Por Willy Schumann
Quando lemos um jornal, curiosamente, algumas matérias nos atraem mais do que outras, seja pelo seu conteúdo, seu atrativo visual ou até mesmo a forma como o repórter expõem o assunto retratado. Na verdade quando se alcança o êxito de se juntar técnica, linguagem e a aceitação do leitor, podemos afirmar que chegamos a um ápice na busca de um resultado lingüístico do novo jornalismo, mas o que muitos profissionais da área enfrentam é a dificuldade na criação e definição de uma boa pauta, que possa exercer o papel da comunicação de produção de conteúdo.
Os jornalistas diplomados procuram fazer uma análise científica da criação jornalística com a intenção de se buscar um denominador comum que se enquadre nos novos meios do fluxo da comunicação, sem perder o seu papel fundamental que é passar a informação ao leitor. O jornalismo contemporâneo requer agilidade na construção de um texto fazendo com que as redações trabalhem a partir de uma pauta bem estruturada para facilitar ao repórter sair a campo e realizar a sua matéria, mas a dificuldades na criação de uma pauta bem elaborada é o que mais preocupa os profissionais da área.
A linguagem jornalística tem mudado muito nos últimos anos. Com o surgimento de novas técnicas, as redações mudaram o seu formato e sua visão da linguagem jornalística. No jornalismo primitivo as notícias eram redigidas de forma rebuscada, com uma abertura sempre extensa e pouco objetiva. Esta linguagem jornalística era chamada de nariz de cera. Esta é a análise do jornalista e professor da Universidade Tuiuti do Paraná, Alexandre Lara “O chamado lead, que reúne respostas às questões básicas (o que, quem, quando, onde, por que e como), aposentaram de vez o nariz de cera do jornalismo profissional”, comenta ele.
A visão panorâmica da linguagem jornalística não é coisa recente. Em 1910 o sociólogo alemão, Max Weber, já questionava os caminhos da linguagem jornalística, destacando a pluralidade de caminhos na investigação da constituição do jornal. Para alguns o tradicional lead “engessa” a matéria, para outros é uma técnica que objetiva o interesse de leitura. O lead reúne resumidamente os principais fatos que irão anteceder a matéria ou reportagem. Nas universidades brasileiras, as técnicas do lead são ensinadas como padrão jornalístico aplicado nos principais órgãos de imprensa do país.
Para o acadêmico de jornalismo Cláudio Moura, 35 anos, escrever é um trabalho que flui naturalmente e depois de uma entrevista o texto surge naturalmente. Já para a acadêmica de jornalismo Rosana Maria Mercanti, 23 anos, escrever parece ser um suplício, devido à constante falta de ideias interessantes. Para os profissionais mais tarimbados, as técnicas atuais da linguagem jornalística são ferramentas imprescindíveis na construção de um bom texto jornalístico, principalmente se houver uma pauta que defina claramente o conteúdo da matéria. “Um dos procedimentos mais importantes na imprensa, em especial a escrita, é a elaboração da pauta jornalística. Elaborar uma boa pauta representa um elevado percentual para uma boa matéria” revela o jornalista Luís Paulo Costa.
Com a criação da internet, o jornalismo on line eram meras cópias dos jornais impressos. Hoje os conceitos mudaram e se desenvolveu uma técnica específica para a linguagem cibernética. As notícias apresentadas nos veículos impressos são editadas com uma identidade própria para a web onde o leitor internauta consome a informação de forma lacônica e ágil, diferentemente do impresso que há mais espaço para a reflexão do conteúdo da notícia. O mesmo acontece com o rádio. Os textos e as informações são apresentados sucintamente para que o ouvinte não se perca com a notícia que lhe é apresentado. Apesar de todo o mecanismo de técnicas adotadas no jornalismo, suas possibilidades de linguagens e seus veículos específicos, o que mais atrai os leitores é o fato deles poderem participar desta ciranda da comunicação.
O consumidor, cada vez mais, quer fazer parte do canal da informação, para protestar, denunciar e interagir com os profissionais da comunicação. Cada leitor se transformou em um repórter colaborador dos órgãos de imprensa, o que, de certa forma, ameniza as dificuldades da criação e definição de pautas. Dentro desta relação de interatividade, cabe somente ao profissional agregar o resultado de informações obtidas através de seus colaboradores e transformá-los em conteúdo jornalístico adequado e mais profissional.
Um comentário:
Falta clareza e objetividade neste texto, que também abusa de erros crassos de pontuação. A peça é um amontoado de palavras ocas, que não popõem nada. Isso parece mais um esforço digestivo do autor para fazer currículo. Lamentável...
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