sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Reivindicações Sindijor: Of. 189/2011

Completada uma semana do lançamento do Ofício 189/2011 destinado aos sindicatos empregadores de jornalistas no Paraná (Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Estado do Paraná); (Sindicato das Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado do Paraná), o Sindicatos dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR) e do Norte do Paraná, explicam que até agora não houve nenhuma procura por parte das entidades patronais. Dessa forma enviamos novamente a defesa dos valores materiais e morais da categoria no território paranaense. Segue a pauta de reivindicações pela renovação e ampliação da Convenção Coletiva de Trabalho dos jornalistas paranaenses:

1) Pauta econômica – reposição integral da inflação apontada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do período entre 1.º de outubro de 2010 a 30 de setembro de 2011; e aumento real de 6,77%, valor aferido com base na média do faturamento dos últimos três anos fiscais (2008, 2009 e 2010) das empresas de comunicação, conforme o relatório do Projeto Inter-Meios, descontada a inflação do período.

2) Pauta de benefícios – os trabalhadores farão jus a receber vale alimentação em valor a ser acordado entre as partes durante a negociação. Já os trabalhadores que não têm plano de saúde ou que recebem das empresas apenas o acesso à operador, mas descontam integral o valor do plano em seu holerite, passarão a arcar com 10% do valor do benefício, enquanto os empregadores serão responsáveis pelo pagamento de 90% da mensalidade (caso a empresa pague integral, esses trabalhadores continuarão com o mesmo benefício).

3) Pauta de segurança aos trabalhadores – todos os jornalistas que se deslocarem a campo para apurar informações, com o intuito de cobrir conflitos ou tragédias que coloquem em risco a sua integridade física, deverão receber das empresas o suporte e equipamentos que lhes garanta a protetividade.

4).Pauta de proporcionalidade – os jornalistas das empresas de comunicação (rádios, jornais, revistas, portais informativos, televisões ou similares) que atuem como editores devem ter ao menos um repórter sob sua responsabilidade para produção de conteúdo jornalístico.

5) Nova redação e inclusões – os Sindicatos de trabalhadores propõem alterações de redações de cláusulas de arrecadação (47.ª – reversão salarial) e de reconhecimento de profissionais que atuam na produção jornalística conforme anexo.

Texto na íntegra:

http://sindijorpr.org.br/pub/publicacoes/5d043037cb77e01184056f65d31ed355.pdf

Sindijor aproveita audiência para pedir apoio aos parlamentares

Uma comissão formada por três diretores do Sindijor-PR, esteve ontem na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) acompanhando a Audiência Pública da Comissão Mista do Orçamento do Congresso Nacional. Os jornalistas falaram com os deputados federais Arlindo Chinaglia, André Vargas, Dr. Rosinha e também com o senador Sérgio Souza para que todos façam sua adesão à Frente Parlamentar do Diploma do Jornalista, que será relançada na próxima quarta-feira, às 18h, no plenário 5 da Câmara dos Deputados. Todos se comprometeram a aderir à Frente e a votar favoravelmente às PECs que estão tramitando nas duas Casas Legislativas (Câmara dos Deputados e Senado Federal).

Sindijor realiza ação no Oeste do Paraná

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná e sua subseção do Oeste estiveram reunidos ontem (quinta-feira, 29) esteve em Cascavel para reuniões de trabalho e divulgação do calendário de negociações pela renovação da Convenção Coletiva de Trabalho. No período da manhã forma feitas consultas e constatadas irregularidades no cumprimento da recém assinada CCT. Isso gerou a autorização para que os advogados dos Sindijor em Cascavel ingressem na Justiça com ações de cumprimento das cláusulas desrespeitadas.

Agendada Assembleia para 15 de outubro

Em reunião realizada pela direção do Sindijor e sua subseção de Cascavel foi agendada uma data para discutir os problemas e irregularidades que ocorrem nos meios de comunicação da cidade e região. Foi definido que no dia 15 de outubro acontecerá uma Assembleia Geral Extraordinária para os jornalistas (sindicalizados ou não) discutirem e definirem qual seria a solução para acabar com esses problemas. O edital de convocação será lançado na próxima semana.

Solidariedade: Arfoc e Sindijor PR iniciam campanha – “SOS Haratom”

A Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Paraná (Arfoc PR) em parceria com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor PR) iniciam a partir deste boletim (30/09/2011) uma campanha em prol do profissional Haraton César Maravalhas, ganhador do Prêmio Nikon de Fotojornalismo, aposentado por invalidez pelo Governo do Paraná e que hoje recebe cerca de 800 reais para sobreviver. Ele era responsável pelo acervo fotográfico da Casa da Memória. Trabalhou com os políticos na Secretaria da Cultura do Paraná, além de inúmeros projetos e exposições que percorreram diversas regiões do Brasil. É o caso da parceria com o fotógrafo Macaxeira, “Iconografia nos Presídios”, obras expostas em Brasília.

Hoje este profissional passa por dificuldades. É por isso que a Arfoc e o Sindijor expõe a situação de penúria e sem condições de comprar seus remédios. Precisa de serviços de enfermagem, abrigo com roupa lavada e comida nas horas certas. Ele é diabético, tem comprometimento renal grave, desenvolveu cirrose hepática por conta do vírus da Hepatite C e é HIV positivo. Hoje é tratado no Centro Médico da Barão do Rio Branco e na Ouvidor Pardinho, também vai ao Hospital das Clínicas, pois tem “barriga d´água” (ascite). Tem pressão alta e sangramento nasal devido às doenças.

Já esteve na Fundação de Ação Social de Curitiba, mas sua renda não é enquadrada em nenhum dos tipos de resgate social.

Arrecadação

O objetivo da Arfoc e Sindijor é receber doações que possam ser leiloadas. Arrecadar o maior número de objetos para fazer um leilão e ajudar Haraton César Maravalhas nas questões de saúde que ele tanto necessita.

Segue contatos: 41 3224 4521 (Arfoc PR) / 41 3224 9296 (Sindijor PR).

Convocação: Reunião Arfoc

Está marcada para dia 03/10/2011 às 19h reunião para definir as diretrizes da nova presidência da Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Paraná (Arfoc PR). Mais informações entrar em contato: 41 3224 4521.

Marco Regulatório: última semana para contribuições

A consulta pública sobre o marco legal das comunicações recebe contribuições até o dia 7 de outubro. A discussão abrange os 20 pontos essenciais elaborados pelo Fórum Nacional pela Democratização (FNDC) para uma ‘nova era’ na comunicação no Brasil. O objetivo deste debate é contribuir com o Governo Federal na revisão do conjunto de regras que regem o setor de comunicação no país através de ampla discussão da sociedade civil organizada.

