A negociação da renovação da Convenção Coletiva de Trabalho dos jornalistas paranaenses começou como nos outros anos: os empresários tentando rebaixar o piso da categoria. A inovação neste ano é a criação de um piso menor para os recém-formados. Além, é claro, da redução para profissionais do interior.
O Sindijor-PR deixou claro que a negociação não avançará se os patrões insistirem nessa proposta. “Queremos aumentar os direitos dos trabalhadores e não diminuí-los”, disse o presidente do Sindicato, Márcio de Oliveira Rodrigues.
A mesma opinião foi reforçada por Ayoub Ayoub, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná. “Estamos vivendo uma revolta dos profissionais do Rio de Janeiro que discutem a mesma proposta. Reação que surpreendeu a própria categoria”, destacou.
A proposta de piso diferenciado foi rechaçada pelos jornalistas paranaenses na negociação da CCT do ano passado, que se estendeu por mais de nove meses, resultando na conquista do aumento real. “Em assembleias lotadas em todo o Paraná a categoria reforçou o não à redução do piso. Para nós, esse tema é vencido, não discutiremos a redução”, reafirma Márcio.
Liderados pelos empresários Paulo Pimentel e Guilherme Cunha Pereira, os sindicatos patronais (jornais e revistas; e TV e rádio) negaram todos os itens da pauta apresentada pelos trabalhadores. Alegam que as empresas não têm condições de arcar com as despesas. No fim da negociação, os empresários acabaram garantindo a data-base dos jornalistas em outubro e o pagamento da inflação de 7,30% do período (outubro de 2010 até setembro de 2011).
O Sindijor-PR reafirma que continuará defendendo a Pauta de Reivindicações que inclui, além do reajuste da inflação, o aumento real de 6,77% (calculado sobre o lucro das empresas nos últimos três anos), plano de saúde, vale alimentação e alterações na CCT.
Uma nova reunião será agendada ainda no mês de novembro para continuar a negociação. Até lá, os jornalistas esperam respostas concretas das empresas.
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