos sem aumento real e, se não nos mobilizarmos, chegamos ao 15º em outubro. Para mostrarmos indignação com a “gestação” não concluída do aumento real, vamos protestar nos vestindo das cores da nossa campanha e trazendo bonecas para simbolizar o desejo do “nascimento” do aumento real, que vem num “parto” trabalhoso.Também vamos nos engajar numa campanha de doação de fraldas, para serem doadas instituições que cuidem de crianças pequenas. A entrega é na sede do Sindijor. Os jornalistas não aceitam mais o “empate” que representa perdas e exigem respeito. No ano passado – nossa convenção deveria ser assinada em outubro de 2010 –, nada menos que 94% dos pisos salariais no país tiveram aumento real, segundo pesquisa do Dieese. Com a dinâmica da economia brasileira, nos últimos anos, foi praticamente impossível para uma categoria não ter tido aumento real ao menos uma vez. No entanto, o patronato da imprensa do Estado, contrariando os números de faturamento, alega que não pode nada além da reposição. É hora de mudar este quadro. Venha, mobilize-se e exija aumento real.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Adesões ao movimento dos jornalistas por aumento real crescem

O Sindijor continua recebendo diversas manifestações de apoio à decisão tomada em assembleia na última segunda-feira de prosseguir a negociação para a conquista de aumento real. A resposta dos jornalistas à intransigência patronal trouxe novo alento à luta dos trabalhadores por aumento real. O Sindijor já está preparando ações para mobilizar a categoria até o dia 1º de julho, quando acontece mais um preto e roxo nas redações.

Outros Estados - Os jornalistas do Distrito Federal também estão tendo dificuldades para fechar a convenção coletiva por conta da intransigência patronal. Contra tudo o que entende a Justiça do Trabalho desde a Emenda Constitucional 45/04, os jornalistas devem ingressar com dissídio sem a anuência dos patrões, para que o Judiciário arbitre o conflito. Veja mais aqui. Em São Paulo, os patrões do interior do Estado ofereceram 0,06% de aumento real para os jornalistas. Parece irônico, mas é mais do que oferecem os donos da imprensa paranaense.

É realidade, não para nós - Aumento real é a regra para os trabalhadores brasileiros. A pesquisa do Dieese divulgada ontem mostrou que, no ano passado, 94% dos 660 pisos salariais analisados pelo Dieese tiveram reajuste acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Mas não para os jornalistas paranaenses, que têm de enfrentar nove meses sem aumento algum e quase quinze anos “empatando” com a inflação – num empate que representa perdas, já que os salários são corroídos mês a mês, e a reposição é apenas uma vez no ano.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Chega do mesmo, queremos aumento real!

Jornalistas do Paraná negam-se a renovar pelo “mesmo de sempre” a Convenção Coletiva

A assembleia de ontem (13), em quatro cidades da base do Sindijor, rejeitou, por esmagadora maioria, a proposta patronal de fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho com mero repasse da inflação (4,68%, retroativo a outubro de 2010). Cansados das negativas, os jornalistas presentes às sessões realizadas em Curitiba, Ponta Grossa, Cascavel e Foz do Iguaçu deram um basta à monotonia de dizer sempre sim à pressão patronal e insistiram em forçar os patrões a ceder um reajuste com aumento real.

Nada de ganho real é uma humilhação que a categoria não aceita mais. Enquanto o piso perde valor, as tabelas de publicidade são majoradas ano a ano, o preço de capa dos jornais teve aumento de no mínimo 100%, a audiência é superior em todos os segmentos dos meios eletrônicos, os jornalistas acumulam funções e responsabilidade, seu poder de compra vem sendo corroído pela inflação e pelo estrondoso arrocho salarial imposto há 14 anos à categoria. Enquanto isso, aumento real é realidade para quase todos os trabalhadores.

Capitular, admitindo a perda de direitos conquistados nas últimas seis diretorias e mantidos mesmo com imensa pressão do baronato da mídia, é coisa inaceitável. É hora de dizer basta às indecorosas e absurdas propostas patronais. Os jornalistas já cederam muito além de sua capacidade de dialogar.

Exigimos aumento real

Jornalistas, unidos e conscientes do seu potencial, vão dizer um “basta” aos representantes patronais que mostram falta de caráter ao mentir na negociação e contestar informações verídicas, confirmadas pelo Projeto Inter-Meios, IVC, Rais e outros mecanismos de medição da atividade nesse setor da economia brasileira. Vamos à luta pelo aumento real. Exigimos respeito! Aumento real já!