O lançamento da plataforma possui 11 princípios e objetivos, além de 20 diretrizes que abrangem regulamentação de infraestrutura dos sinais, garantia de acesso aos serviços e questões referentes aos conteúdos veiculados. Temas como direitos autorais, direitos e deveres dos usuários na internet e nova lei de imprensa não entraram no documento porque já estão sendo tratados por mecanismos específicos. Para participar da consulta, clique aqui

Para apoiar a plataforma, a pessoa física ou a entidade deve enviar um e-mail para imprensa@fndc.org.br, solicitando que conste seu nome (e/ou entidade como apoiador).

Fonte: http://www.fndc.org.br/

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

XVIII ENJAC 2011: definida delegada do Paraná

O XVIII ENJAC (Encontro Nacional de Jornalista em Assessoria de Comunicação) em Natal, de 13 a 15 de outubro, é referência nacional em discussões sobre os rumos da comunicação. Para o evento, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná confirma a presença, como delegada e representante do estado, de Sulamita Mendes – Jornalista Especialista em Comunicação Organizacional e Marketing, Palestrante, Professora de Pós-Graduação e Consulta em Gestão Empresarial de Crises e Marketing. A profissional irá defender a tese “Gestão de Crise e o Papel do Assessor de Comunicação”, que mostra o atual cenário do assessor de comunicação dentro das empresas e o desafio desse para gerir crises e apresentar soluções.

A proposta é que as faculdades e universidades que oferecem graduação em Comunicação Social tenham matérias relacionadas à gestão empresarial, gestão de crises e planejamento em comunicação; porém (que o inverso seja verdadeiro) as mesmas, ao oferecer graduação em Gestão Empresarial, Administração e Contabilidade, tenham matérias sobre comunicação e gestão de crise. Segundo Sulamita Mendes “esse intercâmbio de cadeiras acadêmicas possibilitará o conhecimento necessário para o desenvolvimento de um trabalho de assessoria de comunicação com mais qualidade”.

FENAJ – Agenda para mobilização (5 de outubro)

Aprovar as PECs do Diploma é a luta de todos os jornalistas. E tem data marcada: 5 de outubro. A agenda inicia às 8h na sede da FENAJ para definir detalhes da mobilização e seguir em direção ao Congresso. Às 9h está marcada audiência com o senador José Pimentel (PT-CE) – líder do governo no Congresso. Depois, às 10h a comitiva se divide e os representantes irão visitar os parlamentares de suas respectivas regiões (objetivo é mobilizar para a votação das PECs no Senado e na Câmara Federal, além da adesão à Frente Parlamentar. A partir da tarde – 14h – haverá continuidade da mobilização, com a integração dos estudantes e professores da CEUB (Centro Universitário de Brasília). No fim do dia – 18h – será lançada a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Diploma de Jornalista, no Plenário 5 da Câmara dos Deputados. Para os que ainda não confirmaram presença, entrem em contato no fenaj@fenaj.org.br (A/C Meire), com cópia para valci@fenaj.org.br

Participe da construção de um novo marco regulatório para as comunicações brasileiras!

A Constituição brasileira estabelece os princípios e regras mínimas que devem ser respeitadas pelos meios de comunicação de massa, ou seja, o rádio e a TV, que são concessões públicas. Por exemplo: não pode haver monopólio na mídia; as emissoras devem veicular programação regional e independente; a prioridade deve ser para conteúdos informativos e culturais; o país deve ter um forte sistema público de comunicação; o direito de resposta deve ser garantido; é vedada qualquer censura de natureza política e ideológica; etc.

O problema é que até hoje a Constituição não é cumprida porque depende de leis específicas para isso. Ao mesmo tempo, as poucas leis que existem não são respeitadas ou estão ultrapassadas. Para se ter uma idéia, o Código Brasileiro de Telecomunicações é da década de 60, quando ainda assistíamos TV em preto e branco e internet era algo desconhecido.

Já passou da hora de mudarmos essa realidade e construirmos uma comunicação de fato democrática no Brasil, que garanta pluralidade, diversidade e liberdade de expressão para todos - não só para os donos da mídia. Em 2009, milhares de cidadãos e cidadãs brasileiras participaram da I Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), que teve como uma de suas principais resoluções a afirmação da necessidade de um novo marco regulatório para as comunicações no nosso país.

De lá pra cá, considerando os debates da Confecom, movimentos populares e organizações da sociedade civil aumentaram a mobilização em prol de uma nova lei geral para o setor. Ao mesmo tempo, o governo federal elaborou um projeto, que ainda não foi tornado público, mas vem sendo discutido no Ministério das Comunicações.

Para incentivar que o conjunto da população participe deste debate, dizendo que mídia quer para o Brasil, diversas organizações que historicamente lutam pela democratização da comunicação lançaram uma consulta pública na internet. A idéia - partindo de uma proposta inicial, com princípios, objetivos e 20 diretrizes - é construir um conjunto de propostas da sociedade civil para a legislação de comunicação, ou seja, uma plataforma da sociedade civil para o novo marco regulatório, que depois será apresentada ao poder público.

A consulta pública fica aberta até 7 de outubro e qualquer pessoa pode dar suas contribuições. Um documento final será consolidado para lançamento no Dia Mundial da Democratização da Mídia, 18 de outubro.

Convidamos todos e todas então a participar deste processo! Sua opinião é fundamental para que a diversidade brasileira - regional, étnico-racial, de gênero, orientação sexual, classe etc - também esteja presente nesta plataforma da sociedade civil. Entre no site www.comunicacaodemocratica.org.br e contribua com a consulta pública por um novo marco regulatório das comunicações. Vamos juntos construir uma mídia plural e verdadeiramente democrática!

Fonte: www.comunicacaodemocratica.org.br

terça-feira, 27 de setembro de 2011

26 de setembro – dia de passaralho!

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná tem em seu histórico bater insistentemente na tecla de que os meios de comunicação paranaenses estão, a cada dia, a depreciar a profissão em troca de ‘benefícios’ obscuros, que prejudicam a prática do bom jornalismo. Pode parecer pesado, mas o que explicar a demissão do profissional Dary Junior, âncora do RIC Notícias Paraná, que em menos de um ano de casa, cresce de uma forma relâmpago e, ‘do nada’, é demitido sem justa causa? (Dary chegou em novembro de 2010 para cobrir férias e, devido ao seu trabalho sério, tornou-se âncora e chefe de reportagem do principal jornal da emissora).

