Da assessoria de imprensa do Sindijor-PR:
Depois de doze anos sonegando aumento real, barões da mídia paranaense querem instituir o achatamento de salários e a contratação de pessoas sem formação
Jornalistas paranaenses vão se reunir na próxima quinta-feira, dia 22, a partir das 14h30, em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (Rua José Loureiro, esquina com Travessa da Lapa), em Curitiba, para protestar contra a proposta patronal para a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria para o período de outubro de 2009 a outubro de 2010. Será antes da mesa-redonda entre os Sindicatos dos Jornalistas (do Paraná e de Londrina e Região Norte) e as entidades patronais de jornais, revistas, TV e rádio, prevista para começar às 15h.
A proposta patronal foi apresentada aos jornalistas com um atraso considerável – apenas no dia 6 de outubro, após a data-base da categoria, dia 1º –, e em termos absurdos: o piso salarial da categoria (hoje em R$ 1.961,81) seria congelado, e um novo piso, menor que o atual, seria criado.
A proposta vai além e pretende acabar com uma das principais conquistas da categoria, a jornada de trabalho, que, pela previsão da CLT (art. 303), é de cinco horas. A intenção dos patrões com a expansão da jornada é fazer a compensação por meio de banco de horas – um mecanismo perigoso e frequentemente desvantajoso para os trabalhadores.
Aproveitando-se da decisão do STF sobre a não obrigatoriedade do diploma – cujo acórdão sequer foi publicado e da qual o Ministério do Trabalho e Emprego ignora a extensão -, os patrões querem ainda extinguir a cláusula da Convenção que prevê a contratação exclusiva de formados, para poder abrigar nas redações pessoas sem formação.
Além de acintosa em si, trata com completo desprezo toda a proposta inicial dos jornalistas, apresentada há dois meses. Formulada em termos adequados à realidade dos veículos de comunicação do Estado, o pleito dos trabalhadores inclui a reposição da inflação (4,54%), aumento real de 5,5% (como aconteceu para 77% das categorias de trabalhadores no 1º semestre deste ano) e a implantação de vale-alimentação, item básico, hoje fora da realidade de quase todos os jornalistas do Estado.
REALIDADE DURA
Um dos mais rasos argumentos dos patrões é de que o jornalista paranaense tem o maior piso salarial do país, ou seja, empresários que faturam mais e mais, mesmo em tempos de crise, acham que o jornalista “ganha demais”. O que eles não contam é que o jornalista paranaense, em média, ganha 30% a menos que um colega seu empregado no mercado do Rio de Janeiro ou de São Paulo, ou metade do que recebe um jornalista que trabalha em Brasília. Também não mencionam que hoje o piso salarial dos jornalistas (R$ 1.961,81) está abaixo do salário mínimo necessário calculado pelo Dieese (R$ 2.065,47).
Não bastasse pretender diminuir o piso salarial, que não tem aumento real há 12 anos, a intenção patronal é extinguir o anuênio, adicional de 1% por ano trabalhado na empresa, que hoje é o único mecanismo efetivo de expansão da renda do trabalhador ao longo de sua carreira. A perda seria agravada com o banco de horas, que não traz benefícios financeiros ao trabalhador. A possibilidade de contratação de pessoas sem formação tende ainda a minar deteriorar as condições de trabalho e a remuneração.
Manifestação na mesa-redonda com patrões
Quando? Dia 22 de outubro, quinta-feira, a partir das 14h30.
Onde? Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE, antiga DRT, Rua José Loureiro, 574, esquina com Travessa da Lapa, Centro de Curitiba).
Depois de doze anos sonegando aumento real, barões da mídia paranaense querem instituir o achatamento de salários e a contratação de pessoas sem formação
Jornalistas paranaenses vão se reunir na próxima quinta-feira, dia 22, a partir das 14h30, em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (Rua José Loureiro, esquina com Travessa da Lapa), em Curitiba, para protestar contra a proposta patronal para a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria para o período de outubro de 2009 a outubro de 2010. Será antes da mesa-redonda entre os Sindicatos dos Jornalistas (do Paraná e de Londrina e Região Norte) e as entidades patronais de jornais, revistas, TV e rádio, prevista para começar às 15h.
A proposta patronal foi apresentada aos jornalistas com um atraso considerável – apenas no dia 6 de outubro, após a data-base da categoria, dia 1º –, e em termos absurdos: o piso salarial da categoria (hoje em R$ 1.961,81) seria congelado, e um novo piso, menor que o atual, seria criado.
A proposta vai além e pretende acabar com uma das principais conquistas da categoria, a jornada de trabalho, que, pela previsão da CLT (art. 303), é de cinco horas. A intenção dos patrões com a expansão da jornada é fazer a compensação por meio de banco de horas – um mecanismo perigoso e frequentemente desvantajoso para os trabalhadores.
Aproveitando-se da decisão do STF sobre a não obrigatoriedade do diploma – cujo acórdão sequer foi publicado e da qual o Ministério do Trabalho e Emprego ignora a extensão -, os patrões querem ainda extinguir a cláusula da Convenção que prevê a contratação exclusiva de formados, para poder abrigar nas redações pessoas sem formação.
Além de acintosa em si, trata com completo desprezo toda a proposta inicial dos jornalistas, apresentada há dois meses. Formulada em termos adequados à realidade dos veículos de comunicação do Estado, o pleito dos trabalhadores inclui a reposição da inflação (4,54%), aumento real de 5,5% (como aconteceu para 77% das categorias de trabalhadores no 1º semestre deste ano) e a implantação de vale-alimentação, item básico, hoje fora da realidade de quase todos os jornalistas do Estado.
REALIDADE DURA
Um dos mais rasos argumentos dos patrões é de que o jornalista paranaense tem o maior piso salarial do país, ou seja, empresários que faturam mais e mais, mesmo em tempos de crise, acham que o jornalista “ganha demais”. O que eles não contam é que o jornalista paranaense, em média, ganha 30% a menos que um colega seu empregado no mercado do Rio de Janeiro ou de São Paulo, ou metade do que recebe um jornalista que trabalha em Brasília. Também não mencionam que hoje o piso salarial dos jornalistas (R$ 1.961,81) está abaixo do salário mínimo necessário calculado pelo Dieese (R$ 2.065,47).
Não bastasse pretender diminuir o piso salarial, que não tem aumento real há 12 anos, a intenção patronal é extinguir o anuênio, adicional de 1% por ano trabalhado na empresa, que hoje é o único mecanismo efetivo de expansão da renda do trabalhador ao longo de sua carreira. A perda seria agravada com o banco de horas, que não traz benefícios financeiros ao trabalhador. A possibilidade de contratação de pessoas sem formação tende ainda a minar deteriorar as condições de trabalho e a remuneração.
Manifestação na mesa-redonda com patrões
Quando? Dia 22 de outubro, quinta-feira, a partir das 14h30.
Onde? Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE, antiga DRT, Rua José Loureiro, 574, esquina com Travessa da Lapa, Centro de Curitiba).
Um comentário:
Aplausos!!
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