Ações

Agora é hora de mobilizar. E no dia 1.º de julho, quando completaremos nove meses de intransigência dos patrões, vamos vestir roxo e preto, fazer paralisações nas redações e exigir respeito e mostrar amor próprio.

Além da volta do uso do preto e roxo e atos de protesto no cafezinho, está sendo preparado um ato de “anticomemoração” pelos nove meses de atraso na “gestação” da Convenção Coletiva, com a arrecadação de fraldas, para que sejam repassadas a uma instituição de atendimento a crianças carentes.


Assembleia em Curitiba (Adir Nasser Junior)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

quinta-feira, 9 de junho de 2011

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Renovação da CCT: assembleia define rumos da negociação

Depois de dezessete dias de espera, finalmente o representante do sindicato patronal, Roberto Santiago, respondeu à proposta colocada pela direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR) para o fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho dos jornalistas, que se arrasta desde o mês de agosto de 2010. Ao negar o aumento real de 1%, proposto pela comissão que se reuniu com o representante patronal, foi mantida a contraproposta de repasse integral da inflação do período (4,68%, referente ao INPC/IBGE do período de 1.º de outubro de 2009 a 30 de setembro de 2010) e ampliação da licença maternidade de quatro para seis meses, como já ocorre com as trabalhadoras da administração direta e indireta no âmbito federal. Para avaliar e deliberar sobre a proposta e o momento da campanha, o Sindijor-PR convoca seus associados e demais integrantes da categoria para uma Assembleia Geral Extraordinária específica para tratar desse tema, a ser realizada no dia 13 de junho de 2011, às 19h em primeira convocação com quórum de 50% mais um dos associados, e às 19h30 em segunda convocação com qualquer quórum, para uma avaliação sobre os rumos da negociação. A reunião acontecerá na sede do Sindijor-PR em Curitiba (Rua José Loureiro, 211 – Centro); e nas subsedes da entidade das cidades de Foz do Iguaçu, Cascavel e Ponta Grossa. Ao longo da próxima semana, em convocação oficial, o Sindicato informará o endereço das assembleias das subseções.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

À espera de uma resposta

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná informa aos filiados e à categoria que as negociações com os patrões estão em compasso de espera. No dia 16 de maio, uma comissão formada pelo advogado representante dos trabalhadores, Sidnei Machado, o presidente do Sindijor-PR, Márcio Rodrigues, e a diretora de comunicação da entidade, Maigue Gueths, foi recebida pelo interlocutor oficial das empresas. O objetivo do encontro foi encerrar a negociação, que se arrasta desde agosto de 2010. Como último esforço em prol do fechamento da Convenção Coletiva, a direção do Sindicato propôs que o documento fosse renovado mantendo-se praticamente idêntico ao anterior e acrescentando a ampliação da licença maternidade para seis meses (hoje são quatro) e a concessão de um por cento de aumento real. Ou seja, a inflação medida pelo INPC/FGV de 4,68% sendo reposta integralmente, mais um por cento, perfazendo o total de 5,68%, retroativo a outubro de 2010. Algo muito razoável, inclusive na opinião do próprio representante patronal no encontro com a comissão.

O advogado que representa os dois Sindicatos patronais, Roberto Santiago, solicitaria uma “assembleia com os empresários até quinta-feira” (19/05). Ele acreditava que empresas que não pudessem enviar participantes seriam consultadas por telefone. Revelou ainda que nos daria uma resposta em breve. Falou que possivelmente na sexta-feira (20), ou no máximo no início da semana posterior – fosse a resposta positiva ou negativa.

Nem comunicação, nem consideração...

E até hoje, dia 1º de junho de 2011, não nos foi dada uma resposta. Embora já tenhamos buscado um posicionamento da outra parte, simplesmente não há respostas. Em consulta feita na semana passada, Roberto Santiago se mostrou lacônico: “quando tiver uma resposta, ligarei”. É o retrato da intransigência e do descaso em relação aos jornalistas do Paraná. Para ciência da categoria reproduzimos a seguir um breve histórico da luta pelo aumento real:

Cronologia

17 de agosto/2010 – entrega da pauta de reivindicações aos Sindicatos patronais, com a presença de representantes da direção das duas entidades empresariais. Ou seja, 43 dias antes da data base (1.º de outubro).