A desconsideração para com os jornalistas no Paraná não para por aí. A Band Curitiba demitiu oito profissionais (repórter, editor de imagem, pauteiro, repórter-cinematográfico – profissionais os quais eles insistem em denominar operador de câmera) também ontem. Os motivos, segundo um profissional que buscou o Sindijor hoje, pasmem, não lhe foi informado. A direção da entidade entrou em contato com o diretor de jornalismo da Band, Fabrício Binder, e a resposta dele para esse número excessivo de desligamentos foi que “a empresa está passando por um momento de readequação orçamentária”.

Mas para piorar a situação do drama humano vivenciado por aquele que perde o emprego vai além para esse profissional que veio até a entidade. Ele estava empregado em outra emissora e decidiu dedicar-se exclusivamente à Band. “Trabalhei um mês e me mandaram embora com a carteira em branco. Entrei no primeiro dia deste mês, meus documentos foram encaminhados ao RH. Eu pensei que estava efetivado e agora me sinto um lixo”, revela o profissional que prefere não se identificar por temer retaliação.

Demissão por competência não é mera coincidência!

No caso da RIC/Record, de acordo com o que o Sindijor apurou, a demissão de Dary Junior se deu “por readequação de equipe”, segundo nota da assessoria de imprensa do Grupo, seja lá o que isso queira dizer. Mas Dary tinha uma postura opinativa sobre questões do cotidiano, temas pontuais e que, muitas vezes, batiam de frente com a administração do município de Curitiba e do Governo do Estado. A boa audiência do programa do início da noite, ancorado por Dary e a atuação dele como âncora e chefe de reportagem era destacada entre os colegas de profissão. E o programa ganhava (não sabemos se continuará a ganhar) espaço entre os telespectadores paranaenses. Quem substitui Dary Junior é a jornalista Thayse Leonardi no RIC Notícias.

Outra questão polêmica é a readmissão do deputado estadual Gilberto Ribeiro (PSB), que voltou a apresentar o programa Balanço Geral da RIC. Coincidência ou não, Ribeiro faz parte da base do governo Beto Richa e é do mesmo partido do atual prefeito de Curitiba. O afastamento de Ribeiro está ligado ao atropelamento (segundo o Boletim de Ocorrência – embriagado) de um adolescente em Piraquara, em março deste ano. Há rumores de que a emissora prefere alguém ligado ao governo dentro da sua emissora, já que ano que vem tem eleição.

Mais mudanças

Segundo o blog Terceiro Caderno – do jornalista Paulo Galvez da Silva –, outras mudanças aconteceram. O apresentador Paulo Roberto saiu do programa Balanço Geral, da RIC/Record e já estréia no “Tribuna da Massa”, da Rede Massa/SBT, canal do Ratinho. Já o apresentador Adilson Arantes, que apresentava o “Tribuna”, agora, pelo que parece, ficará na geladeira.

Efeito dominó

O Sindijor-PR, infelizmente, espera para esta semana mais demissões ou profissionais indo para geladeira das redações. Isso porque segundo informações vindas da Rede Massa, dois programas caíram – Destaque e Tribuna da Massa 1ª Edição.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Uma iniciativa a ser ‘copiada’

O cenário atual de redução das redações é um ‘fenômeno’ mundial. Imagine você, jornalista, que vê notícias derivadas de agência e pensa: “mas o que isso tem a ver com a minha comunidade? O meu bairro?”, saiba que não é o único. Uma iniciativa de jornalista de San Francisco (EUA) chama atenção pelo resgate do que pode ser chamado: ‘recuperação do interesse público’. Assim, oito profissionais ‘das antiga’, ao lado de quase 200 colegas demitidos das redações de jornais e revistas da cidade americana (no Brasil não é muito difícil encontrar 200 jornalistas formados desempregados numa capital) fazem ‘a busca pelos conteúdos esquecidos’ na região da Bay Area (que inclui cidades de São Francisco, Oakland e San José).

A ideia surgiu de David Weir, criador do respeitado “Center for Investigative Reporting (Centro de Jornalismo Investigativo). O trabalho do grupo de profissionais é comparar o jornalismo local e comunitário exercido pela imprensa da Bay Area nos anos de 1970 e 80 com o que é feito atualmente na região. Esses dados depreciativos no mundo do jornalismo regional são chamados de “brutal redução na cobertura dos assuntos locais”. No caso específico americano, na região investigada houve uma redução de 80% na produção sobre as cidades da região e um encolhimento médio de 150% nas redações de jornais e revistas.

Leia texto na íntegra aqui

Fernando Morais lança livro em Curitiba

“Os Últimos Soldados da Guerra Fria”, pela Cia das Letras, é o lançamento do jornalista Fernando Morais. Para divulgação do seu trabalho, haverá um evento no dia 28 de setembro (próxima quarta feira), às 19h30, na Livrarias Curitiba do Shopping Palladium (Avenida Presidente Kennedy, 4121, loja 2047, piso L2 – Bairro Portão – entrada gratuita). A obra conta a saga da Rede Vespa, seleto grupo de agentes secretos que se infiltrou em organizações anticastristas em Miami. O trabalho é um suspenso baseado em fatos reais.

O autor trabalhou nas redações do Jornal da Tarde, Veja, Folha de S. Paulo e TV Cultura. Recebeu três vezes o Prêmio Esso e quatro vezes o Prêmio Abril de Jornalismo. É autor de mini-séries documentais, autor de diversos livros entre os quais Transamazônica, A Ilha, Olga, Chatô, O Rei do Brasil, Corações Sujos, Cem Quilos de Ouro, Na Toca dos Leões, Montenegro e O Mago – que conta a biografia de Paulo Coelho. Mais informações: 41-3330-6792 / 9124-9748 / imprensa@livrariascuritiba.com.br / www.livrariascuritiba.com.br

APP-Sindicato reelege administração

Professores e funcionário de escolas votaram Chapa 1 - 'APP-Sindicato: na Luta em Defesa da Escola Pública', atual diretoria, para comandar o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP). Com votação eletrônica e tradicional, 21 mil educadores reelegeram Marlei Fernandes de Carvalho e sua equipe para os próximos três anos. Segundo levantamento preliminar da Comissão Eleitoral Estadual, aproximadamente 25 mil educadores participaram do pleito.

A grande novidade nesta eleição foi utilização de urnas eletrônicas, que trouxe maior agilidade ao sistema eleitoral do Sindicato. A contabilização geral será realizada após chegarem todos os boletins de urna dos 29 núcleos sindicais regionais. Na eleição, também foram escolhidas diretorias para os núcleos sindicais, além de nomes para o Conselho Fiscal e representantes de município. A posse dos novos dirigentes acontece no dia 17 de outubro.

