Trecho de discurso do deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), na sessão ordinária da desta quarta-feira, dia 7 de abril de 2010, na Assembleia Legislativa do Paraná acerca do Dia do Jornalista
Senhor presidente, senhoras deputadas, senhores deputados. Venho à tribuna não na qualidade de líder do governo que ainda sou, pelo menos até que o nosso governador Orlando Pessuti encaminhe aqui um ofício escolhendo um outro líder, certamente, deputado Élio Rusch, vou estar aqui lealmente desempenhado a minha função de líder do governo, deputado Waldyr Pugliesi, que é o líder do nosso partido PMDB.
Eu digo isso porque vim aqui, hoje, como Presidente da Frente Parlamentar de Apoio ao Diploma para o Exercício da Profissão de Jornalista. Hoje, deputado Luiz Eduardo Cheida, estamos num dia especialmente bom para os jornalistas. Afinal de contas, dia 7 de abril, por conta que foi a data da fundação da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), aliás, entidade grandemente responsável pelas principais campanhas cívicas do país, hoje, comemora-se o dia do jornalista.
Sabemos o quanto é importante para poder divulgar aquilo que acontece neste parlamento a presença diária, cotidiana dos profissionais que aqui no comitê de imprensa da Assembleia Legislativa exercem uma profissão tão digna e importante para sociedade paranaense e brasileira.
Justamente num momento como este em que há uma grande luta para que os jornalistas possam fazer prevalecer aquilo que foi uma conquista da cidadania, ou seja, a exigência dos diplomas para o exercício da profissão de alguém que tenha que cursar de forma regular uma universidade, uma faculdade de comunicação social e aí com habilitação de jornalista.
Digo isso porque tenho um filho que escolheu essa carreira. Tenho muito orgulho de ter o meu filho Luiz como jornalista, mas, indiscutivelmente, o jornalista é uma pessoa que é quase que um generalista, ele acaba se especializando um pouco em tudo. Claro que setoriza do ponto de vista do exercício da profissão, mas, indiscutivelmente, alguém tem que processar a informação.
Nós temos que saber que a faculdade de Comunicação Social é fundamental para que não tenhamos profissionais, pessoas que na verdade vão acabar sendo confundidos com os chamados ‘opinadores profissionais’.
O jornalista é alguém que tem a capacidade justamente de poder de fato fazer com que aquilo que é noticia, aquilo que é informação chegue de uma forma absolutamente ética para que as pessoas possam tomar conhecimento da informação e, obviamente, do contraponto em relação aquela informação, se for o caso.
Agora, indiscutivelmente, penso que o Congresso Nacional está debruçado. E aí temos que reconhecer o trabalho que vem sendo feito pela Federação Nacional dos Jornalistas e dos sindicatos que encamparam essa luta pela obrigatoriedade da retomada do diploma, por meio de duas propostas de emenda constitucional, que tramitam atualmente no Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal).
Há de se reconhecer, aqui no caso paranaense do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná, no ano passado ainda, ou seja, com as demais lideranças, puxamos um movimento de criar a frente parlamentar do diploma.
Temos em preparação uma audiência pública, para poder discutir com a sociedade civil organizada de termos profissionais em comunicação social, que sejam habilitados por exercício regular do curso, da frequência, para que possam estudar as matérias á luz da ciência.
Todas as discussões que tivemos, no final do ano passado, com a Conferência Nacional de Comunicação, em Brasília, aliás, a primeira, uma marca do governo, temos que ver que a exigência de formação superior, quando discutida lá, é que houve uma participação maciça de jornalistas.
Foram formuladas propostas, com uma nova, moderna e democrática lei de imprensa, a instituição de um conselho federal dos jornalistas e pela implementação das propostas aprovadas por esta conferência, que são muito amplas.
Ao mesmo tempo, no próximo mês de junho, o Sindicato dos Jornalistas realizará um Congresso Estadual. Não tenho dúvida que este será um espaço ideal, para o debate deste e de outros temas, que são muito caros a esta categoria.
Quero publicamente, manifestar o meu apoio aos profissionais nesta luta que não é simples. Porque reconheçamos, o que o Supremo Tribunal Federal fez com toda uma categoria profissional, foi uma violação dos mais elementares direitos que estão postos na Constituição.
Não é possível que com base argüição do direito de informação, se possa deixar de trabalhar com um tema tão importante, para a sociedade paranaense. Temos que avançar neste debate.
Nenhum comentário:
Postar um comentário