terça-feira, 22 de setembro de 2009

Agressões a jornalistas marcam crise em Honduras

Da Fenaj

As tensões em Honduras aumentaram com o retorno do presidente deposto Manuel Zelaya nesta segunda-feira (21/9). Um dos mentores do golpe militar de 21 de junho passado, o presidente interino Roberto Micheletti decretou novo toque de recolher. Jornalistas hondurenhos prosseguem sendo vítimas de ameaças e agressões à liberdade de imprensa.Condenado pela comunidade internacional, o golpe em Honduras teve destaque na imprensa brasileira nos dias que sucederam a deposição de Zelaya.

Depois ficou relegado a pequenos registros no noticiário. Mas voltou às manchetes com o retorno de Zelaya a seu país três meses após o golpe e seu abrigo na Embaixada do Brasil.Decretado o toque de recolher em Honduras, um grande contingente de militares está nas ruas para reprimir as manifestações dos apoiadores de Zelaya.

A crise hondurenha está sendo acompanhada pela imprensa mundial.No sábado (19), o jornalista catarinense Celso Martins enviou um alerta à Fenaj e ao Sindicato dos Jornalistas de seu Estado. “Ontem, sexta-feira, 18.9.2009, foi um dia particularmente difícil para os jornalistas hondurenhos que se alinham com a resistência ao golpe de estado. Muitos têm sido presos, perseguidos, demitidos ou constrangidos a realizar as coberturas sob o ponto de vista dos golpistas. Tentam tirar do ar as emissoras de televisão canais 11 e 36 e a rádio Globo Honduras. A rádio Progressos opera com dificuldades. O quadro é grave. A tensão aumenta a cada dia. Existem ameaças de morte contra jornalistas”, disse.

Martins vem denunciando a situação hondurenha e apoiando a resistência por intermédio do blog http://honduraselogoali.blogspot.com/. Ele registra que outras fontes que acompanham constantemente tal situação são a Telesur, Cuba Debate, La Jornada, Prensa Latina e o diário Tiempo.

“Existem outras fontes jornalísticas que podem ser consultadas para confirmar a gravidade do que acontece em Honduras, a saber: http://www.defensoresenlinea.com/cms/; http://www.honduraslaboral.org/; http://hablahonduras.com/; http://voselsoberano.com/.

A Fenaj encaminhou as denúncias para a Federação dos Jornalistas da América Latina e do Caribe (Fepalc) e para a Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) solicitando apoio aos colegas jornalistas e ao povo hondurenho.

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