Na eleição, a Chapa 1 - 'APP-Sindicato: na Luta em Defesa da Escola Pública' obteve cerca de 21 mil votos, enquanto a Chapa 2 – ‘APP de Luta, pela Base’ marcou aproximadamente 3,2 mil votos. A totalização será concluída no início desta semana.

Veja os nomes e dados sobre a eleição aqui site da APP.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Convocação Assembleia Sábado - 24/09/2011


SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO PARANÁ
ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA




Pelo presente edital, ficam convocados todos os jornalistas filiados a este sindicato para se reunirem, de acordo com as disposições estatutárias, em Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada dia 24 de setembro, na sede do SINDIJOR-PR (Rua José Loureiro, 211), às 11h – em primeira convocação; e às 11h 30 em segunda convocação, com a seguinte ordem do dia:

1 - Eleger os delegados que irão ao XVIII Encontro Nacional de Jornalista em Assessoria de Comunicação em Natal, de 13 a 15 de outubro;
2 - Informes.



Curitiba, 19 de setembro de 2011.


Marcio de Oliveira Rodrigues
Presidente

Informe Sindijor: Of. 189/2011

Aos sindicatos empregadores de jornalistas no Paraná (Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Estado do Paraná); (Sindicato das Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado do Paraná). Os Sindicatos dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR) e do Norte do Paraná, entidades de defesa dos valores materiais e morais da categoria no território paranaense, vem encaminhar às entidades patronais a pauta de reivindicações da categoria dos jornalistas para a renovação e ampliação da Convenção Coletiva de Trabalho dos jornalistas paranaenses:

1) Pauta econômica – reposição integral da inflação apontada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do período entre 1.º de outubro de 2010 a 30 de setembro de 2011; e aumento real de 6,77%, valor aferido com base na média do faturamento dos últimos três anos fiscais (2008, 2009 e 2010) das empresas de comunicação, conforme o relatório do Projeto Inter-Meios, descontada a inflação do período.

2) Pauta de benefícios – os trabalhadores farão jus a receber vale alimentação em valor a ser acordado entre as partes durante a negociação. Já os trabalhadores que não têm plano de saúde ou que recebem das empresas apenas o acesso à operador, mas descontam integral o valor do plano em seu holerite, passarão a arcar com 10% do valor do benefício, enquanto os empregadores serão responsáveis pelo pagamento de 90% da mensalidade (caso a empresa pague integral, esses trabalhadores continuarão com o mesmo benefício).

3) Pauta de segurança aos trabalhadores – todos os jornalistas que se deslocarem a campo para apurar informações, com o intuito de cobrir conflitos ou tragédias que coloquem em risco a sua integridade física, deverão receber das empresas o suporte e equipamentos que lhes garanta a protetividade.

4).Pauta de proporcionalidade – os jornalistas das empresas de comunicação (rádios, jornais, revistas, portais informativos, televisões ou similares) que atuem como editores devem ter ao menos um repórter sob sua responsabilidade para produção de conteúdo jornalístico.

5) Nova redação e inclusões – os Sindicatos de trabalhadores propõem alterações de redações de cláusulas de arrecadação (47.ª – reversão salarial) e de reconhecimento de profissionais que atuam na produção jornalística conforme anexo.

Texto na íntegra:
http://bit.ly/oaUqd0

Telejornal-laboratório de Curitiba é o melhor do Brasil

O Tela UN, telejornal-laboratório do curso de Jornalismo da Universidade Positivo (UP), venceu o prêmio do Programa Laboratorial de Telejornalismo (conjunto/série) da Expocom Nacional 2011. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná – Sindijor Pr – parabeniza os alunos e professores pelo prêmio, que é destinado aos melhores trabalhos experimentais desenvolvidos por estudantes de Comunicação. A premiação aconteceu no Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, em Recife, em setembro. O telejornal é diário e no formato ao vivo. Toda a produção é feita pelos alunos da disciplina de Telejornalismo.

No Intercom o Tela UM foi apresentado pela estudante Sindy Suzuki, do 6º período de Jornalismo, editora-chefe do telejornal. Segunda a estudante “foi uma responsabilidade e uma alegria receber o prêmio. Queremos inscrever o Tela, novamente, para concorrer em 2012 porque neste ano o telejornal está ainda melhor”.

Assista às edições do Tela UN no youtube:
http://www.youtube.com/telaun1 ou no site do curso: http://jornalismo.up.com.br/

Pense no futuro

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR) iniciou um processo de atualização cadastral dos associados e de filiação de não sindicalizados essa semana. Nas emissoras E-Paraná (rádio e TV) e RIC, em Curitiba, foram visitados pela entidade, e prestado o serviço no local de trabalho. O objetivo da ação é possibilitar aos jornalistas ter acesso ao plano de aposentadoria complementar FENAJprev, destinado apenas aos associados em dia das nove entidades instituidoras. Sem a voracidade dos bancos, o plano tem a vantagem de distribuir toda a lucratividade entre os participantes. Mais informações no Sindijor: 41 3224 9296.

Greve dos Correios

Nesta sexta feira (23) a greve dos Correios voltou às ruas. Em seu 10º dia de paralisação os trabalhadores organizaram uma caminhada pelo centro de Curitiba. A concentração iniciou na Praça Santos Andrade, às 14 horas, depois partiu para o calçadão da Rua XV, até a Boca Maldita. Segundo a Federação dos trabalhadores, a resposta da categoria é na prática, com o aumento de funcionários parados. Em todo o Brasil é registrada grande adesão de trabalhadores ao movimento. Mesmo assim, a empresa insiste em afirmar que apenas 23% dos trabalhadores aderiram à greve.

No Paraná, os 70% dos trabalhadores da área operacional, mais de 2.500 funcionários, que iniciaram a paralisação, continuam de braços cruzados. “Vamos enfrentar a intransigência da empresa que se nega a negociar. Só voltaremos ao trabalho depois que seja apresentada uma proposta que atenda as nossas reivindicações”, finaliza Luiz Antonio
.

Jornalismo: profissionalismo e realidade social

O título não é de um artigo de sociologia ou antropologia, porém há um desafio em nosso país, a de exercer a profissão – JORNALISTA – de forma digna. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná continua a mostrar que o problema se espalha em todas as regiões do Brasil.