20 de setembro/2010 – os representantes patronais desconsideraram a pauta de doze itens, entregue por escrito e assinada pelos dois Sindicatos de trabalhadores, e apresentaram como proposta única o rebaixamento do piso para R$ 1.200,00, congelamento do anuênio e o fim da progressão para novos contratados, e redução do percentual de hora extra para 50%.

30 de setembro/2010 – assembleias realizadas no Sindijor-PR e Sindicato do Norte do Paraná (Londrina) rechaçam integralmente a proposta patronal, reafirmando o clamor da categoria por negociar a partir da pauta apresentada em agosto. Ambas as entidades votaram ainda por manter assembleias permanentes e coletam assinaturas nas principais redações do Paraná.

18 de outubro/2010 – em encontro na AERP (Curitiba), marcado por manifestação com a participação de cerca de 60 pessoas (jornalistas, estudantes e professores), representantes da categoria descartam o desrespeito patronal em forma de proposta e reafirmam exigência de negociar a partir da pauta de reivindicações apresentada.

25 de outubro/2010 – em reunião no Sindijor-PR, patrões admitem pagar aumento real de 1%. Mas exigem fim do anuênio. Sindicatos reafirmam que não há possibilidade de trocar o certo pelo duvidoso, pois ao congelar o anuênio, dando 1% de aumento, haveria incoerência com a proposta vitoriosa nas assembleias de 30 de setembro.

4 de novembro/2010 – nova reunião no Sindijor-PR acaba sem avanços. Os patrões acenam apenas com a renovação da CCT, reposição da inflação e admitem apenas ampliar a licença maternidade para seis meses. A categoria passa a aderir às campanhas de mobilização (preto e roxo) nas redações. Nessa reunião, no entanto, os patrões se comprometem a apresentar por escrito suas propostas no próximo encontro (17 de novembro).

16 de novembro/2010 – blefe e desrespeito voltam a ser a resposta patronal apresentada. Na véspera do encontro, os sindicatos patronais, contatados para definir horário e local do encontro do dia seguinte, responderam apenas não ter novas propostas e que o encontro estava cancelado.

17 de dezembro/2010 – após várias manifestações de preto&roxo em redações Estado afora, aconteceu uma retomada da negociação em mesa-redonda realizada na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), em Curitiba. Mas a intransigência patronal foi a mesma: no encontro, representantes dos empresários de mídia negaram qualquer possibilidade de reajuste acima da inflação se não for para confiscar de outro lado um direito já consolidado.

21 de janeiro/2011 – novo encontro entre jornalistas e empresários resultou num mesmo bordão: "NÃO" patronal e jornalistas mantendo a "MOBILIZAÇÃO". A negociação que já se arrasta por cinco meses.

22 de fevereiro/2011 – semana de mobilização termina com reunião na SRTE. No encontro, novo “não” patronal, mesmo com a pauta de reivindicações sendo reduzida apenas para um aumento real, abdicando-se todos os demais itens da pauta original, forma utilizada pelos representantes dos trabalhadores para dar fim ao longo e agonizante período de negociações infrutíferas.

março de 2011 – o sindicato muda a estratégia e passa a procurar empresas para fechar acordos em separado. Primeiros esforços quase surtem resultado, mas sindicatos patronais proíbem empresas de conceder aumento real. Visitas às empresas de rádio, jornal, televisão recebem a oferta, mas não se manifestam.

O Sindijor visita o Ministério Público do Trabalho e pergunta se a ata negativa dos Sindicatos Patronais, produzida no último encontro na Superintendência do Trabalho, poderia ser o caminho para a negociação seguir para a Justiça do Trabalho. O chefe da Procuradoria nos diz que apenas um documento nesse sentido, assinado pelos dois lados, poderia servir para buscar a mediação da Justiça do Trabalho.

Abril de 2011 – em comunicado interno ,o Sindicato de Rádio e TV sugere aos associados que concedam inflação do período para não haver impacto muito grande quando do fechamento da CCT. O Sindijor continua procurando empresas que assinem em separado, sem sucesso.

Maio de 2011 – APP-Sindicato assina acordo em separado e concede 7% entre reposição e aumento real aos seus jornalistas.

Nesse meio tempo, de agosto de 2010 até o momento, 92% dos trabalhadores organizados receberam aumento real.

Os funcionários públicos receberam reposição de 6,5%.

