quarta-feira, 20 de julho de 2011

Sindijor repudia agressão do vereador Derosso a jornalista

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná repudia a agressão verbal do presidente da Câmara de Vereadores de Curitiba, João Cláudio Derosso, ao jornalista Karlos Kohlbach, da Gazeta do Povo. Nesta segunda-feira (18), Derosso concedia entrevista ao jornalista Álvaro Borba, na Rádio CBN, em que comentava as denúncias publicadas na Gazeta sobre suspeita de irregularidade na contratação de agências de publicidade pela Câmara. Embora sem citar nominalmente Kohlbach, Derosso disse que “infelizmente o jornalista da Gazeta foi mau-caráter” (áudio aqui). Kohlbach tem sido, desde a última sexta-feira, o autor das reportagens que mostram os indícios de ilicitude levantados pelo Tribunal de Contas nas concorrências para serviços de comunicação no Legislativo Municipal. Ao insultar um jornalista no desempenho de suas funções, num ato de injustificável agressividade para tentar neutralizar as suspeitas que pesam contra si, Derosso apenas reprisa a conduta lastimável de homens públicos surpreendidos em situação comprometedora e que não encontram resposta melhor do que tentar desqualificar o trabalho da imprensa ou a honra dos jornalistas. Agressões levianas como esta são injustificáveis e merecem toda a repulsa da categoria e da sociedade consciente do papel da imprensa e da necessidade de eficiência e transparência na administração pública. Os 14 anos na presidência da Câmara de Curitiba deveriam ter ensinado a Derosso ao menos que a civilidade e o tratamento respeitoso à imprensa são requisitos imprescindíveis a um homem público, mesmo em circunstâncias adversas. Enquanto repudia a agressão do vereador, o Sindijor defende ampla investigação nos contratos de publicidade pelo Ministério Público e o rigoroso controle pelo Tribunal de Contas, além de que seja acatada a denúncia feita à Comissão de Ética da Câmara a respeito da conduta de seu presidente.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Jornalistas paranaenses aceitam contraproposta patronal de reajuste de 5%



Os jornalistas paranaenses, reunidos em sessões de assembleia geral extraordinária na noite desta segunda-feira e ao meio-dia desta terça-feira, aceitaram a contraproposta patronal de reajuste salarial de 5% (inflação de 4,68%, mais 0,32% de aumento real). Ao todo, foram 110 votos a favor e 75 contra a proposta patronal, que também inclui a expansão da licença maternidade de quatro para seis meses e a renovação das demais cláusulas da convenção vigente.
Em Curitiba, na sessão de segunda, foram 89 votantes, sendo 59 favoráveis e 30 contra. No interior, a maioria dos votos foi contra o aumento real de 5%. O placar em Foz do Iguaçu foi de 18 contra a proposta e três a favor. Em Cascavel, o “não” levou vantagem frente à proposta patronal (11 votos a 7). Já em Ponta Grossa todos os nove votantes aceitaram os 5%.
A posição favorável à adoção da proposta chegou à sessão final da assembleia, em Curitiba, nesta terça, com 19 votos de vantagem, mas não houve mudança no panorama. A última sessão teve o placar de 32 a 16 pela adoção da contraproposta dos dois sindicatos patronais.
Com isto, o novo piso salarial passa a R$ 2.151,56, um aumento de R$ 102,45. O retroativo incide sobre os nove meses sem aumento, desde outubro, mais o décimo terceiro salário, o que, para quem ganha o piso, significa mais R$ 1.024,50, a ser pago tão logo seja assinada a convenção. Ficou acertado que a categoria apenas aceitará o pagamento em parcela única deste valor. A assessoria jurídica já começou a elaborar a minuta da convenção.