Desta vez o sinal de fumaça veio de Rondônia, quando a jornalista Lú Braga foi vítima de intolerância religiosa (é espancamento, violência, tiros e, agora, intolerância religiosa). O que houve é que a profissional teve seu artigo – “Ramadan in the Brazilian Amazon” – sobre islamismo publicado na imprensa internacional e foi destaque no site EMAJ Magazine, distorcido pelo site O Alerta.

O site usou o artigo da jornalista e publicou de forma desrespeitosa imagens da comunidade muçulmana da capital, Porto Velho. Outro agravante foi tentar vender que o islã é responsável por problemas que vão além da religião. Lú Braga comentou nas redes sociais que isso é reflexo da falta de preceitos básicos do jornalismo, a tão falada ética profissional.

BRASIL E SEU INFELIZ HISTÓRICO

Vivemos no segundo país com mais mortes de jornalistas na América Latina, empatamos com Honduras e ‘perdemos’ para o México, segundo dados da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP). Os números divulgados em julho deste ano mostram que até agora foram 19 mortes de profissionais. Essa estatística leva em conta os crimes ligados ao exercício da atividade jornalística. Os diretores do SIP manifestaram “estado de alerta e preocupação” pelas mortes, além de criticar a “perseguição judicial” aos profissionais, citando o Brasil como referência de onde esta prática ocorre.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dentistas preparam greve

Diante da intransigência da administração de Curitiba, os cirurgiões-dentistas preparam greve para amanhã, quinta feira (22), a partir das 8h em frente à prefeitura. A principal reivindicação é isonomia em relação aos médicos do município. Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (SISMUC) a disparidade entre as duas categorias é clara, basta fazer um simples comparativo, onde – no mesmo edital de contratação, com ambas as classes partindo de um mesmo salário base – o médico recebe 4 mil reais por 20 horas semanais e o dentista 2 mil reais pelo mesmo tempo de trabalho. Essa disparidade está na soma do IDQ (Incentivo ao Desenvolvimento de Qualidade) e na Gratificação de Risco.



A greve de amanhã é por tempo indeterminado e as negociações devem se estender pelo próximo mês. O SISMUC encaminhará duas propostas à administração de Curitiba e espera um diálogo avançado. A principal divergência está no fato da administração manter a diferenciação entre as profissões.



BASTIDORES



Ontem, por volta das 22h os manifestantes conversavam dentro do prédio público – Prefeitura Municipal de Curitiba. Enquanto a papo rolava nas partes internas do estabelecimento, o pessoal do megafone não deixava barato. Com palavras de ordem e música alta, escutavam-se as reivindicações dos funcionários públicos.



Um fato chamou a atenção! Num determinado momento o ‘mestre de cerimônia’ começou a gritar: “mas o que é isso prefeito, não podemos comer dentro da prefeitura? Mas essa não é a casa do povo?”. Explicamos o fato: o que aconteceu foi que devido ao período em que os funcionários estavam no prédio, sentiram fome e pediram pizza. Porém, o pedido de pizza acabou em ‘pizza’, já que a guarda municipal barrou o entregador.



Fiquem por dentro da greve no site: http://www.sismuc.org.br/

Clube de Criação do Paraná promove Sessão Piruá

Vai ter pipoca e refrigerante à vontade para comemorar a volta da Sessão Piruá em Curitiba. Está marcado para 4 de outubro, às 19h30, no Canal da Música (Rua Julio Perneta, 695 – Mercês), a apresentação de vídeos vencedores do Festival de Cannes Lion (2011), com comentários de Cláudio Freire (CCZ) e Victor Afonso (Master).

Haverá interação entre uma apresentação e outra, em que os participantes poderão sugerir se o filme exibido é ouro, prata ou bronze. Cláudio Freire e o Victor Afonso farão a mediação para ver o acerto dos participantes. Tudo isso em meio a muita pipoca e ‘refri’ à vontade.

Quem quiser participar deve realizar a inscrição o quanto antes, já que as vagas são limitadas. Os Sócios do CCPR pagam R$ 5,00 e não sócios R$ 10,00. As inscrições devem ser feitas pelo email ccpr@ccpr.org.br , com nome no corpo da mensagem, e o pagamento deve ser antecipado. Mais informações: 41 3331-7450

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Livros de Jornalistas

Livro 1: “Ayumi – Caminhos Percorridos” – 2ª edição

Esta obra de autoria dos jornalistas Claudio Seto e Maria Helena Uyeda terá sua 2ª edição lançada nesta terça feira (20), às 19h30, no Hara Palace Hotel – salão 3 – Rua 24 de maio, 765, Curitiba. Junto à obra, também haverá lançamento do documentário “O Samurai de Curitiba” – curta metragem de Rober Machado e José Padilha – sobre o desenhista Claudio Seto e suas histórias em quadrinhos publicadas nas editoras Edrel e Grafipar. Os eventos são homenagens a Seto, que faleceu em novembro de 2008.

Livro 2: Jornalista Ricardo Voltolini em Curitiba

O tema sustentabilidade é debatido diariamente em praticamente todos os meios de comunicação do país. Seguindo a atual tendência, o jornalista e escritor Ricardo Voltolini nos mostra como dez dos principais empresários da área de sustentabilidade pensam. “Conversas com Líderes Sustentáveis – o que aprender com quem fez ou está fazendo a mudança para a sustentabilidade” será lançada quarta feira (21), às 19h, na 11ª Feira de Gestão – FAE Centro Universitário (Rua 24 de maio, 135 – Centro – Curitiba).

A 11ª edição a Feira de Gestão da FAE acontece de 20 a 22 de setembro, no campus Centro da FAE. O evento traz modelos inovadores e soluções de gestão para as áreas de saúde, habitação, mobilidade, inclusão e energia - alguns dos Desafios do Milênio propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU). A entrada é gratuita, mas as vagas para as palestras e painéis são limitadas. Mais informações e inscrições pelo site www.fae.edu/feira.

Os limites da campanha contra a corrupção

Ao repelir a política, as manifestações contra a corrupção jogam uma cortina de fumaça no problema real e não incidem sobre as disputas em curso que podem atacar a farra nos cofres públicos. E recebem amplo destaque de uma mídia que não está muito interessada em desvendar as causas da corrupção.

As comemorações de Sete de Setembro foram marcadas, em meia centena de cidades brasileiras, por protestos contra a corrupção. É algo muito positivo. Ninguém tem de se conformar com os constantes roubos e desvios de verba que fragilizam os orçamentos públicos e fazem a festa de dirigentes políticos, altos funcionários e empresários amigos. Corrupção é um tema incendiário. Provoca indignação, raiva e um sentimento de apodrecimento generalizado das instituições políticas.

