terça-feira, 10 de novembro de 2009

Trabalhadores param por aquilo que revolta também os jornalistas: descumprimento de CCT

Em São Paulo, trabalhadores da empresa de transporte urbano Sambaíba, responsável por 143 linhas de ônibus na região norte da capital paulista, realizaram na última quinta-feira uma paralisação por algumas horas. A razão: a empresa não quer cumprir cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho sobre vale-refeição e adiantamento salarial para acidentados no trabalho. Em Curitiba, trabalhadores da Companhia de Informática do Paraná (Celepar) prosseguem em greve desde quarta-feira passada, indignados com os constantes desrespeitos ao Acordo Coletivo de Trabalho fechado em junho. Entre os abusos aos direitos dos trabalhadores, estão violações aos auxílios creche e educação, além da implantação unilateral de um banco de horas pela empresa, cuja interpretação é sempre conveniente ao empregador. Os jornalistas têm sua convenção coletiva de trabalho desrespeita da dia a dia: salários abaixo do piso convencional, horas extras habituais e sem o devido adicional de 100% sobre a hora normal, ambientes insalubres para o trabalho (calor, falta de aeração, iluminação ruim) e móveis totalmente fora de qualquer padrão de ergonomia, causando com frequência doenças ocupacionais; nossa pauta para a nova CCT é desconsiderada, com uma contraproposta de perdas. Não será o momento de nos espelharmos nos companheiros de outras categorias que, país afora, dão uma resposta de consciência e mobilização aos patrões que só propõem supressão de direitos e desrespeito? Pense a respeito, mas desde logo se sinta convocado a participar da próxima sessão de discussão com os patrões sobre a CCT, que acontecerá no dia 17, às 14h, na sede do Sindijor-PR (rua José Loureiro, 211). Nenhum direito a menos!

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