quarta-feira, 4 de abril de 2012

Indignação: Governador Beto Richa desmonta TV e rádio públicas


Nesta quarta-feira (4), mais 25 trabalhadores da E-Paraná (nome fantasia para a Rádio e Televisão Educativa do Paraná) foram demitidos pela gestão do governador Beto Richa (PSDB).

Desde o início de 2011, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR) tenta, em vão, dialogar com o governo Beto Richa. O sindicato foi por quatro vezes até o secretário Marcelo Cattani (Comunicação Social), para tentar resolver essa questão.

O Sindijor-PR exige que o governo do Paraná assuma sua responsabilidade e promova concurso público para ocupar as vagas (cerca de 150) de jornalistas para atuar em ambas as emissoras públicas do Paraná.

O último concurso que contratou pessoal para a RTVE aconteceu ainda no século XX --lá se vão mais de vinte anos. É impossível haver uma comunicação pública de qualidade sem que haja um quadro de profissionais equivalente a tamanha responsabilidade.

Ao invés disso, o secretário, e, por extensão, o governador, adotaram uma série de práticas no mínimo questionáveis como, por exemplo: 1) Demitiram quem tinha o nome supostamente ligado ao governo anterior; 2) Demitiram outros 40 trabalhadores ao romper um convênio entre RTVE e a Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar), para fornecimento de pessoal - a fundação da UFPR realizou teste seletivo e forneceu a mão-de-obra especializada à emissora; 3) Recontrataram as mesmas pessoas demitidas da Funpar pagando cachê.

Como pode o poder público agir com tal irresponsabilidade? O Sindicato dos Jornalistas exige que seja aberto imediatamente um canal de diálogo com o governo Beto Richa para que seja esclarecida a situação na RTVE/E-Paraná e apresentado um calendário para a realização do concurso público e preenchimento das vagas.

Um meio de comunicação complexo como uma emissora de televisão, ou emissora de rádio, precisa de profissionais em grande número e conhecimento técnico para cumprir sua função social. Meios como rádio e TV precisam de jornalistas e radialistas para colocá-los no ar e manter uma programação de qualidade.

Não à terceirização! Não à exploração dos trabalhadores via cachê! A televisão e a rádio públicas do Paraná são patrimônio do povo, e o Sindijor-PR exige que assim sejam tratadas. Com responsabilidade e qualidade na gestão da coisa pública.

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná
Gestão “Sindicato é uma questão de classe”

6 comentários:

Anônimo disse...

A funpar foi mais que provado que era irregular seus contratos,mais irregular foi a gestao do sr Marcos Batista na frente da emissora juntamente com sua trupe de gabinete,funcionarios ate hoje da codapar que criaram todas esta situacao com caches etc,alem de compras sem licitacao ,um desmando total as demissoes e cafe pequeno para o que ocorreu na tv educativa

Anônimo disse...

Engraçado, o Sindijor critica a demissão na rtve, mas tem um membro da sua diretoria babando ovo na gestão da TV!!!!

Anônimo disse...