No entanto, as manifestações foram frustrantes.

Baixa adesão
Convocadas pela internet, em especial pelas redes sociais, os protestos tiveram pouca adesão em relação às expectativas dos ativistas virtuais. Em Brasília, eram esperadas 26 mil pessoas que confirmaram participação via Facebook. Os números divergem. O jornal O Estado de S. Paulo fala na participação de 25 mil, a Folha destaca a adesão de 12 mil e André Barrocal, aqui na Carta Maior, aponta que ,em seu início, o protesto reunia duas mil pessoas. Em São Paulo, das 21 mil aguardadas, apenas 700 apareceram para se manifestar na avenida Paulista.

Não se propõe aqui discutir a convocação de eventos coletivos através de laptops, smartphones, tablets e computadores de mesa.

O problema principal das marchas não é a baixa adesão, mas a diretriz que têm adotado.

Ativistas do PT, do PSDB, do PSOL, do PSTU e do PCdoB que tentaram abrir faixas e bandeiras de suas agremiações foram hostilizados. Alguns dos incentivadores das passeatas alegam que isso macularia seu tom apartidário. Há um viés nesse tipo de movimento, de considerar a corrupção algo inerente ao mundo político. Bingo! Se o caso é esse, neguemos a política!

Aí os problemas se escancaram.

Udenismo
As campanhas pela lisura no trato da coisa pública, como se falava em outros tempos, têm história no Brasil. É uma bandeira social mais do que justa. Mas em várias ocasiões foram desfraldadas pela direita, que sempre tentou dar ao problema uma conotação apenas moralista e não como parte das disputas de interesses na sociedade e da influência que grupos empresariais têm junto ao poder político.

A União Democrática nacional (UDN), por exemplo, partido conservador existente entre 1945 e 1964, notabilizou tanto a prática, que o termo “udenismo” passou a classificar o moralismo estéril contra a corrupção.

Descolados do mundo real, roubos, desvios, favorecimentos e comportamentos assemelhados viram uma questão da honestidade pessoal de cada um, da existência ou não de homens e mulheres de bem, lastreados em sólidos valores morais na gestão do Estado. Há uma simplificação quase infantil nisso e algumas decorrências perversas.

A simplificação está em se dividir o mundo entre pessoas de bem e gente do mal, como nos filmes de aventura. As decorrências estão, em primeiro lugar, em achar que a corrupção é um problema dos indivíduos que estão a cargo dos negócios do Estado, algo de natureza privada. E segundo, a corrupção passa a ser visto como efeito sem causa, uma coisa ligada à metafísica. Existe o político que se vende, mas não existe comprador ou corruptor. O empreiteiro ou banqueiro que azeitou engrenagens da máquina pública com dinheiro farto raramente aparece. Se aparece, não é indiciado. Nessa querela, vence o melhor. O melhor advogado, geralmente o mais caro.

O trato moralizante no combate à corrupção simplifica o problema. Trata desvios como questões de foro íntimo e do caráter de cada um. Para combater a corrupção não seria necessário mudar nada. Apenas trocar as pessoas desonestas por indivíduos honestos e botar os corruptos na cadeia. O mundo como ele é, as desigualdades sociais, as relações de poder e tudo o mais podem seguir adiante.

Público e privado
O corruptor, na maioria dos casos, não faz parte da esfera pública, mas da vida empresarial, logo privada. Como dinheiro privado é da conta de cada um – não se pergunte de onde veio – não há nada a condenar. Daí os raríssimos casos de empresários e banqueiros julgados por terem participado de esquemas suspeitos envolvendo o poder público.

Há uma lógica liberal nisso tudo. A corrupção no aparelho de Estado é condenada, mas sua equivalente no mundo privado, não. É bom lembrar que um dos argumentos para a desbragada venda de estatais nos anos 1990 era o fato de elas serem foco de corrupção, o que, deduzia-se, não ocorreria em empresas privadas, movidas pela eficiência e busca de resultados.

Na dinâmica simplista, a corrupção é algo característico dos “políticos” e própria do Estado. Quanto menos “políticos” e quanto menos Estado, menos corrupção.

Assim, nada mais lógico que partidos – organismos “políticos” próprios para a disputa do poder de Estado – sejam expulsos das marchas. É bom sempre lembrar que uma das ideias disseminadas na época do golpe de 1964 foi a de que colocar as forças armadas no comando do governo evitaria sua contaminação pela política e pelos “políticos”.

Financiamento privado
O principal fator de corrupção na área pública reside no financiamento privado de campanhas. O funcionamento básico é conhecido: empresas (bancos, empreiteiras, agências de publicidade e outras que prestem serviços ou forneçam materiais ao Estado) fazem polpudas doações a candidatos antes das eleições. Estes, eleitos, devolvem o favor na forma de vultosos contratos, que quase sempre demandam aditamentos e complementações orçamentárias. Muitas vezes, um administrador sequer precisa fazer planos de governo ou de investimentos. As empresas já apresentam projetos, que são materializados em obras de infraestrutura de duvidosa necessidade ou inexplicáveis alocações de recursos.

Alguns dos que mais vociferam contra a corrupção – imprensa, empresários e políticos conservadores – são contra o financiamento público de campanha. Seria uma medida saneadora. A alegação é que dinheiro público não pode alimentar gastança de candidatos.

Trata-se de uma cortina de fumaça. O financiamento público, além de representar um gasto menor diante das negociatas viabilizadas pela troca de favores entre empresas e governos, estabeleceria o fim das campanhas milionárias e a disparidade que leva os mais ricos a terem melhores chances nas disputas. Seria também o fim do caixa 2 e dos “recursos não contabilizados”.

Rejeição no Senado
Como se sabe, O PL 268, que estabelecia o financiamento público foi rejeitado no final de agosto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal. Os que impediram a tramitação da matéria são os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Pedro Taques (PDT-MT), Francisco Dornelles (PP-RJ), Sérgio Petecão (PMN-AC), Alvaro Dias (PSDB-PR), Demóstenes Torres (DEM-GO), Armando Monteiro (PTB-PE), Ciro Nogueira (PP-PI) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA). São alguns dos mais alardeiam casos de corrupção existentes no governo. Continuarão a demonstrar indignação nas telas de TV e páginas de jornais. Mas se opuseram à criação de um mecanismo que teria consequências devastadoras contra a promiscuidade público-privada (PPP) na administração pública. Não resolveria o problema, mas seria um bom começo.

