O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná presta solidariedade à colega Gisah Batista, da RPC TV, vítima de injustificável e cruel ironia pública após a divulgação na internet nesta semana de uma entrada ao vivo no Paraná TV veiculada há cerca de um mês na qual aparece atendendo o celular para estabelecer contato com o link. A um só tempo, a jornalista da RPC TV foi vítima da falta de condições adequadas de trabalho e da intolerância aos erros (no caso, suposto) dos jornalistas em trabalho. Operando com uma unidade móvel que não conta com o “retorno”, Gisah estava sendo informada pelo celular de sua entrada ao vivo. No entanto, o aparelho sofreu uma interferência e a repórter teve de trabalhar “às escuras”, sem ter certeza sobre se estava ou não no ar. Imaginando que ainda não estivesse com o link sendo veiculado, atendeu ao telefone, supondo estar sendo chamada pela coordenação do link, como de fato estava. Internamente, a falha foi apontada como sendo da engenharia – e não da repórter, o que não impediu que, com a divulgação do vídeo na internet, surgissem ironias e boatos de que Gisah teria sido demitida, o que jamais foi cogitado pela emissora. “Por causa desta falha técnica fui tachada de incompetente, incapaz, mas estou com a consciência tranquila”, afirmou a jornalista, ainda surpresa com os boatos sobre demissão. Após a disseminação do vídeo no YouTube, nos blogs e twitter comentários maldosos e até agressivos foram a tônica, mas o que aborreceu Gisah foram as críticas veiculadas em sites jornalísticos, alguns dos quais nem procuraram informações detalhadas dela e da emissora. “Fiquei espantada com a forma como fui julgada sem se interessarem em saber o que realmente aconteceu”, disse a jornalista. Se é verdade que a RPC TV soube identificar a natureza da falha e eximir a jornalista de qualquer responsabilidade, é certo que a empresa não pode expor os jornalistas a condições de trabalho inadequadas, capazes de comprometer a qualidade do produto editorial e colocá-los em situações vexatórias. O “link cego” não foi mais usado pelos repórteres da RPC TV, também por insistência destes, que se recusaram a trabalhar com o equipamento. Que a RPC o aposente e permita que todos os jornalistas tenham condições adequadas de trabalho. À Gisah fica reiterada nossa solidariedade, pois poucos sabem os meandros do fazer jornalístico e os riscos a quem expõe a credibilidade todos os dias nos veículos de comunicação.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Sindijor solidário à jornalista Gisah Batista
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Jornalistas,
Solidariedade
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4 comentários:
Link cego? Que palhaçada!
Com toda a tecnologia disponível - e acessível - atualmente, expor um jornalista a estas condições é inadmissível.
Hoje em dia, tudo vem parar na internet. Uma falha ao vivo pode provocar uma mancha na carreira. Ainda bem que há espaço para esclarecimentos, embora seja pequeno.
O irônico disso tudo é um profissional de jornalismo criticar a postura de outros profissionais da categoria por não terem procurado saber o que de fato aconteceu. Digo irônico, não condenável.
Difícil ser vítima do mal que que usualmente é acusado de cometer (me refiro a toda a classe jornalística). Cara Gisah, bem vinda à prática do mau jornalismo. Mas nem todos são como os que te criticam.
Alessandro Weber
A Gisah não pode se abater. Ela é preparada e competente para passar por cima disso e seguir com a carreira, que tem tudo para ser brilhante. O importante é ter a retaguarda da empresa e, pelo jeito, ela teve. As piadas passam e daqui a pouco ela mesmo vai dar risada disso.
não tem justificativa.. o celular deveria estar no silencioso!
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