A assembleia de ontem (13), em quatro cidades da base do Sindijor, rejeitou, por esmagadora maioria, a proposta patronal de fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho com mero repasse da inflação (4,68%, retroativo a outubro de 2010). Cansados das negativas, os jornalistas presentes às sessões realizadas em Curitiba, Ponta Grossa, Cascavel e Foz do Iguaçu deram um basta à monotonia de dizer sempre sim à pressão patronal e insistiram em forçar os patrões a ceder um reajuste com aumento real.
Nada de ganho real é uma humilhação que a categoria não aceita mais. Enquanto o piso perde valor, as tabelas de publicidade são majoradas ano a ano, o preço de capa dos jornais teve aumento de no mínimo 100%, a audiência é superior em todos os segmentos dos meios eletrônicos, os jornalistas acumulam funções e responsabilidade, seu poder de compra vem sendo corroído pela inflação e pelo estrondoso arrocho salarial imposto há 14 anos à categoria. Enquanto isso, aumento real é realidade para quase todos os trabalhadores.
Capitular, admitindo a perda de direitos conquistados nas últimas seis diretorias e mantidos mesmo com imensa pressão do baronato da mídia, é coisa inaceitável. É hora de dizer basta às indecorosas e absurdas propostas patronais. Os jornalistas já cederam muito além de sua capacidade de dialogar.
Exigimos aumento real
Jornalistas, unidos e conscientes do seu potencial, vão dizer um “basta” aos representantes patronais que mostram falta de caráter ao mentir na negociação e contestar informações verídicas, confirmadas pelo Projeto Inter-Meios, IVC, Rais e outros mecanismos de medição da atividade nesse setor da economia brasileira. Vamos à luta pelo aumento real. Exigimos respeito! Aumento real já!
Ações
Agora é hora de mobilizar. E no dia 1.º de julho, quando completaremos nove meses de intransigência dos patrões, vamos vestir roxo e preto, fazer paralisações nas redações e exigir respeito e mostrar amor próprio.
Além da volta do uso do preto e roxo e atos de protesto no cafezinho, está sendo preparado um ato de “anticomemoração” pelos nove meses de atraso na “gestação” da Convenção Coletiva, com a arrecadação de fraldas, para que sejam repassadas a uma instituição de atendimento a crianças carentes.
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