Sessão de
assembleia
Favoráveis à proposta
Contrários à proposta
Curitiba (segunda à noite)
59
30
Foz do Iguaçu
3
18
Cascavel
7
11
Ponta Grossa
9
0
Curitiba (terça ao meio-dia)
32
16
TOTAL
110
75

Avaliação - Esta negociação – que foi arrastada e, em determinados momentos extenuante – serviu ao menos para mostrar que somos uma categoria de trabalhadores e, a espelho das demais, quando mobilizados, alcançamos conquistas. Depois de 14 anos, finalmente não recebemos a inflação ou menos que isto. É a repetição deste espírito de mobilização, este barulho para demonstrar nossa insatisfação, que vai nos conduzir a ganhos reais ainda maiores.
A Diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná vem a público agradecer a participação de todos os que se manifestaram ao longo destes nove meses e 12 dias – e antes, desde o Congresso de Foz do Iguaçu –, e pede a todos que não se esqueçam que a luta está apenas começando. Em 1º de outubro, teremos uma nova data-base, e a diretoria estadual fará um esforço para visitar o maior número possível de redações recolhendo propostas a ser apresentadas aos empresários ainda na primeira quinzena de agosto.
Assédio – Momento decisivo da discussão sobre a convenção coletiva de trabalho, quando a autonomia e a independência dos trabalhadores deveriam ser plenas, esta segunda-feira foi marcada por um caso grave de violação da liberdade de organização obreira. A poucas horas da primeira sessão da assembleia, o diretor do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom), Guilherme Döring Cunha Pereira, reuniu os jornalistas do jornalGazeta do Povo para pressioná-los a aceitar a proposta de reajuste de 5%, sob risco de corte de postos de trabalho.
Cunha Pereira reclamou que os resultados financeiros do jornal não eram favoráveis e que os jornalistas deveriam dar mais uma cota de “colaboração” e aceitar a proposta. Ante os jornalistas, o empresário demonstrou impaciência pelo não fechamento da convenção coletiva, o que, segundo ele, estaria ainda atrapalhando o andamento do acordo de banco de horas e extensão da jornada. Visivelmente agitado, fez um discurso em que afirmou que não seria aceita nenhuma proposta de aumento superior aos 5% já oferecidos pelos sindicatos patronais. Lembrando que a Gazeta possui cerca de 200 jornalistas em seus quadros, deu a entender que, se tivesse de implantar um reajuste maior, poderia “mudar o modelo” e trabalhar com uma redação bem mais enxuta, a exemplo de jornais como o Zero Hora, de Porto Alegre, numa ameaça clara de corte de postos de trabalho.
A ação de Cunha Pereira ao intimidar os trabalhadores jornalistas antes de uma decisão é merecedora de toda a repulsa da categoria. A autonomia dos trabalhadores para definir os seus destinos deve ser ampla, sem condicionamentos ou pressões externas. O que se viu foi um caso grave de restrição à liberdade de organização obreira. O Sindijor vai tomar providências para sancionar esta conduta e outras mais que vierem a ocorrer. Sabendo da extensão e gravidade do caso, o Sindicato precaveu-se propondo e realizando votação secreta na assembleia de Curitiba, de maneira a por a salvo a independência dos jornalistas. O fundamental é que todos estes casos de assédio à liberdade dos trabalhadores sejam relatados ao Sindijor.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Por enquanto, jornalistas vão aceitando proposta patronal



Assembleia em Curitiba (fotos de Valquir Aureliano)

Os jornalistas paranaenses, reunidos em sessões de assembleia geral extraordinária na noite desta segunda-feira (11), aceitaram – por ora – a contraproposta patronal de reajuste salarial de 5% (inflação, mais 0,32% de aumento real). Ao todo, foram 78 votos a favor e 59 contra a proposta patronal.

Em Curitiba, foram 89 votantes, sendo 59 favoráveis e 30 contra. O placar em Foz do Iguaçu foi de 18 contra a proposta e três a favor. Em Cascavel, o “não” levou vantagem frente à proposta patronal (11 votos a 7). Já em Ponta Grossa todos os nove votantes aceitaram os 5%.

