sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Jornalismo: profissionalismo e realidade social

O título não é de um artigo de sociologia ou antropologia, porém há um desafio em nosso país, a de exercer a profissão – JORNALISTA – de forma digna. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná continua a mostrar que o problema se espalha em todas as regiões do Brasil.

Desta vez o sinal de fumaça veio de Rondônia, quando a jornalista Lú Braga foi vítima de intolerância religiosa (é espancamento, violência, tiros e, agora, intolerância religiosa). O que houve é que a profissional teve seu artigo – “Ramadan in the Brazilian Amazon” – sobre islamismo publicado na imprensa internacional e foi destaque no site EMAJ Magazine, distorcido pelo site O Alerta.

O site usou o artigo da jornalista e publicou de forma desrespeitosa imagens da comunidade muçulmana da capital, Porto Velho. Outro agravante foi tentar vender que o islã é responsável por problemas que vão além da religião. Lú Braga comentou nas redes sociais que isso é reflexo da falta de preceitos básicos do jornalismo, a tão falada ética profissional.

BRASIL E SEU INFELIZ HISTÓRICO

Vivemos no segundo país com mais mortes de jornalistas na América Latina, empatamos com Honduras e ‘perdemos’ para o México, segundo dados da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP). Os números divulgados em julho deste ano mostram que até agora foram 19 mortes de profissionais. Essa estatística leva em conta os crimes ligados ao exercício da atividade jornalística. Os diretores do SIP manifestaram “estado de alerta e preocupação” pelas mortes, além de criticar a “perseguição judicial” aos profissionais, citando o Brasil como referência de onde esta prática ocorre.

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