http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2012N22895
Abaixo-assinado PELO INTERESSE PÚBLICO: RTVE DO PARANÁ É CULTURA - E NÃO APARELHO DE PROPAGANDA OFICIAL E PROSELITISMO POLÍTICOPara:Governador do Paraná, Carlos Alberto Richa; Deputados Estaduais do ParanáPELA PRESERVAÇÃO DA RÁDIO E TV EDUCATIVA DO PARANÁ NA SECRETARIA DA CULTURA
CONTRA A PEC nº 001/12 DO GOVERNO DO PARANÁ À ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Em nome do interesse público, cidadãos e contribuintes abaixo-assinados vêm por meio deste expediente peticionar ao governador do Paraná, Carlos Alberto Richa, para que retire da Assembleia Legislativa a PEC - Proposta de Emenda Constitucional nº 001/12 de 27/03/12 por meio da qual pretende o governo do Paraná desvincular a Rádio e Televisão Educativa (RTVE) da Secretaria de Estado da Cultura para vinculá-la à Secretaria de Estado da Comunicação Social, alterando o Artigo 24 das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Estadual.
Tal PEC contraria o interesse público por descaracterizar e desvirtuar a finalidade precípua das emissoras educativas públicas estatais, desfigurando sua natureza cultural e educacional para subordiná-las ao aparato ideológico de propaganda governamental caracterizado pelo proselitismo político com fins eleitoreiros. É de se estranhar que tal proposição seja levada a cabo pelo governo estadual de forma unilateral e antidemocrática, sem prévio, amplo e transparente debate com a principal interessada no assunto – a sociedade civil paranaense – por meio de audiências públicas e consultas às entidades diretamente envolvidas com a cultura, educação, pedagogia, gestão governamental, comunicação social, direito e a intelectualidade.
Caso o Poder Executivo Estadual não retire a referida proposição, roga-se aos Senhores Deputados Estaduais que a desaprovem e rejeitem tal proposta esdrúxula, bizarra e extemporânea de modo a assegurar a preservação da RTVE como vinculada à Secretaria de Estado da Cultura, conservando assim a intenção original dos legisladores constituintes em ambiente e período caracterizados por mobilização e participação popular na elaboração legislativa.
Para elucidar o presente manifesto, vale prestar atenção ao que assinala o advogado e doutor em Direito do Estado (USP) Ericson Meister Scorsim em artigo publicado na Gazeta do Povo em 30/07/09: "As TVs educativas prestam um serviço público, razão pela qual estão obrigadas a servir ao público. Os cidadãos é que pagam, mediante seus impostos, a manutenção destas emissoras. Resta refletir se em contrapartida aos tributos pagos, os contribuintes recebem um serviço público de qualidade. Não é saudável para a democracia a vinculação dessas emissoras aos governos estaduais. A autonomia é fundamental para evitar a sua apropriação pelo poder econômico e político."
Segundo a Abepec – Associação Brasileira de Emissoras Públicas, Educativas e Culturais, estas devem estar a serviço da pluralidade, da inclusão social e da formação da identidade cultural, promovendo o respeito à inteligência, à sensibilidade e ao espírito crítico.
Espera-se de uma emissora educativa que contribua para a formação de saberes dos indivíduos a fim de proporcionar-lhes a construção e a acumulação de conhecimentos com autonomia intelectual que lhes permita uma inserção social efetiva, criativa e produtiva. Estes objetivos são incompatíveis com as intenções de uma pasta destinada a promover a versão oficial da história e a propaganda governamental. Assemelham-se sim à Cultura, que enobrece a existência humana pela experiência plural da plenitude da vida. Os signatários

Anônimo disse...

o plano da dupla Catani - Roldo é montar uma produtora particular que será contratada pelo governo para produzir os conteúdos para a tv educativa; os jornalistas da panela deles estarão na folha de pagamento dessa produtora - essa gente não quer saber de concurso público simplesmente porque nenhum deles tem capacidade para passar

Anônimo disse...

16 meses de governo e ainda não fez isso? Acho que eles não sabem o que fazem com a TV, isso sim. Publicitários nunca vão saber fazer uma tv com programação decente! Eu hein!

Anônimo disse...

Existem dois diretores do Sindicato dos JOrnalistas na TV Educativa. EStão lá por mérito, passaram em concurso público lá no passado, quando ainda havia concurso. Mas isso não é motivo para o Sindijor não entrar com ação pública contra a arbitrariedade do sr. Beto Richa. Ele criticou tanto o governo passado e está fazendo pior. O Requião usou a tv pública, mas sempre respeitou os jornalistas. Dá nojo de assistir à tv educativa hoje, está empregnada com matérias palacianas... piorou em termos editoriais... tudo mudou em ternos de estrutura. Demitiram mais de 150 profissionais (muitos puxas-sacos do Requião, mas muitos profissionais Funpar, que passaram em processo seletivo) e estão colocando somente cabos eleitorais do Beto Richa! Filho, do filho, do neto, do amigo, do brimo! Peraí! A Tv Educativa virou a casa da mãe Joana? Ou melhora-se ou Fecha de uma vez, porque dinheiro público não é capim!