O resultado, porém, não é definitivo. Amanhã (terça, 12), uma nova sessão da assembleia permanente acontecerá na sede do Sindijor, em Curitiba, ao meio dia. É importante que todos os que puderem participar manifestem-se na assembleia. Na assembleia desta noite em Curitiba foi rejeitada a proposta de voto por procuração.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Venha, discuta, participe da assembleia da categoria no dia 11

Após os sindicatos patronais de jornais e revistas entregarem a proposta de reposição da inflação e aumento de 0,32% e licença-maternidade de seis meses, hoje (sexta, 8) foi a vez de os patrões da radiodifusão protocolarem no Sindijor proposta idêntica, como era esperado, para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Para debater esta contraproposta e definir os rumos da CCT, o Sindijor convocou sessões de assembleia para esta segunda-feira (11) nos seguintes locais e horários:
  • Curitiba - Sede do Sindijor (Rua José Loureiro, 211), Centro, às 20h em primeira convocação, e às 20h30 em segunda convocação;
  • Ponta Grossa - Sindicato dos Empregados no Comércio (Rua General Carneiro, 750), às 19h30 em primeira convocação, e às 20h em segunda convocação;
  • Cascavel - Fundação Iguaçu (Rua Fortunato Bebber, 1822), às 19h45 em primeira convocação, e às 20h15 em segunda convocação;
  • Foz do Iguaçu - Sede do Sindijor (Rua Rui Barbosa, 1032, sala 50, Shopping Mercosul) às 19h30 em primeira convocação, e às 20h em segunda convocação;
Por reivindicação dos trabalhadores da Gazeta do Povo, o Sindijor abriu mais uma sessão de assembleia para o dia 12, às 12h, em segunda convocação, na sede do Sindijor, em Curitiba. Diversas manifestações de jornalistas foram registradas nas redes sociais, mas, para que estas posições tenham peso, é necessário que elas sejam discutidas coletivamente na instância adequada, que é a assembleia. Então, se você tem uma opinião acerca da proposta patronal, não a deixe registrada apenas no Twitter ou Facebook, traga-a, debata-a e sustente-a na assembleia da categoria. É fundamental a participação de todos nesta discussão, que diz respeito ao nosso futuro profissional.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Patrões oferecem 0,32% de aumento real para renovar a CCT

Parece que as mobilizações dos jornalistas paranaenses, nas redações e locais de trabalho da capital e interior, têm incomodado as empresas de comunicação. Depois da inércia durante nove meses de negociação, o Sindicato das Empresas de Jornais e Revistas do Paraná encaminhou ao Sindijor-PR uma proposta oferecendo ganho real de 0,32%. Isso comprova que a luta por 1% de aumento real da categoria vem surtindo efeito.

No documento, a entidade patronal propõe, além dos 0,32% de aumento, o pagamento da inflação de 4,68% (outubro de 2009 até setembro de 2010), a manutenção de todas as cláusulas da última Convenção Coletiva e a inclusão da licença-maternidade de 180 dias. Embora a Direção do Sindijor-PR aguarde a chegada da proposta do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão, que deve ter redação idêntica à proposta dos impressos, já é o momento de a categoria se manifestar.

Para isso, o Sindijor-PR convoca todos os trabalhadores para uma nova assembleia geral, que acontecerá na próxima segunda-feira, dia 11 de julho, na sede do Sindicato. A primeira convocação está marcada para as 20h. A partir das 20h30, a assembleia se inicia com qualquer quorum. Também serão realizadas na segunda-feira sessões nas cidades das regionais do sindicato – Foz do Iguaçu, Cascavel e Ponta Grossa. Em Cascavel, será na Fundação Iguaçu (Rua Fortunato Bebber, 1822) às 20h15 em segunda convocação; em Ponta Grossa, no Sindicato dos Empregados no Comércio (Rua General Carneiro, 750), às 20h em segunda convocação; para Foz, o local e o horário ainda não estão definidos.

Ao longo dessa semana, diretores do Sindijor e das subseções regionais vão passar pelas redações convocando todos. Será o momento de a categoria se manifestar a respeito da proposta patronal e definir os rumos da negociação pela renovação da CCT 2010/2011.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Fotos do PRETO&ROXO nas redações nesta sexta (1º/07)


Folha de Londrina


Agência Estadual de Notícias



Sanepar

Revista Móbile