A pergunta que não quer calar: por que tanta intransigência para fechar uma Convenção Coletiva de Trabalho com aumento real para os jornalistas do Paraná, uma vez que todos os demais pisos do Brasil receberam, ao longo dos últimos cinco anos, aumento real?

Avaliação do Sindijor aprova oito novos profissionais de imagem


Fotos de Pedro Serápio

A avaliação para repórteres fotográficos e cinematográficos realizado pelo Sindijor no dia 21 habilitou oito novos profissionais para a obtenção do registro no Ministério do Trabalho e Emprego. São quatro repórteres fotográficos e quatro cinematográficos. A prova contou com a presença dos diretores de Defesa Corporativa, Pedro Serápio, e de Imagem, Franklin de Freitas. Os profissionais que se submeteram ao teste tiveram de previamente apresentar portfólio recente, comprovar que já trabalharam nas funções para as quais pretendiam o registro e que eram domiciliados no Paraná. Veja a relação dos aprovados:

Repórter fotográfico

Caio Murilo Spack

José Luciano Mendes Luiz

Franciler Fabiano Rodrigues

Pedro Luiz Ribas


Repórter cinematográfico

Giovanny Belchior Silva

Luiz Carlos de Jesus

João Kostin Junior

Ivan Marcos

Nota oficial da Fenaj: No Dia da Imprensa jornalistas pedem a aprovação das PECs do Diploma

Celebrado desde o ano 2000 como “Dia Nacional da Imprensa”, este 1º de junho enseja a reflexão sobre a realidade da comunicação no Brasil. E, particularmente para os jornalistas, remete à centralidade das lutas em defesa do diploma, de uma nova e democrática Lei de Imprensa e de um novo marco regulatório do setor como indispensáveis para se inaugurar um novo ciclo de prosperidade democrática e de consagração do direito da sociedade à informação de qualidade.

Instituído pela Lei 9.831/1999, o Dia Nacional da Imprensa alude à primeira circulação do jornal Correio Braziliense, de Hipólito da Costa, em contraposição à oficialesca Imprensa Régia do Brasil Império do século XIX. Portadora de contradições e conflitos de sua época, tal publicação trazia em seu cerne ideais libertários de uma imprensa livre e de mudanças que contribuíram para fortalecer a perspectiva do Brasil republicano que temos hoje.

Mas é preciso reafirmar que a plena liberdade de imprensa, embora assegurada constitucionalmente, é cotidianamente agredida no Brasil e no mundo, por motivações políticas, econômicas e ideológicas que se expressam em ações de governantes, entes do Judiciário, do parlamento e mesmo dos proprietários dos veículos de comunicação. A Fenaj e os Sindicatos de Jornalistas defendem a aprovação de uma legislação de conteúdo democrático que regule as relações entre os veículos de comunicação, os profissionais e a sociedade. Nesta terra sem Lei de Imprensa, o substitutivo ao Projeto de Lei nº 3.232/1992 está pronto para votação há quase duas décadas na Câmara dos Deputados.

Maior e mais democrático espaço de debates sobre as comunicações no Brasil que envolveu representações do governo, dos empresários e da sociedade civil, a 1ª Conferência Nacional de Comunicação produziu deliberações que avançam na democratização do setor, superando a legislação obsoleta que permanece em vigor desde a década de 1960. A Fenaj, os Sindicatos de Jornalistas e demais entidades que se articulam em torno do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, prosseguem na defesa de que o governo federal apresente sua proposta de novo Marco Regulatório para dialogar com a sociedade, com vistas a apresentar para apreciação do Congresso Nacional um projeto mais aperfeiçoado.

Formação profissional é fundamental para garantir o direito da sociedade à informação qualificada. E cabe à Câmara dos Deputados e ao Senado restituir aos jornalistas e à sociedade o que o STF suprimiu ao confundir direito de opinião com o exercício profissional do Jornalismo. As Propostas de Emenda Constitucional 386/09 – que tramita na Câmara – e 33/09 – que tramita no Senado – já têm pareceres pela sua aprovação e estão prontas para votação.

Neste 1º de junho, comemorar o Dia da Imprensa significa, também, valorizar o Jornalismo, os jornalistas e a sociedade. Por isso pedimos que o parlamento brasileiro não renuncie à sua prerrogativa republicana, legisle e aprove as PECs do Diploma.

Brasília, 1º de junho de 2011.

Diretoria da Fenaj