O jornalista José Fernando da Silva, o Nandé, publicou em seu blog (magnacuritiba.blogspot.com) algumas notas em que critica suposta inércia do Sindijor em relação ao caso dos funcionários fantasmas e de irregularidades na contratação de jornalistas pela Assembleia Legislativa do Estado, revelada pelos diários secretos:
Sindicato mole - Sobre os jornalistas fantasmas da Assembleia Legislativa do Paraná nadinha. O Sindijor continua fingindo-se de morto para ganhar sapato novo. Desde já, estamos em campanha para trocar esta turma entocada no sindicato para o oba-oba de churrascadas. Sindicato é para lutar, não para churrasquear com patrocínio!
Regabofe do sindijor - O Sindijor, sindicato que diz representar jornalistas profissionais do Paraná, está promovendo um regabofe que deve atrair estudantes e incautos. Jornalista sério não participa de churrasco grátis, mesmo porque nada é grátis. As boquinhas buscam tão somente calar a boca da rapaziada. Ou alguém aí vai acreditar em alguma notícia envolvendo a Spaipa escrita por um jornalista "patrocinado" pela picanha da empresa boazinha? Tomem Coca-Cola e não encham o saco!
A direção do Sindijor-PR está feliz com a manifestação do companheiro Zé Fernando, do blog Magna Curitiba (magnacuritiba.blogspot.com). Respeitamos esse posicionamento Zé, e a participação do presidente, para representar a categoria na luta contra as falcatruas que envolvem dinheiro público ou não (ou privado, em corporações privadas, como é o caso do desrespeito aos direitos de trabalhadores e a apropriação, por parte dos seus empregadores, de recursos que deveriam ser repassados a entidades ou aos próprios trabalhadores), é uma obrigação do Sindijor-PR enquanto entidade de classe – e de uma classe de trabalhadores esclarecidos.
O que nós, como entidade de classe não podemos fazer, é apontar simplesmente para os jornalistas. Se isso acontecer, estaremos cometendo injustiças, pois você mesmo admite, em seu post original que esse é um caso de irregularidades cometidas por ocupantes de várias atividades e funções.
Por isso, relembramos ainda outra situação: para que o Conselho de Ética da categoria se reúna e discuta problemas relacionados à atitudes que ferem o Código de Ética do Jornalista Brasileiro (renovado em 2007, no Congresso Extraordinário de Vitória-ES) é preciso que ele seja provocado. E essa provocação deve ser feita baseada em documentos. Muitos desconfiam que alguns colegas de profissão não agem da maneira adequada em relação à sua conduta de profissional. Isso, no entanto, cai no vazio do discurso da delação irresponsável, em caso de a provocação não ser acompanhada de provas que possam ser apresentadas.
Muito já se ouviu de uma determinada agenda com nomes de personalidades públicas, com seus telefones e estranhos números anotados ao lado (a lápis), e pertencente a um determinado jornalista que laborou anos a fio num veículo de comunicação da capital. Dizem, até mesmo, que uma cópia dessa agenda teria gerado sua dispensa desse mesmo veículo. Mas, até o momento, ninguém apresentou tal agenda. Se ela existia ou não, já virou folclore entre os jornalistas mais “antenados”.
Portanto, amigo José Fernando, deixo aqui uma provocação: traga à sede da entidade uma denúncia (caso saiba e possa documentar) contra os “jornalistas fantasmas” da Casa de Leis, que está sob suspeita da sociedade paranaense.
Não vamos proteger ou delatar somente jornalistas. Para a grande parte da categoria, o que de melhor poderia acontecer era realmente haver um maior engajamento da sociedade em defesa dos interesses da coletividade e a participação popular em massa contra as irregularidades que denegriram a imagem de quem deveria estar lá justamente para representar os interesses dessa mesma sociedade.
Márcio Rodrigues – presidente do Sindijor-PR
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