Tal comportamento encaixa-se perfeitamente ao tom despolitizado das marchas do Dia da Pátria. Desmembra-se o efeito da causa, faz-se muita espuma e daí nada.

Ao repelir a política, as manifestações jogam uma cortina de fumaça no problema real e não incidem sobre as disputas em curso que podem atacar a farra nos cofres públicos. E recebem amplo destaque de uma mídia que não está muito interessada em desvendar as causas da corrupção.


Gilberto Maringoni, jornalista e cartunista, é doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP) e autor de “A Venezuela que se inventa – poder, petróleo e intriga nos tempos de Chávez” (Editora Fundação Perseu Abramo).

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

SINDIJOR-PR realiza Assembleia

Na noite de ontem, dia 15 de setembro, o Sindijor-PR realizou a Assembleia Geral Extraordinária para definir os temas a serem apresentados como pautas de reivindicações para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria. Com a data base quase chegando, os presentes na plenária definiram temas pontuais e limitaram a quatro pontos os pleitos desse ano. Os debates se estenderam às atuais condições de trabalho dos profissionais no Paraná, e agora a direção da entidade aguarda as pautas dos colegas vinculados ao Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná para apresentar oficialmente a pauta aos sindicatos patronais.

Liberdade de Expressão 1: Justiça proíbe circulação de revista em BH

A revista Viver Brasil foi obrigada a recolher das bancas de Nova Lima, município da Grande Belo Horizonte, a edição publicada em 26 de agosto. A Justiça acatou a reclamação do prefeito Carlos Rodrigues (PT). Segundo o político a matéria denegria a sua honra. Já a posição do veículo de comunicação é de que a matéria apurou irregularidades que envolvem desvio de dinheiro público, nepotismo, superfaturamento de obras, além de outras informações com base nas denúncias movidas pelo Ministério Público Federal, Tribunal de Justiça de Minas Gerais e Polícia Federal. Já a juíza Adriana Garcia Rabelo, da 1ª Vara Cível de Nova Lima explicou que a matéria de capa da revista extrapolou os limites da narrativa.

Fonte: Comunique-se

Liberdade de Expressão 2: Jornalista é agredida e desmaia em delegacia

De acordo com Portal O Norte, de Araguaína – Tocantins, a empresária e jornalista Silene Borges, proprietária da TV Líder (Rede TV), foi agredida por seguranças do governador Siqueira Campos. O fato ocorreu durante lançamento dos programas Reluz e Nossa Oportunidade, quando a profissional recebeu uma cotovelada em local que havia passado por cirurgia cardíaca.

Em depoimento na delegacia de Araguaína, Silene explicou que tinha entrevista exclusiva agendada por meio da Secretaria de Comunicação. Após a agressão, a jornalista teve um princípio de infarto, sendo conduzida ao Hospital Regional da cidade.

Sindijor

O representante do Sindicato dos Jornalista Profissionais de Tocantins, Alberto Rocha, declarou não compactuar com atitudes como esta vindas do poder público, acrescentou ainda que “não aceitará iniciativas repressivas ao trabalho da imprensa como na época da ditadura”.

Fonte: Portal O Norte

‘Chutamos a bunda dos policiais!'

por Clara Roman

Uma operação da Polícia Federal foi frustrada hoje por um cordão de estudantes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que impediu a entrada dos agentes. Segundo estudantes, a PF entrou no campus à paisana e sem mandado judical para levar equipamentos de uma rádio comunitária organizada por alunos. A Rádio Muda, alvo da operação, é um dos principais meios de comunicação usados pela comunidade acadêmica na Unicamp, segundo Carolina Filho, estudante de Ciências Sociais e coordenadora do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade.

A operação ocorreu às 11h30 da quinta-feira 15. Segundo a estudante, não foi a primeira vez que a polícia tenta fechar a rádio, que não é oficializada. “Para os estudantes, é sempre mal vista a entrada da polícia no campus”, diz Carolina. Como o episódio já havia acontecido outras vezes, os alunos já estavam em alerta quanto a possíveis abordagens de policiais à paisana – provavelmente com intenção de sondar o ambiente.

Quando perceberam a aproximação, alunos da rádio se uniram para impedir a passagem. Estudantes que passavam pelo local se uniram, formando um aglomerado de cerca de 30 pessoas. Os policiais foram embora, mas indicaram que retornariam com o mandado.

A Rádio Muda existe há mais de 10 anos e foi criada pelos próprios estudantes. Atualmente, conta com mais de 200 programadores, que tocam uma programação de hip-hop, MPB, reggae, rock, heavy metal, samba, hard-core e noise e falam sobre “futebol, esperanto e movimentos sociais” , segundo o site da instituição. Surgiu a partir de uma iniciativa de estudantes da Física e Engenharia Elétrica em 1994 e desde 1999 sua transmissão atinge diversos bairros da zona Norte de Campinas.

No site da emissora, há relato de operações anteriores, em que equipamentos foram levados. Sobre o episódio desta quinta-feira, postaram: “Chutamos a bunda dos policiais!” e “Rádio Muda 4 X 1 PF+Anatel”. A rádio divulga também uma campanhas contra os grandes conglomerados da comunicação e pela democratização da radiodifusão. Conhecidas por muitos como rádio piratas, a Muda autodenomina-se como rádio livre. Segundo eles, não permitir funcionamento do veículo vai contra o artigo 5 da Constituição Brasileira: “É livre a expressão da atividade intelectual, artística, cientifica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.”

A entrada de policiais (estes militares, ligados ao governo estadual) no campus da Universidade de São Paulo (USP) também mobilizou estudantes no início do ano, depois do assassinato de estudante Felipe Ramos de Paiva. Após o crime, a reitoria da instituição fechou acordo com a PM paulista que, a partir de então, pode atuar normalmente na Universidade e fazer patrulhamentos. Antes, sua entrada só era permitida se fosse solicitada em alguma ocorrência. Na época, o DCE da USP se manifestou contra a decisão.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Rio terá ato contra corrupção da velha mídia

Em São Paulo, milhões de reais da educação desviados para compra, sem licitação, de jornais e revistas a serem distribuídos em escolas; no Rio, festas com dinheiro público nas mãos de firmas ligadas a grandes empresas de comunicação; em Brasília, negócios obscuros entre revistas semanais e políticos acusados de roubo; em todo o país, contratos suspeitos entre associações esportivas e canais de televisão.

Não é só na Inglaterra que isso acontece. O Brasil também tem seus corruptores midiáticos.

Depois de dizer que não emprega jornalistas, Portal Terra quer reunião com o Sindicato

A divulgação da matéria Portais IG e Terra afirmam que nas empresas não trabalham jornalistas que obteve mais de sete mil acessos em três dias - recorde absoluto no site do Sindicato, com forte repercussão na categoria, fez com que o Portal Terra entrasse em contato com a entidade para marcar reunião. O teor do encontro não foi definido, mas presume-se que seja o “reconhecimento” da existência de jornalistas no portal e a regularização da situação dos profissionais.

Leia na íntegra - http://bit.ly/riQdS3

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Amanhã Assembleia Geral Extraordinária - 15/09/2011

I Fórum Paranaense de Educomunicação começa amanhã

*Evento terá transmissão ao vivo

Acontece nesta quinta e sexta-feira, dias 15 e 16 de setembro, o I Fórum Paranaense de Educomunicação, o #forumeducom. Promovido pela Ciranda – Central de Notícias dos Direitos da Infância e Adolescência e pelo Ponto de Cultura Educamídia, a iniciativa tem o propósito de disseminar e fortalecer no estado o uso e pesquisa sobre educomunicação nas escolas ou em espaços não formais de educação. O encontro será realizado na Universidade Positivo (auditório 1 do Bloco Azul) a partir das 8h.

A primeira parte do evento terá transmissão online ao vivo. Os internautas poderão acompanhar as mesas de debate que acontecem na manhã de quinta-feira. O link para transmissão será postado no www.forumeducom.com.br

Conheça a programação.

Sindijor-PR notificará empresas que descumpriram cláusula da CCT

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR), Subseção Cascavel, notificará as empresas Sociedade Equatorial (Gazeta do Paraná e Central Gazeta de Notícias - CGN) e CATVE (Fundação Canal 20), ambas de Cascavel, por descumprirem a cláusula quarta, parágrafo terceiro da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) vigente. Ambas se recusaram a pagar seus trabalhadores jornalistas o retroativo referente à Convenção 2010-2011. Segundo acordo firmado entre o Sindicato dos Jornalistas e os Sindicatos patronais: “as diferenças salariais devidas aos jornalistas desde o vencimento da data-base (1º de outubro de 2010), no percentual de 5% (reajuste pelo INPC de 4,68%; mais aumento real de 0,32%), serão repassadas numa única parcela a ser paga até a folha de pagamento do mês de agosto de 2011, incidindo sobre os meses de outubro, novembro, dezembro de 2010; janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho e julho de 2011; décimo terceiros salário e, eventualmente, reflexos em férias e terço das férias”.

O prazo para o pagamento destas diferenças decorreu no dia 8 de setembro. Por não honrarem o compromisso firmado na atual CCT, as empresas receberão as notificações dentro dos próximos dias. O Sindicato orienta que a situação seja regularizada dentro de cinco dias úteis a contar do recebimento das notificações, caso contrário o Sindijor-PR tomará as medidas judiciais cabíveis para que os trabalhadores recebam o que tem por direito. A Convenção Coletiva de Trabalho vigente pode ser visualizada neste link

Sindijor-PR lança 6.º Prêmio Sangue Bom, edição 2011



O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná abriu o prazo de inscrições ao 6.º Prêmio Sangue Bom do Jornalismo Paranaense. Criada em 2005 para comemorar os 60 anos de fundação da entidade, a promoção é a contribuição do Sindicato para o reconhecimento do esforço dos trabalhadores jornalistas que, no seu trabalho diário e incansável, sob difíceis condições de trabalho ofertadas pelos empresários do setor no Paraná, produzem conteúdo informativo de qualidade e eticamente responsável. O concurso vai inscrever em oito categorias: Reportagem Impressa (jornal/revista); Reportagem para Rádio; Reportagem para Televisão; Reportagem para Internet; Fotografia; Artes (inclui ilustração/charge, cartoons, caricaturas e quadrinhos); Página Diagramada (jornal/revista); Projeto para Assessoria de Imprensa. A publicação/veiculação deve ter ocorrido entre 12 de novembro de 2009 a 31 de dezembro de 2010. A novidade na edição 2011 fica por conta da abertura para a participação de diagramadores que não são contratados como tais nas empresas. “Essa é uma forma de o Sindicato reconhecer os trabalhadores aviltados pelos empregadores que burlam a legislação para remunerá-los abaixo do piso normativo”, explica Márcio Rodrigues, presidente do Sindijor. Nas demais categorias, no entanto, vale o estabelecido no ano passado, ou seja, somente poderá participar da promoção o jornalista profissional diplomado filiado à entidade e em dia com suas contribuições sindicais. Para ler o regulamento, baixar a ficha de inscrição e preparar o material para participar do 6.º Prêmio Sangue Bom clique aqui.



terça-feira, 13 de setembro de 2011

Concurso FAB – remuneração acima de R$ 5 mil para jornalistas

A Força Aérea Brasileira (FAB) está com inscrições abertas até 15 de setembro para admissão de profissionais com formação superior em diversas especialidades. Para Jornalismo há oportunidade, neste edital, de 6 vagas, com remuneração acima de R$5 mil reais.

Mais informação pelos telefones (31) 9119-5637 / (31) 4009-5226 ou neste link


No Estadinho, o último a sair que apague a luz

Uma pena! Mas a “Escola de Jornalismo” do jornal O Estado do Paraná está mesmo com os dias contados. Vem chegando à sua fase derradeira e “os últimos dos moicanos” estão esperando apenas a ordem de apagar as luzes. A tensão entre os profissionais que estão por lá é grande. A única certeza é de que o clima é para velório. Nos áureos tempos das sucursais, chegou a contar com um número próximo de 200 jornalistas. Hoje, não chega a 50, incluindo nessa lista os profissionais da diagramação. O grupo do ex-governador, ex-quase de tudo, Paulo Pimentel demonstra ter intenções de manter em torno de 35 na Tribuna, seu projeto mais viável do ponto de vista econômico. Mas a “alternativa” do Estadinho mesmo, agora lida apenas na versão digital, deve fechar. Alternativa, claro, dentro da briga de caciques e de valorização de passes da tradicional política paranaense. Os profissionais da labuta diária é que garantiam a qualidade da informação, em meio às piscadas da linha editorial do dono, e o Estadinho chegou a ser considerado “Escola de Jornalismo” porque levou muito a sério esse ofício e “formou” muitos dos melhores jornalistas paranaenses. O jornal O Estado do Paraná se resume agora à editoria política do Paraná-Online, equipe, por exemplo, que foi responsável por furos de reportagem como aquele dos supersalários do Tribunal de Justiça (TJ-PR).

Leia na íntegra: http://bit.ly/oSiF7U